Muito esforço por nada: o problema dos gays machões

A busca pela masculinidade absoluta faz com que muitos gays se privem das tantas possiblidades que a homossexualidade oferece

por Marcio Caparica

A orientação sexual mais frágil que existe é a do homem heterossexual.

Esse não é um conceito originalmente meu; quem apontou isso foi o colunista norte-americano Dan Savage. Ele chama a atenção para o fato de que, em nossa cultura, um homem ser hétero significa duas coisas: que você não é mulher e que não é viado. E portanto o homem hétero vive sob constante patrulha, pois qualquer escorregão numa dessas direções pode marcá-lo como gay enrustido. Pense bem: um gay pode beijar uma mulher, pode transar com uma mulher, pode fazer um filho numa mulher, e ninguém vai suspeitar que por trás daquela bicha existe um hétero reprimido. As garotas beijam-se umas às outras nas festas, experimentam transar com mulheres e, se depois resolvem que gostam mesmo é de homem, podem se apresentar como heterossexuais pelo resto da vida sem que pairem negras nuvens de dúvida sobre suas preferências. Elas podem até contar para os maridos o que fizeram, e esses maridos provavelmente vão ficar com tesão.

Já o homem heterossexual vive em estado de sítio. É vaidoso demais? Hmmmm, viadinho. Chora vendo novela? Bichona. Gosta que a namorada passe o dedo no seu cu? Bicha louca. Não importa que ele só curta dedos femininos em sua bunda, é bom não espalhar porque muita gente vai pensar que “aí tem”. E a marcação cerrada não vem apenas dos amigos héteros, mas também das mulheres, namoradas, família, e até gays. Esposas são capazes de colocar em dúvida a “macheza” do marido após décadas de casadas se, um dia, ele contar que quando jovem foi pra cama com outro cara uma vez.

Nesse sentido, ser gay é muito libertador.

O que só me deixa ainda mais perplexo quando eu me deparo com os gays que se anunciam orgulhosamente como machos pra caralho.

Todo mundo conhece um: os caras que estufam o peito e dizem que são gays, mas só curtem “outros machos como eles”. Consideram-se muito superiores aos “outros gays” que não mantêm a virilidade tão intacta depois de descobrirem que gostam de outros do mesmo sexo. Gostam de dizer que vivem “fora do meio”. E quando podem afirmar que não têm amigos viados, apenas amigos heterossexuais, exibem com alegria essa prova de que ainda não foram corrompidos. Consideram-se praticamente heterossexuais, não fosse o fato de gostarem de homem.

Eu acho lamentável. Os héteros pelo menos vêm com todas as vantagens inatas a sua heterossexualidade: vida social (quase totalmente) aberta, demonstrações de afeto em público sem risco de escândalo, orgulho familiar, enfim. Aqueles que conseguem navegar bem sob essa vigília constante de sua sempre ameaçada masculinidade podem colher os louros dessa façanha. Já o gay machão, o que ganha com isso? Nada além da ilusão de que é de alguma maneira superior aos outros gays.

Vou admitir aqui que, quando eu comecei a minha já um tanto extensa carreira de viado, eu rezava por essa cartilha. No começo da faculdade, escondido lá no fundo do armário, não queria que me associassem de forma alguma à homossexualidade. Mantinha gravada na mente uma lista dos poucos escolhidos para quem eu confiara esse meu segredo. Trair essa confiança era uma ofensa imperdoável. Felizmente isso tudo começou a ruir quando tive meu primeiro namoro de verdade, com um cara que não fazia questão nenhuma de esconder o afeto que sentia por mim. E assim, em poucas semanas, a universidade inteira sabia quem eu namorava, porque eu era metade daquele casal gay que deitava junto no gramado da faculdade.

Mesmo depois disso eu resisti bravamente a outras pequenas liberdades que os gays se permitem. Usar qualquer pronome feminino relacionado à minha pessoa era expressamente proibido. Me chamar de “bicha”, então, simplesmente inaceitável. Não suportava bichas que falam mole, e mal conseguia disfarçar o orgulho quando alguém vinha me dizer que eu nem parecia gay.

