Alessandra Maestrini e Anna Paquin declaram-se bissexuais, e o mundo continua sem entender nada

A bissexualidade continua incompreendida por héteros e gays; talvez o próprio termo precise ser substituído por outro menos problemático

por Marcio Caparica

Ontem a revista Caras publicou uma carta da atriz Alessandra Maestrini  em que ela se declara bissexual. Como infelizmente já é de se esperar, muita gente não entendeu por que ela resolveu fazer isso, por que isso seria necessário, para que “se expor” assim e outras tantas bobagens que quem faz parte da comunidade LGBT já se cansou de ouvir.

Se os transgêneros são de longe os mais estigmatizados da sigla LGBT, os bissexuais certamente são os mais incompreendidos. Anna Paquin, do seriado True Blood, deu uma entrevista a Larry King no começo de agosto em que ela teve que explicar que, apesar de estar casada num relacionamento monogâmico, continua sendo bissexual como sempre foi:

King: Você é uma bissexual não-praticante?

Paquin: Assim, eu estou casada com meu marido e nós somos monogâmicos.

King: Mas você era bissexual?

Paquin: Olha, eu não vejo isso como algo do passado.

King: Não?

Paquin: Não. Assim como você continua a ser hétero quando está com alguém, e se você se separasse desse alguém ou esse alguém morresse, isso não impediria sua sexualidade de existir. Não é assim que funciona.

O ser humano não gosta de ambiguidades, e pessoas que gostam de ambos os sexos deixam muita gente insegura, como já conversamos durante o Lado Bi 58 – Bissexuais. E talvez haja também outro problema: a própria palavra “bissexual” já tem uma carga negativa grande demais para que as pessoas resolvam adotá-la para si, como refletiu a jornalista Anna Pulley num artigo para o site Salon, que traduzimos logo abaixo.

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Desde que eu saí do armário há mais de uma década, eu tenho sido uma defensora ferrenha da bissexualidade. Eu já escrevi inúmeros artigos, desfiz mitos idiotas e já entrei em mais discussões acaloradas do que devia a respeito dessa que é o equivalente do adolescente gótico entre as identidades sexuais. Apesar de já não entrar mais em brigas de faca sobre se a Willow de Buffy, a caça-vampiros na verdade era gay ou bi, eu percebi uma mudança cultural na disposição das pessoas em se utilizar da palavra “bissexual” como uma identidade ou descritivo de seus comportamentos sexuais (com a exceção das pesquisas e daqueles no meio médico).

“Bissexualidade” é cada vez mais tratada como o pior tipo de sarna. A maior parte das pessoa que sente atração por mais de um gênero prefere se identificar de qualquer maneira que não seja bissexual, seja utilizando termos como queer, onissexual, pansexual, homo- ou heteroflexível, quase-hétero, fluído, polissexual, “à espreita”, “gay for pay” (em filmes pornôs, por exemplo) etc.

De acordo com dados de quatro pesquisas nacionais e duas pesquisas estaduais feitas nos EUA, aproximadamente 9 milhões de norte-americanos se identificam como lésbicas, gays, bissexuais ou transgênero (LGBT). Apenas 1,8% dessas pessoas se identificam como bissexuais, apesar de que por volta de 19 milhões delas (8,2%) relatam terem incorrido em “comportamento com alguém do mesmo sexo” e 25,6 milhões (11%) admitiram que já sentiram atração por alguém do mesmo sexo. Está claro que o comportamento bissexual ocorre. Num relatório da PEW publicado em 2013 sobre norte-americanos LGBT, os bissexuais eram bem menos propensos a saírem do armário para as pessoas importantes de suas vidas que gays e lésbicas. “77% dos gays e 71% das lésbicas afirmam que todas ou quase todas as pessoas importantes de suas vidas sabem de sua orientação sexual, enquanto apenas 28% dos bissexuais afirmam o mesmo. Mulheres bissexuais são mais propensas a isso que homens bissexuais (33% contra 12%).”

