Turnê de “Rebel Heart” mostra que não foi Madonna quem envelheceu, mas seu público

Reportagem do Lado Bi acompanhou um show em Toronto, no Canadá, e concluiu que o público da cantora se resume a pessoas que querem ver o show sentadas, bebendo e implicando com quem dança; no meio disso, brasileiro vira celebridade por uma noite por tomar bronca de Madonna: "Não te amo, Marcelo, vai se fuder!"

por James Cimino

A primeira vez em que a idade de Madonna se tornou assunto foi em uma entrevista de divulgação do álbum Bedtime Stories, de 1994. Ela estava com 36 anos e um jornalista perguntou se ela pretendia parar aos 40. A popstar respondeu perguntando que lei era essa que determinava que alguém deveria parar de trabalhar aos 40 e se ela deveria começar a, por exemplo, praticar jardinagem.

Hoje, aos 57, 13 álbuns de estúdio, na estrada com sua décima turnê e esbanjando uma forma física inejável, ela continua tendo que responder a questões como “quando ela vai parar?”; “ela está velha demais para isso”; etc.

Geralmente quem pergunta isso é quem parou no tempo do Immaculate Collection, aquela coletânea com todos os hits dos anos 1980 e alguns do começo dos 1990, e que vai ao show da cantora esperando uma turnê de “greatest hits”, coisa que ela nunca fez e, ao que tudo indica, nunca irá fazer.

Quem faz a pergunta, na verdade, é que envelheceu, porque Madonna mesmo, no palco, continua insuperável. E mesmo os hits, quando não são do último álbum, ganham versões contemporâneas que muitas vezes superam as originais.

MADONNA 1

Madonna em performance de “Candy Shop”, uma das melhores releituras da turnê de “Rebel Heart”

Exemplo deste contraste foi quando ela comentou, várias vezes, sobre a falta de entusiasmo do público dos dois shows que fez em Toronto, a maior cidade do Canadá, nestas segunda e terça-feira, durante a turnê de divulgação do álbum Rebel Heart, lançado no início deste ano.

Formado basicamente por executivos, homens e mulheres de meia-idade que podem pagar pelos altos preços dos ingressos (em alguns setores eles chegam a custar mais de US$ 1000), esse tipo de público gosta de assistir sentado a um dos shows mais dançantes do mundo, com hits como “Music”, “Deeper and Deeper”, “Material Girl”, “Holiday”, “Like a Virgin”, “True Blue”, de preferência se enchendo de cerveja, prosecco e uísque. 

E quando não estão enchendo a cara, se esmeram em encher o saco dos verdadeiros fãs, que conhecem, além dos sucessos do passado, as músicas do último, do penúltimo e do antepenúltimo álbuns. Fãs que vão, às vezes, a mais de cinco shows da mesma turnê, dormem na fila para conseguir ingresso, e basicamente estão lá para cantar alto, dançar, se amontoar na beira do palco e chegar perto de sua diva.

Três deles, brasileiros, chegaram a bater boca com duas canadenses que chegaram no terceiro bloco do show, mas que queriam sentar na janelinha. Como não conseguiram, foram chamar o segurança, que obrigou os brasileiros e mais algumas dezenas de fãs de vinham dos EUA, do Japão, da China e de diversos outros locais a voltarem para seus lugares. 

Na arquibancada, o produtor de evento Beto Souza também reclamou da apatia canadense: “Eu fiquei com vergonha de levantar e dançar, porque do meu lado simplesmente todo mundo estava sentado. Povo chato!”

É a versão canadense do coxinha, como um tipinho de boné que disse aos fãs de outras nacionalidades que eles é que estavam errados por estarem pé e criarem confusão. Ouviu na lata que ele é quem estava no show errado. “É I wanna dance with my baby, não I wanna drink with my baby!”

Após a confusão, os seguranças diziam que “precisavam do corredor vazio em caso de emergência”, muito embora não houvesse qualquer espaço entre as cadeiras e o palco para formar um corredor. E que emergência poderia haver em uma plateia que nem se mexe? 

