Aí que eu tava meio perdido pela multidão de cosplayers da Comic Con, no intervalo entre uma coletiva e outra, quando ouço, em um dos stands, uma pessoa gritando “Ana Matronic” e mais alguma coisa. Olho pro lado, uma ruiva lindona segurava um livro chamado “Robot Universe”. Autora: Ana Matronic. Eu não tava acreditando… Perguntei: “Você é a Ana Matronic dos Scissor Sisters?” Ela: “Yeah!” Morri por alguns segundos.
“Eu te amo!”, falei. Ela veio e me abraçou. Aí eu perguntei: “Mas você tá lançando um livro sobre robôs?”
Sim. Na verdade é um guia com os cem robôs mais icônicos, fascinantes, importantes na visão da autora, com uma foto e um pequeno aforismo acerca da importância daquilo. Não é nada de profundo, mas é um bom livro de mesa de centro, com imagens de seriados como “A Mulher Biônica” e “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, ou o assassino HAL9000 de “2001 – Uma Odisséia no Espaço” e a fofa Rosie de “Os Jetsons”, além também de criações mais contemporâneas como Tars & Case, de “Interestelar”.
“Eu sempre tive fascinação por robôs”, diz enquanto me mostra a tatuagem em seu braço direito cheia de circuitos desenhados.
No prefácio do livro, conta que gastava todo seu salário de atendente do Starbucks em “cybersexy shiny fashion” e, também, como os robôs têm a ver com seu nome artístico.
“Em uma noite de 1995, conversando com meu roomate Michael sobre a fantasia e a performance que eu faria no Dia das Bruxas, surgiu o nome Ana Matronic, alter ego que se tornou minha marca no palco e, agora, é quem eu sou, merda!”
Após essa explicação, perguntei se os Scissor Sisters tinham acabado, e ela disse que não. “A gente só deu um tempo para tocar projetos pessoais, como escrever guias sobre robôs e meu álbum solo, que vai sair em breve. Mas vai ter mais álbum dos Scissor Sisters, sim!”
Em seguida, desatou a falar do quanto amava os brasileiros. Eu disse que estive naquele único show que eles fizeram em São Paulo. “Você sabe que nosso guitarrista se apaixonou por um brasileiro naquela vez e que eles estão juntos até hoje?” Lamentei que não tinha sido eu. Ela riu. Depois falou que na Irlanda ela tem um grupo de vários amigos brasileiros e que quando vai lá eles divertem pencas.
Aí, como se já não tivesse sido tudo tão incrível, ela autografa o livro e rola o momento “Let’s Have a Kiki”: “Hoje vou discotecar nesse bar. Vai lá me ver tocar?” e me entrega um post it com o endereço. Morri de novo. E depois morri mais ainda porque não pude ir. Tinha um monte de trampo pra cuidar e tinha que acordar cedo (e se eu fosse, não ia prestar, hahaha). De qualquer forma, quando forem a Nova York fica a dica de onde Ana Matronic circula. 😉
Não conhecia essa banda @-@ (blasfêmia?)
Na boa, continuem com post’s aculturadores, quando mais publicarem, menos ignorante vou ficar -Q