Da mesma maneira, o questionamento (sem qualquer embasamento científico) que eu coloquei no Facebook e no Twitter trouxe dezenas de respostas sobre os problemas que bissexuais têm com a palavra “bissexual” (muitos mais do que seria possível fazer caber nesse artigo), e revelaram muitas histórias sobre as dificuldades e difamações que encararam por terem utilizado esse rótulo. Então por que as pessoas evitam (se não eliminam completamente) que a palavra “bissexual” se aplique a elas? O problema, penso eu, é a palavra em si. Atração por mais que um sexo sempre vai existir, sem sombra de dúvida, mas a será que a palavra “bissexual” já não passou de seu prazo de validade? Aqui estão algumas das razões por que já seria hora de aposentar esse termo.

Não se chega a um consenso sobre sua definição

“Bissexual” vem sido utilizado desde 1824. Seu uso original tinha mais a ver com androginia (“demonstrar características de ambos os sexos”) que com o comportamento sexual. Seu uso mais comum (“atração sexual tanto a homens como a mulheres”) é considerado por muitos redutor (mais sobre isso abaixo). Além disso, há confusão sobre o que “conta” como bissexualidade, especialmente se você está num relacionamento comprometido e monogâmico. Apenas o desejo é suficiente? E se você já dormiu com um sem-número de mulheres, mas só se vê num relacionamento sério com um homem? E se você nunca teve uma experiência sexual com alguém do mesmo sexo, mas suas fantasias são exclusivamente com essa situação? E se você é 99% gay, mas encararia tornar-se hétero pela Beyoncé num piscar de olhos?

Como disse para mim Janet W. Hardy, autora de The Ethical Slut (“A vadia ética”), “Eu uso a palavra ‘bissexual’ por razões de marketing, mas ela é ao mesmo tempo pequena e grande demais para se aplicar a um conjunto bastante complexo de identidades”. Quando você leva em consideração atração, história, comportamento, identidade e fantasia, você chega a algo que uma palavra simples com “bissexualidade” nem chega perto de descrever com qualquer tipo de precisão. “Eu não gosto dessa palavra porque eu ainda não entendo nem o que eu sou direito, e assim que eu disser que sou bissexual eu vou me sentir como se as linhas foram traçadas. Não tenho certeza de que estou preparada para isso”, escreveu uma leitora, Heidi, num e-mail.

Estereótipos desenfreados

Como eu já escrevi, confissões de bissexualidade são tratadas com uma enxurrada de conotações e estereótipos negativos. Entre elas estão que os bissexuais são promíscuos, indecisos, estão passando por uma fase, estão no armário, estão se aproveitando dos privilégios dos héteros, querem TODOS OS MÉNAGES para si, nunca estão satisfeitos, estão só experimentando, fazem isso só para agradar os homens e muitos outros. Como diz Seth, um amigo meu, “essa palavra vem mais carregada que uma mula”. Outro amigo admitiu que “A palavra hoje em dia é imediatamente associada com exibicionismo cafona e barato, com pegações de gente bêbada, com biscatagem descarada”. Não há uma associação positiva com bissexualidade sequer, a não ser quando presumem que talvez nosso leque de parceiros românticos e sexuais seja maior (vamos registrar aqui: não é. Duas vezes mais probabilidade = duas vezes mais chance de ser rejeitado.).

Os estereótipos já jogaram essa palavra na lama a tal ponto que é praticamente impossível salvá-la, tanto na comunidade gay como na hétero. Laura, uma leitora, argumento via Twitter que essa é exatamente a razão por que “bissexualidade” deveria ser mantida. “Para algumas pessoas, acho que a dificuldade que vem com essa identidade força [os bissexuais] a desistirem de se apropriarem dessa palavra, e ao invés disso utilizarem termos que são ‘mais seguros’ e melhor compreendidos pela sociedade. Bissexuais são excluídos da sociedade heteronormativa, e também de muitas subculturas gays. Então acho difícil dizer que essa palavra não é mais útil.”

