Nenhuma série da atualidade discute com tanta profundidade o tema da diversidade como “American Horror Story”, dos produtores de “Glee” e “Nip/Tuck”, Ryan Murphy e Brad Falchuck. E nesta nova temporada, que estreou na última quarta-feira, como o subtítulo de “Freak Show” (show de horrores, em tradução livre), Murphy pretende explorar o assunto de forma ainda mais incômoda, pelo menos ao primeiro olhar.
No elenco, além das divas master Jessica Lange, Sarah Paulson, Angela Bassett e Kathy Bates, o produtor colocou diversos atores, em suas palavras, “extra-ordinários”. Há a menor mulher do mundo, Jyoti Kisange Amge, que interpreta Ma Petite; tem Mat Fraser, um ator que tem os braço curtos e é todo tatuado e que interpreta Paul, a foca ilustrada, devido ao fato de ele ser todo tatuado e de seus membros superiores lembrarem os de uma foca; tem também Rose Siggins, uma mulher que nasceu com um problema na espinha e que teve suas pernas amputadas aos dois anos de idade, ela interpreta Suzy sem pernas. E por fim, tem Erika Ervin, uma transexual que interpreta a amazona Eve.
Estes quatro personagens, além de suas participações na série, contaram um pouco de suas histórias reais em quatro mini-documentários dirigidos por Murphy e publicados no Youtube. Nós legendamos a comovente entrevista de Erika, que perdeu a mãe para a aids e que saiu do armário da transexualidade apenas em 2004.
Ela conta ainda por que fez o teste para o papel como homem e o que a comunidade trangênero tem a aprender com “American Horror Story – Freak Show”, pois esta temporada tem uma narrativa dos corpos extra-ordinários.
“Fiz o teste para a peça como homem, prendi meu cabelo, tirei a maquiagem, coloquei uma camisa de flanela, amarrando meus seios, engrossando minha voz e acertou em cheio”, disse.
No vídeo, a atriz, que também trabalho na série da Netflix “Hemlock Grove”, também conta da rejeição da família e espera que seu papel permita que seu pai a veja sendo bem sucedida na TV e no cinema.
“Acredito que a comunidade transgênero em geral pode aprender com a mensagem da série. É mais que um show de horrores “, disse ela. “Há uma família aqui.”
E a narrativa do corpo presente nesta série não deixa nenhum dos personagens impunes. Quem viu o primeiro episódio, pôde ver Sarah Paulson em uma excelente composição de duas irmãs siamesas, Bette e Dott, Kathy Bates como uma mulher barbada, Angela Bassett com três seios e Jessica Lange, bem, essa não digo pra não dar spoiler, mas posto aqui sua performance de “Life on Mars”, do David Bowie, assim como os vídeos dos outros atores “extra-ordinários” infelizmente sem legendas, porque não deu tempo de fazer. #sinceridade
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