Junte-se a isso o fato de que em países da América do Norte tudo é com lugar marcado e, particularmente no Air Canada Centre, onde o show aconteceu, o público só podia se aproximar da passarela em forma de flecha, cruz e coração nos momentos em que Madonna desfilava (depois as pessoas têm que voltar pro lugar senão o segurança ameaça de expulsão) e está completa a fórmula de como transformar um show de música pop em uma chatice.

Tão chato que, no show da segunda (5), Madonna chegou a perguntar para a plateia se eles estavam tomando antidepressivos. E no show de terça, que foi só um pouquinho mais animado, ela chegou a comentar: “Vamos esquecer a plateia de ontem. Como vocês foram um pouco mais animados, vou dar um presente para vocês.” Tocou, então, “Ghosttown”, balada romântica do disco novo que ficou de fora do setlist da turnê.

HOLY WATER

“Holy Water”, que em uma primeira audição parecia estranha, no palco ganha performance poderosa.

Vale destacar que por chatice entenda-se seguranças interrompendo fãs em êxtase cantando e dançando, para mandá-los de volta a seus lugares e coxinhas bêbados querendo ver tudo sentados. O show em si é exatamente aquilo que os periódicos The Guardian, The New York Times, Rolling Stone, Billboard e muitos outros disseram: divertido, animado, dançante, com uma versão feliz de Madonna, que canta e dança sorrindo, revisita sucessos esquecidos lá nos anos 1980 e interage com o público como nunca.

O setlist alterna interpretações viscerais de baladas como “Heartbreak City/Love Don’t Live Here Anymore” e “La Vie en Rose” com versões surpreendentemente contemporâneas de canções menos famosas como “Candy Shop”, “Burning Up” e “Holy Water” (nesta última ela insere versos de “Vogue” enquanto faz pole dance na cruz e simula sexo oral com Jesus Cristo).

Mas o público é canadense, e só reage quando a cantora estimula. Vai ver que eles são assim, apáticos mesmo. Mas daí a estragar a diversão dos outros, que aliás estão fazendo exatamente o que a cantora de versos como “I wanna dance with my baby” quer, não. Fiquem em casa ou comprem o DVD depois que a turnê acabar, sentados e bêbados.

E para a administração da arena, sinceramente, ficar mandando as pessoas se sentarem depois que a Madonna se afasta da plateia é o cúmulo do excesso de organização e estraga qualquer euforia.

E neste ponto temos que dar o braço a torcer para o público brasileiro e argentino, em que mesmo os coxinhas vão para dançar, pular, tirar a camisa, cantar e ser feliz. Já vi shows em Londres, Estados Unidos e Irlanda. E como disse o brasileiro: “Povo chato!”

“Seu signo é Marcelo?”

Alheia ao que ocorria com seu público, Madonna cantava, dançava e falava com a plateia com uma leveza que pouco se viu em sua última e amarga turnê de 2012 (a turnê do divórcio com Guy Ritchie).

Em uma dessas interações, e diante da plateia contida do Canadá, quem acabou se destacando no show de terça foi exatamente um brasileiro. Vestido de soldadinho de chumbo, figurino usado na MDNA Tour, o pediatra carioca Marcelo Vieira, 1,90m, que foi a quatro shows da Rebel Heart Tour (dois de Montreal e os dois de Toronto), virou a estrela da noite.

Tudo porque logo após “Material Girl”, quando a cantora joga um buquê de flores pra plateia e pergunta quem gostaria de se casar com ela, Marcelo ficou tão emocionado que nem ouviu a pergunta que ela fez quando ele disse que sim, se casaria com Madonna. “Preciso pensar [se vou me casar com você]. Qual seu signo?”, perguntou a cantora.

“Eu nem ouvi direito o que ela disse e já fui respondendo ‘Marcelo’”, disse o médico à reportagem do LADO BI após o show.

Com a voz suave e uma espécie de sarcasmo maternal, Madonna replicou: “Seu signo é Marcelo? Interessante, mas acho que não é compatível com o meu.”

Só que não acabou aí. Imediatamente Marcelo pegou o celular para avisar ao namorado que Madonna tinha falado com ele. Péssima ideia. A cantora viu e criticou: “Você está mexendo no celular? Isso que você está fazendo é um pecado! Eu não te amo, Marcelo. Vai se fuder!”