Invisi-bi-lidade

Laura tem razão nisso, e o problema da invisibilidade bissexual com certeza contribuiu para o distanciamento da palavra em si. Uma pesquisa recente do Center for Disease Control (CDC, Centro de Controle de Doenças) descobriu que mulheres bissexuais tinham duas vezes mais chances de serem abusadas sexualmente. Isso veio logo depois de uma pesquisa de 2011 que apontou que mulheres bissexuais tinham maior propensão a se tornarem ansiosas, deprimidas e beberem em excesso. As participantes do estudo afirmaram que se sentiam “invisíveis”. Discriminação e estigma social geram problemas de saúde mental reais. Uma busca por “bissexualidade não existe” no Google traz quase 4 milhões de resultados, desde blogs pessoais até artigos no New York Times. E esse não é apenas um problema dos mecanismos de busca; bissexuais têm poucos pontos de referência nos quais se apoiarem culturalmente, historicamente, politicamente e estatisticamente.

Mesmo em sites de namoro, um dos poucos meios em que você pode exibir sua sexualidade como um emblema para quem interessar possa, é raro que um bissexual se identifique assim. No OKCupid eu descobri que a discriminação contra bissexuais por homossexuais é especialmente intenso. “Bissexuais, não se candidatem”, constava no perfil de uma lésbica. “Nada pessoal, mas eu não saio com garotas bissexuais’, dizia outra, como se a palavra em si já fosse suspeita, como se nenhuma lésbica em toda a história de mascar carpete tivesse em algum ponto de sua vida já namorado ou trepado com um homem.

Para os homens bissexuais, a situação é ainda mais difícil. “Na última vez que eu entrei no OKCupid só serviu para confirmar que você só leva na cabeça quando se identifica como bi (sem vestir uma cinta-caralha)”, confessou meu amigo Seth. E mesmo quando bissexuais tentam namorar parceiros hétero há problemas de sobra. Como contou uma leitora, “Já aconteceu de parceiros chegarem na caruda e dizerem ‘Quer dizer que você é hétero agora, certo?’. E eu ter que responder que não, eu não sou hétero, e você já sabia disso antes da gente ficar junto. Sei lá, acho que tem a ver com a dúvida sobre se, quando alguém é bi, essa pessoa jamais estará satisfeita com uma só pessoa de um único gênero.” Em muitos casos, o estereótipo de que é “mais fácil” encontrar parceiros quando se é bi revela-se na verdade ser exatamente o contrário. Paradoxalmente, a ideia de abertura sexual durante um relacionamento acaba por restringi-los.

E bissexuais não perdem apenas oportunidades amorosas. “Quando eu namorei um homem pela primeira vez, eu perdi muitas das minhas amigas lésbicas politicamente engajadas”, lembra-se Kate. “Elas vieram conversar comigo num café e disseram que para elas eu estava traindo nosso esforço político, e chegaram a expressar preocupação com minha saúde mental. Eu também perdi um amigo hétero, que me confessou que sempre tinha me visto com ‘um bróder’ e que não se sentia mais confortável em ter-me mais como confidente.”

O que há num nome?

Que nome dar a isso, então, se não “bissexual”? A autora e ativista trans Julia Serrano sugeriu um acrônimo, similar a LGBT, com que descrever as variações ao se desejar mais de um gênero (BSOPPQ: bi, sem rótulo, oni etc., por exemplo), já que muitos na comunidade queer sentem que “bissexual” reforça a binaridade de gênero. Mas talvez não precisemos de um acrônimo ou de uma palavra, quando tudo o que basta é um parágrafo. “Ao mesmo tempo eu quero e não quero uma palavra”, diz Heidi. “Eu não gosto dela porque é limitadora e tantas pessoas a desprezam em ambos os lados.”

