O site Jezebel resolveu fazer uma encomenda inusitada à ilustradora Tara Jacoby. Ela teria de fazer, com base em uma descrição minuciosa feita pelas meninas do site, ilustrações de todos os príncipes das Disney totalmente pelados.
O detalhamente enviado a Tara, no entanto, era mais relativo a um específica parte da anatomia masculina que nós (e elas) amamos: seus pintos.
Os itens levados em conta pela equipe Jezebel incluíam comprimento do pau, grossura, tom, veias, pêlos pubianos. Tudo isso, ainda segundo o site, teria de refletir as personalidades dos garotos. Nós do Lado Bi não poderíamos deixar isso passar em branco e colocamos alguns dos nossos preferidos com a descrição maravilhosa feita pelas meninas. A íntegra das ilustrações está aqui.
KRISTOFF (“Frozen”) Ele tem pentelhos loiros e grandes, bolas firmes e redondinhas. Seu pau está mais para curto, embora super grosso, como uma lata de Coca-Cola, mesmo quando flácido. Ele gosta de brincar com os trolls quando ele está nu.
JOHN SMITH (“Pocahontas”) Smith tem um pau enorme, enorme, tipo, muito pau. Ele é circuncidado porque é americano; e não depila porque é um lenhador. O tapete não combina com as cortinas. Ele está posando ao lado de uma árvore, vestindo botas e nada mais, sob a luz do luar.
PRÍNCIPE NAVEEN (“A Princesa e o Sapo”) Ele tem um pau longo e não circuncidado. Seus pentelhos são crespos e amigáveis. Ele está usando apenas uma máscara de carnaval.
PRÍNCIPE ENCANTADO (“Cinderela”) Obviamente, o cara perfeito tem o pau perfeito: como oito ou nove polegadas, espesso, mas não muito grosso, para não ser doloroso. Tem também uma boa veia. Seus pentelhos estão aparados, mas não a ponto de parecer com ator pornô gay.
GASTON (“A Bela e a Fera”) gosta de tirar selfies pelado. Ele tem um pau pequeno – minúsculo – sem pentelhos e não-circuncisado.
FLYNN (“Enrolados”) Este pau tem personalidade, um pouco de atrevimento e uma curva. É carnudo com uma grande veia; duro ele chega até sua barriga. Seus pentelhos são curtos, como se fosse seu cavanhaque. Ele está amarrado à cama com o cabelo de Rapunzel.
[…] Encontrei no, Lado Bi. […]
E quanto ao, ser americano, não serve de desculpa, a circuncisão era tabú para o dito americano de tal época histórica.
Hoje, na sociedade americana, é exigência estética, mas não deixa de ser uma intervenção desnecessária que se faz a um recém nascido. Perde-se sensibilidade física.
Muitos dos escritores da libertação sexual, vêm em tal, uma forma de repressão sexual, que higieniza a vista, mas também, muito possivelmente, a mente.
Luis, a ilustradora não estava preocupada com precisão histórica – veja-se o Gaston tirando uma selfie no espelho. Mas, sim, a circuncisão muitas vezes desnecessária é um fato da cultura dos EUA, em que hoje em dia muitos pais chegam a circuncidar os filhos porque quer que eles tenham pênis “iguais ao do pai” – como se pais e filhos ficassem comparando os paus. São modismos de cada época, assim como há 30-40 anos todo mundo nascia de cesariana. Não sei avaliar a razão disso. Felizmente essa onda não chegou no Brasil.
Em São Francisco existe um grupo, na Marcha da cidade, que protesta contra a cincuncisão.
Dizem que só serviu como acto de repressão sexual, como forma de desensibilização do prazer.
Há, paralelamente à estética, uma conotação religiosa de conforminmo social e de saneamento das mentes.
Reprogramação Social é um acto de Totalitarismo.
Só não entendi por que foi dito que o John Smith é americano se na verdade ele é inglês. No desenho Pocahontas ele vem da Inglaterra e quando chega ao EUA encontra os nativos, sendo sua amada um deles.
Elas referem o prepúcio, sim, mas pouco se vê…
Meninas, os homens têm prepúcio e vê-se bem, não é algo que uma erecção esconda, e não é de todo defeito…
A não ser que o Príncipe Naveen tenha sofrido de photoshop por razões estéticas!…
Parece, além disso, haver preconceito expresso, contra o prepúcio. O que é isso de associar o mau carácter com prepúcio, para não falar no tamanho.
Sinto-me ofendido como ser humano, não como homem. A distorção da realidade é clara, e leva a interpretações múltiplas no que toca à discriminação, a começar pela discriminação racial.
Se as meninas não têm vergonha, tenho eu!…
Tal como na ficção Disney, aquí a ficção é a falta de prepúcio.
Quanto às figuras históricas nas quais se inspiram, é simples falta histórica, mas quanto às representações raciais, é simples ignorância.
As meninas deviam sair mais, para não falar, ver mais homens reais despidos.
Absurdo, mesmo, não?,
Luis, são apenas mulheres falando ou escrevendo sobre homens, você queria o quê? rs
Infelizmente, espelha, quase certamente, a sociedade em que vivem.
Só conhecem pessoas exactamente na mesma condição social e do seu mesmo meio, muito possivelmente de raça branca e da mesma e exacta confissão religiosa.
Pois, o Ateismo, ou outra potencial confisssão cinge-se a uma determinada demografia populacional, normalmente uma minoria.
Na América o Sistema de Saúde denota, sem dúvida, condição social e nível de rendimento.
Procedimentos de Saúde não necessários à manutenção da mesma, regem-se segundo o valor de mercado de oferta e procura.
De Estética Filosófica pouco têm. Alguém oferece um serviço que outro recebe.
Lobby que fortemente mantém esse sistema, apesar de a lei já não lhe ser favorável.
É essa mesma demografia social em questão, a mesma a que estas mulheres pertencem, que interessa manter o anterior status quo.
Ou seja, manter a descriminação social no acesso diferenciado à Saúde.
Objectivamente, é exactamente disso que se trata.
Talvez, a representação racial apresentada possa ser interpretada pela Psicologia.
Tanto no original, como na recriação, estas personagens tendem a representar uma fantasia de escape, muito possivelmente, de índole sexual, que nada têm que ver com a sua realidade presente ou mesmo passada.
Escapam, não haja dúvida, a todo e qualquer cliché de descriminação racial. Mas, de tal forma, que à representação falta a profundidade que tal condição socio-económica comprende.
Entretenimento, ou melhores representações em ficção, eis a questão!…