A fria plateia de Toronto então veio abaixo. E Madonna não deixou barato. Em “Unapologetic Bitch”, quando a cantora convida um fã para dançar com ela no palco, escolheu um venezuelano que parecia não falar bem o inglês. Ela, então, perguntou: “Seu signo também é Marcelo?” Ao perceber que o rapaz entendia muito pouco do que ela dizia, alfinetou: “Você fala alguma coisa de inglês?” Mais gargalhadas.

Na saída do show, no metrô e nos barzinhos da Church street, reduto gay para onde os fãs, aqueles de verdade, foram esticar a festa depois da apresentação, Marcelo virou celebridade. Todo mundo o reconhecia pelo nome, claro, pedia foto e perguntava: “Mas afinal, Marcelo, qual o seu signo?” É escorpião.

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21 comentários

Rodrigo

Achei desnecessário o termo “coxinha” ser tão enfatizado, ainda mais pela conotação em que lhe é atribuída recentemente no Brasil, além da ênfase no “poder” pagar caros ingressos, como não comparar?
Além de não ter ligação com o título “envelhecimento”, sendo o “coxinha” definido por vezes como culpado, de novo, fora da ideia principal.
Na verdade ao meu ver vejo diferenças culturais, não necessariamente de envelhecimento, do contrário, poderia ser a situação aplicada para todos os fãs, inclusive brasileiros, de ser apáticos. Ou seja, no Brasil e em vários países, coxinhas ou não, sempre vibram num espetáculo deste porte.
Atraiu pelo título, mas decepcionou pelo conteúdo e argumentos, espero que ao contrário do demonstrado acima, saiba receber críticas.

Tom

Com esse dólar, ela não vem ao Brasil, inclusive porque não tem público suficiente, talvez em SP, assisti o último no Rio e depois de um atraso maluco de 3 horas ela fez um show com a platéia quase inteira calada, parada e assistindo sem mexer, exceto na última música em que ela levantou um pouco a animação do pouco povo (lembro que tiveram que reduzir parte da arquibancada porque não vendeu).
Foi um bonito show, porém meio roubada.
Madonna não tem muito mais apelo aos jovens, talvez um ou dois gays novinhos e só. E os mais velhos não querem pagar caro pra passar perrengue (coisa normal no Brasil) e ver show desanimado. Por mais que vc tenha achado animadérrimo.
E tbm achei a coisa coxinha meio boba, os indies e afins estão gentrificando as cidades e pagando de povão pra otário acreditar.

James Cimino

O show de 2012 realmente não foi animado. Ela disse em entrevistas que atrasou muito porque teve muitas dores durante 48% daquela turnê, mas o show desta turnê atual é muito bom, animado, tem um set list cheio de hits e ela está feliz. Não atrasa. O show é marcado pras 20h, que é a hora do show de abertura e às 21:30 em ponto el tem entrado em cena. Também acho que ela não irá ao Brasil com o dólar a esse preço e o problema de logística do Brasil é uma bosta. Mas minha crítica é contra esses coxinhas que vão a show da Madonna pra ver show sentado. Não. Coxinha não é um termo político, é um termo relativo a classe social e comportamentos de pessoas que acham que ter dinheiro e pagar por algo dá direito a tudo. Não dá.

Tom

Tem muto coxinha indie de esquerda rs. Eu te provo.
Mas esse negócio de platéia murcha, chata e careta é a cara do povo aí de cima e não é de hoje. Basta ver videos antigos da Madonna em shows nos EUA e a muitos o povo tudo comportado, até as gueis são calmas, devem ter medo da caneta pesada da justiça onde qualquer “misdemeanor” dá uma dor de cabeça. Mas de certa forma concordo com quem falou que se é pra todo mundo ficar de pé, que então não coloquem cadeira. Porque se põe cadeira, a pessoa que compra parte da premissa, sendo coxinha ou churrasco grego, que ela vai poder assistir sentada, goste ou não quem quer dançar. Imagina o cara tem problema físico e não pode ficar de pé, compra a cadeira e todo mundo fica de pé na frente dele? Faz o quê? Chama o Haddad? rs Tem que pensar nessas coisas também. Nem tudo é carnaval em Salvador. A gente é famoso pela alegria, mas a gente sabe que o preço dessa tal alegria é uma certa e boa dose de bagunça e desordem. A gente não pode exigir, por exemplo, civilidade no trânsito e ao mesmo tempo tolerar bagunça num show só porque é “pra dançar”.
Bjs pra vc, James!