Mesmo Alfred Kinsey, cuja pesquisa nos anos 1940 fez um imenso serviço ao grifar a existência da fluidez sexual, não gostava da palavra “bissexual” para descrever o comportamento sexual. “Até que se demonstre que a preferência numa relação sexual é dependente de que um indivíduo contenha em sua anatomia ambas estruturas, masculinas e feminas, ou capacidades fisiológicas masculinas e femininas, é infeliz se referir a esses indivíduos como bissexuais.”

Mesmo que você não aplique a si mesmo um termo em específico, aqueles que fogem dos rótulos não conseguem se manter assim por muito tempo. “Isso se torna mais difícil quanto mais você conhece pessoas, porque quando você se apresenta a alguém parece existir uma necessidade inerente de ‘ser’ algo, e esse rótulo se aplica a mim, apesar de eu detestá-lo por causa do que ele veio a significar”, escreveu uma leitora no Twitter.

Bissexual, por bem ou por mal, é o que temos, mas até que, e a não ser que, ele seja arrancado das trincheiras da desinformação, dos estereótipos e da discriminação, eu prevejo que ele vai continuar se afundando, para perder seu lugar para outras palavras, expressões, neologismos, reconfigurações. A mutabilidade do desejo vai provar mais uma vez que não pode ser contida.

Até lá, eu vou continuar a dizer “Meu coração é gay, mas minha vagina tem menos restrições.”

 

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8 comentários

Caio

Era só o que faltava, proporem mudar o nome como se fosse adiantar. Está igual a situação de algumas igrejas evangélicas no EUA que querem tirar o termo “evangélica” pela sua conotação negativa crescente diante do povo de lá. E do que adianta mudar nomes se a essência permanece a mesma? Nomes foram feitos para serem usados de acordo com seus significados e dentro dos contextos que lhes cabem.
Além disso, do jeito que o texto acima foi elaborado, parece que os bissexuais são uns coitadinhos. Eles não seriam vistos da forma que foi relata se também não dessem razão para isso (não estou generalizando, mas isso é uma constatação). Não atoa que muitas celebridades vivem esbanjando que são “bi” só para causar polêmica, aparecer e no fim das contas é uma mera pessoa hétero ou que nem se interessa em ter uma relação homo também, só quer se achar “moderna”.

camila

O ser humano é muito inconstante. O que te agradava ontem pode não te satisfazer mais hoje. Não acredito que toda humanidade seja bi, mas se a pessoas se permitissem mais, muitos héteros e gays convictos, experimentariam coisas novas.Só sei de mim: uma respeitável moça de família, casada com um homem maravilhoso, que de certa forma amo, e completamente apaixonada por uma ex-namorada . Afinal, que diabos eu sou? hahah

João Paulo

Quando ouço a palavra bissexual, me vem logo a mente gente enrolada, cheia de medos e presa a seus próprios preconceitos. É que a mente trabalha por associação. Uma palavra não são só letras e sons: são acima de tudo as imagens mentais que elas evocam, que, por sua vez, são fruto de nossas experiências prévias e preconceitos internalizados, mediados por nossa maior ou menor tendência à racionalização. Fazer o quê, né? A mim só resta usar um pouco da lucidez que ainda tenho para entender que pessoas asquerosas existem debaixo de qualquer designação possível e imaginável. E também que o meu próprio conceito de asqueroso seja reforçado por preconceitos que mecanismos sociais ainda mais asquerosos introjetaram em mim. Mas enfim. A vocês, pessoas significantemente atraídas por ambos os sexos, resta lutar para limpar um pouco da merda que gente asquerosa jogou em cima do nome bissexual, assim como nós, viados, estamos lutando para limpar a que jogaram no nosso… e quem sabe a gente não pode se ajudar, né? A merda que jogam nos viados quase sempre acerta também nos bissexuais e vice-versa. A sujeira comum bem que pode ser limpada com um esfregão comunitário.

Oração: Senhor Deus de bondade, concedei-me a graça de que meu texto truncado e atécnico não seja interpretado de maneira totalmente diferente da minha intenção original ao escrevê-lo, como vem acontecendo tão frequentemente esses dias. Assim seja. Saravá Ogum.

