A Cartoon Network relançou este ano o desenho das Meninas Superpoderosas. Quando foi ao ar entre 1998 e 2005, ele já era conhecido como um dos desenhos mais progressistas da época, com protagonistas femininas e um elenco que frequentemente desafiava os padrões de gênero. A nova encarnação da série continua se aventurando por caminhos que outras animações consideram espinhosos: num episódio recente, as garotas lidam com a questão da identidade de gênero representada no personagem de um pônei que sente ser, na verdade, um unicórnio.
O episódio “Horn, Sweet Horn” (“Chifre, doce chifre”) foi ao ar no dia 7 de abril. Nele, Lindinha conhece Donny, um cavalo falante que usa um chifre de unicórnio falso na cabeça. “Eu posso não ter um chifre, mas eu tenho coração, e no meu coração eu sei que eu sou um lindo unicórnio!”. Lindinha então o convence a se submeter a um procedimento “transmogrificador” para que seu corpo possa corresponder a sua identidade.
Se as coisas fossem simples o episódio não teria emoção, claro, então não surpreende que o procedimento não dá certo e Donny transforma-se num monstro gigante. Aterrorizado pelas consequências, ele reclama: “Olha como estou! Eu me tornei um monstro!”.
As Meninas Superpoderosas conseguem então a ajuda do Quartel General do Pelotão da Aliança da Coalizão dos Unicórnios, e descobrem então que Donny sempre foi um unicórnio, não importava qual era sua aparência exterior. O episódio termina com um coração animado com as cores da bandeira trans.
Em entrevista ao jornal LA Times, o produtor executivo da série, Nick Jennings, comenta: “Basicamente, quando tudo começa, ele é um pônei, mas quer ser um unicórnio. Ele tem que passar por uma transformação para se tornar um unicórnio, então passamos todo um episódio perguntando, ‘o que você é por dentro? O que você é por fora? Como você se identifica? Como as pessoas veem você?’. Há muito subtexto nisso. Eu não acho que ninguém é jovem demais para começar a discutir essas questões, pensar sobre essas coisas, simplesmente apresentar uma atitude, e uma voz que vai ressoar com outras pessoas”.
Emocionante, inteligente, humano. Palmas…
Em meio a tanta maldade pelo mundo, estrelinhas coloridas de esperança num mundo melhor.
Parabéns!!!
Um unicórnio me representando :3
Então se for assim, a Ariel, a A Pequena Sereia da Disney foi a primeira trans em um desenho, afinal ela é uma sereia, que deseja ser humana, e faz de tudo para conseguir, inclusive um trato com a bruxa, no final o pai dela vendo que não vai ter jeito, transforma ela em humana!
Acho que no caso a Ariel seria uma pessoa Hermafrodita. Que tem parte humana e parte sereia e ela escolheu qual dos dois ser, assim como, xs hermafroditas tem essa opção!