James Cimino

Quem tem problema físico senta nas arquibancadas, não na pista. Meu primeiro show da Madonna tinha uma pessoa tetraplégica na arquibancada. E todo mundo respeitou. Colocou ela na frente de todo mundo. E as pessoas dançaram numa boa. O problema é quando a pessoa acha que ela é o centro do universo e que todo mundo tem que sentar pra ela ficar sentada NA PISTA e mandando o segurança atrapalhar o show de todo mundo. Tipo “Deeper and Deeper” comendo e um segurança cutucando vc perguntando qual o seu assento e mandando v de volta pra lá. Nem tenta defender, porque até os americanos acharam uó quando eu contei. E de fato nem tudo é Carnaval de Salvador e nem tudo é a Aída de Verdi.

James Cimino

Enfim, querido, não to bravo contigo, mas to explicando que aquilo lá foi falta de respeito. Adoro quando vc vem e comenta. 🙂

Tom

Eu sei, James, que vc não tá bravo comigo. Nem eu com vc, nunca!
E claro que só quis alimentar a conversa, tbm não acho que show de Madonna é ópera, e tampouco gostaria de assistir sentado, de repente num camarote com ar condicionado (40 graus hj aqui, estou sendo parcial), mas no meio da muvuca acho que tem que se jogar, no caso, levantar da cadeira e rebolar.
Eu tbm adoro vir aqui. Tento escutar tbm os pods, gosto muito, pena que não dá pra interagir.
Um abraço e sucesso aí.

Thiago

Nossa, sério que não encheu? Eu achava que suas turnês aqui no Brasil lotavam os estágios. A última turnê dela, Habel Heart, foram todas apresentadas em arenas. Assisti a quase todas pelo youtube, até que enjoei. E realmente, em algumas arenas as arquibancadas estavam vazias. Ainda assim ela arrecadou mais de 120 milhões de dólares. Ela ainda faz muito sucesso. Eu acho que ela deveria investir mais em músicas mais líricas e que grudam, como as músicas de Adélia. Falo isso porque daqui a 3 anos ela fará 60 anos, embora pareça ter 40. E todo corpo sofre os efeitos da gravidade. Não é fácil cantar e dançar com aquelas piruetas que ela costuma fazer. Mesmo com Adélias da vida roubando o espaço musical, nenhuma artista é igual a Madonna.

Mateus

Madonna pode vir ao Brasil e Argentina em 2016, caso vier, vai ser um show maior e a Madonna faz sucesso com jovens ainda
Ela teve o Hot Spot mais clicado no Vagalume ,(aplicativo de música muito usado por jovens)
E o Rebel Heart está na lista de álbuns mais vendidos do mundo

Lih

Estava tudo muito bom, tudo muito bm até o papo de “coxinha” James precisa politizar tudo? Eu sou gay e coxinha sim, melhor do q ser mortadela, coisa mais ridícula essa reprodução de discurso do PT de querer dividir as classes, depois o Brasil está em uma situação insustentável e as pessoas não sabem porq até num site sobre viados e coisas p eles tm essa besteira.

James Cimino

Bicha, antes de dizer que você é coxinha, vai pesquisar a origem desse termo. Não foi invenção do PT, até porque o PT não é Deus e não criou o mundo em sete dias. Tipo, a cor vermelha, sabia que existe antes do PT? E sabia que é a cor vermelha que dá nome ao seu país? Então, coxinha é uma gíria paulistana, que significa engomadinho, criado pela vó, playboy babaca. Não é anti-petista, embora todo coxinha tenha uma orientação política reaça e equivocada. Tem uma matéria da Folha falando isso: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2012/04/1078798-tipicamente-paulistana-giria-coxinha-tem-origem-controversa.shtml Agora, meu caro, eu não sei o que você ainda vem fazer neste site. E não se trata de que eu politizo tudo. A política está em tudo, especialmente no jornalismo. Quem despolitiza tudo é a publicidade e, se você vir bem, nem a publicidade mais tem ficado em cima do muro. Então, vai se informar, que até pra ser coxinha é preciso ter um mínimo de conhecimento.