Robson

De fato existe preconceito, e ele é baseado muitas vezes na própria realidade. Perguntem à “bissexuais” como se veem daqui a, sei lá, 10 anos, e ouvirão deles que sonham em formar uma família tradicional, com mulher e filhos, no caso de homens. Ou ouvirão coisas do tipo “sinto 70%, 80%, ou 90% de desejo por homens” e o restante por mulheres. Então por que não se identificar como gay? Está esperando por um 100%? Eu não acredito que esta porcentagem exista, bem como duvido que haja 50%.

E outra: bissexuais estarão procurando sempre por pessoas do mesmo sexo. E nem acho que por ‘diversão’. Acredito que estarão seguindo a essência do que são de fato, e esperando que, futuramente, isto mude para enfim agradarem à sociedade, casando com pessoas do sexo oposto e tendo filhos biológicos.

Já perdi o interesse de imediato por caras que diziam ser bissexuais. Não dá. Na maioria dos casos acho que usam o termo como disfarce. Uma posição pra lá de confortável que utilizam pra não sofrerem tanto preconceito.

PS: Já repararam que todo bissexual é por essência um ser estranho que nem ele próprio se entende – ou melhor, se assume verdadeiramente? Temos aí o exemplo clássico da Ana Carolina, do ator Matheus Nachtergaele, da atriz Cameron Diaz, da cantora Jesse Jay…Tudo gente estranha e mal resolvida. Procurem entrevistas e se espantem.

Jerry

Seu comentário reflete exatamente o tipo de preconceito que nós bissexuais passamos.
Você afirma que esse preconceito é baseado na realidade, mas será mesmo? Ou você apenas está julgando algo que não conhece?
É até irônico ver um gay se referindo desse jeito á outra classe que é tão quanto ou até mais estigmatizada que dele. Bissexualidade não é mais simples ou mais aceita quanto você fez parecer em alguns pontos. E afirmar que se identificar como bissexual é uma posição confortável é até controverso já que seguindo a ideia da baixa representatividade e de toda a confusão que fazem da minha sexualidade o mais confortável seria me identificar como hétero ou como gay e aceitar viver em um armário eternamente e me contentar em só explorar uma parte da minha sexualidade (ou explorar a outra em segredo). Acredite essa é a posição mais confortável ou pelo menos a que se evita mais preconceito para bissexuais.
Outra coisa interessante é que você se refere algumas vezes a bissexuais como estranhos e mal resolvidos. Mas para mim, pareceu que você vê os bissexuais assim porque somos diferente de você e fora do seu conceito de “normal” e por não nos “decidirmos” do que gostamos “de verdade”. Sabe todo o preconceito que você possivelmente sofreu ou toda exclusão por não se encaixar num padrão não te ensinou nada á entender que existe pessoas que são diferentes e que fogem do padrão e que não existe só héteros e gays no mundo, tem gente que não se sente incluído nesse binarismo. As pessoas tem que parar de se limitar ao que entendem por normal e aceitar que o mundo vai muito além de seus conceitos limitados.

Marcos

Eu também…

A realidade é muito maior do que possamos imaginar!

O problema são os gays masculinos que fica pressionando o boy bi a se auto explicar na busca por segurança na relação ( será que estou sendo traído?)

Acho que ao invés de procurar por respostas racionais o melhor seria curtir o momento e sentir ao invés de simplesmente insistir na busca por segurança.

Digo segurança porque muitos gays vivem ainda o modelo implantado de monogamia, obrigação de constituição de família, etc… porque se mostra mais bonito para os olhos alheios!

Antonio

Mas mesmo essa impressão de (in)segurança nas relações só se sustenta sobre sólidas bases de incompreensão e preconceito. Imagina uma mulher que fala “Ai, jamais ficaria com um cara hétero!! Nunca vou saber se ele está satisfeito comigo e vai querer ficar com outras mulheres!”… Pois é, isso não acontece, né. E as chances são as mesmas. As pessoas têm é medo do diferente

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