James Cimino

E esse site não é um site para viados. É um site de cultura e cidadania LGBT. E não é por isso que vamos só falar de pau, cu e moda. Acho que você devia ir pro “Superpride”, que é mais esse perfil.

Clebio

Espera pq não entendi… Quem escolhe os locais e como será a divisão de público sentando ou de pé não é a produção do show? Então vamos culpar a produção … E público alheio ao show não é exclusividade de nenhum lugar. Quem não lembra o show do João Gilberto e que ele diz que vaia de bêbado não vale? Não estava lá para ver e acredito no texto mas nunca poemas generalizar e comparar.: lá é melhor aqui é pior. ..

James Cimino

Não. Você compra um lugar na pista, mas eles colocam cadeiras. Só que fica um espaço vazio entre as cadeiras e as laterais do palco. Aí o povo levanta pra colar no palco. Só que tem gente que compra essa cadeiras NA PISTA e fica reclamando de quem dança. E nesses lugares, se vc pega arquibancada, é muito perto também. Tipo, não tem lugar mega longe. E dá pra ver sentado numa boa. E sim, o público latino é melhor. A gente vai pra festar. Não pra fazer a blasé.

Romulo Araujo

Marcelo estava ao meu lado na MDNA e ele ganhou a maçã mordida pela Madonna das mãos da própria. <3

Guilherme Henrique

Em Chicago a platéia estava mais animadinha mas isso não significa muito pra quem está acostumado com o calor do público brasileiro. Encheram meu saco o show inteiro porque eu fiquei em pé mas mandei todo mundo a merda. Uma moça do meu lado me contou que era o quinto show dele na turnê e eu perguntei: “-Você está viajando pra assistir os shows e fica sentada o tempontodo?” Ela ficou sem graça na hora mas depois disso começou a levantar um pouco mais e me acompanhar mas só durava uns 40 segundos iniciais de cada música rs
Foi uma delícia assistir show em lugar pequeno e com assento marcado mas o público brasileiro da de 1.000 a 0 no quesito animação, não é atoa que todos os artistas comentam sobre a animação do público quando chegam aqui ?

Fabio Guerios

Huuumm, essa questão de definir quem é “fã de verdade” ou não, é bem difícil. Talvez um fã tão ardoroso
Reverencie tanto seu ídolo que queira vê-la sentadinho e tranquilo. Achar que gritos e sacolejos efusivos são
a marca do “verdadeiro” fã me parece um pouco
excludente.
Bem, e respeitar o lugar marcado das pessoas é o
mínimo de respeito que se espera em arenas com lugares marcados. A pessoa pagou por aquele assento ou espaço. É dela durante o show. Ela tem o direito de usufruir…
Enfim, esse é um dos ônus dos lugares corretos, mas provavelmente você não deve ter ficado horas preso no engarrafamento dentro de um taxi que te cobrou quase o preço do show pra te levar. Vc deve ter iso de metrô ou a pé como até os coxinhas fazem….

James Cimino

Ninguém estava sentado no lugar marcado dele. Estavam em pé ao redor do palco pra se divertir. Ele era só um bêbado recalcado que só sabia cantar La Isla Bonita e olha lá. Que tava tão preocupado com o show que ficava o tempo todo reclamando de quem tava ali no palco. Na boa? Quer ver sentado? Arquibancada. É perto e vc fica acima do campo de visão do palco. Ou vai ser velho e bêbado em casa. E se ficou no engarrafamento, foi burro duplamente. Show de pop e de rock é pra ver em pé. Os artistas aliás gostam e querem isso. Não um bando de gente velha e cansada.

Eduardo Bore

Show da Madonna na pista sentado? Me poupeeee!!!!! Prefiro ficar em casa. Mandava ir a merda quem reclamasse

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