A cura dos preconceitos é a convivência, e ainda bem que, ao longo dos anos, fui me permitindo penetrar – ou ser penetrado – pelo exuberante mundo gay. Ao conhecer mais e mais viados, descobri mundo em que as bichas se chamam carinhosamente de biscate; que tem a criatividade para criar expressões geniais como “fazer a egípcia”, “dormir de Chanel” e “vir de vinagrete”; que se apropria de palavras africanas e indígenas para construir sua própria língua; que assim como é capaz de destilar veneno, é capaz de atos surpreendentes de solidariedade pelo simples fato de você também ser viado. Uma cultura imensamente rica que deixa você escolher quais pedaços encaixam-se melhor na sua personalidade.

O viado machão, no entanto, abre mão de tudo isso para se distanciar de uma feminilidade que considera inferior. E, pior que o hétero, que é jogado dentro do cerco a sua sexualidade pela sociedade, quem coloca o gay-hétero sob vigilância é o próprio. Esse pavor a tudo que leve à bichice ou à feminilidade cria situações absurdas e sem solução. Já conheci um gay, até que bastante bem resolvido, que era predominantemente ativo. Ele se apaixonou por outro bofe muito homem e no sigilo, e foi correspondido. Verdadeiro lance entre dois machos. O problema é que o outro era apenas – e totalmente – ativo. O meu amigo, apesar de já ter dado algumas vezes, não queria se tornar “a passiva” da relação. Então os dois passaram meses apenas no troca-troca, engessados demais em suas preconcepções de virilidade, incapazes de fazerem concessões mútuas para satisfazerem um ao outro.

Não estou dizendo que todos os gays deveriam ser bichinhas poc-poc para se tornarem homossexuais verdadeiros e completos. Como todos os seres humanos, os gays não devem abrir mão do filtro social; há ocasiões em que um comportamento discreto e um vocabulário normativo são mais adequados, e há ocasiões em que o adequado é comentar com os olhos arregalados a neca do boy que está passando prazamigues. Mais uma vez: cada gay pode escolher quanta exuberância e o que dela serve para si.

Amarrar-se a uma masculinidade completa é a verdadeira demonstração de uma visão limitada do que é ser gay. O homem que se coloca nessa jaula se priva de samplear a enorme gama da sexualidade humana, e se engana quando se sente privilegiado ao se limitar à caixinha de uma identidade que sabe não ser a sua. Não adotar alguns (ou muitos) comportamentos pintosos porque não se identifica com eles é normal e razoável. Quando um homossexual repudia absolutamente tudo do “mundo gay”, no entanto? Isso é sintoma de um medo de rebaixar-se ao se afastar do olimpo tão cobiçado da heteronormatividade. E pior, ceder a esse medo não traz vantagem nenhuma. Ninguém além do próprio vai considerá-lo um gay melhor por isso – nem os héteros, muito menos os “outros” gays. Melhor é escapar dessa tocaia e se permitir experimentar outras atitudes. A vida vai ser mais relaxada – e quem sabe até mais feliz.

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389 comentários

Naldo

Concordo em partes, não é o cara gay machão o responsável pelos preconceitos e sim a própria estrutura da sociedade que impõe a masculinidade como algo superior, existe muitos gays afeminados que são muito arrogantes e preconceituosos até mais que gays discretos. Nesse mundo de falsidades e hipocrisias cada um sabe onde a dor aperta e cada um encontra uma forma de sobreviver e que precisa haver é mais respeito e compreensão de todas as partes e menos arrogância e imposições.

Fernando

” Consideram-se praticamente heterossexuais, não fosse o fato de gostarem de homem. ”
É interessante como você unir masculinidade a heterossexualidade como se só os heterossexuais fossem, preservasse o conjunto de caraterísticas que se defini como masculinidade, gostassem de ser masculinos etc
Eu sou masculino, gosto das masculinidade, gosto de preservar isso, masculinidade é tipo um hobby e e assim como eu sou e me identifico.. não foco nada, sou naturalmente masculino. Não quero de maneira alguma parecer heterossexual, quero parecer e sou masculino. Conheço machões homo, bi e arromâticos.. então pare de relacionar a masculinidade como algo exclusivamente os heterossexual, pare de dizer que gay que parece hetero, tem gay que é quase hetero, é um gay-hetero etc
Isso é extremamente besta, feio e ignorante da sua parte.
Outra coisa,
Você fala em se permitir ser tratado no feminino, isso pra mim é algo que acho horrível. E pq? Pq n faz parte dos costumes, cultura da masculinidade ser tratado assim, eu simplesmente não me identifico além de considerar algo sem sentido já que sou do gênero masculino. É minha cultura, meus gosto, o que sou.. tem que ser respeitado.
Não me identifico nem mesmo um pouquinho com a cultura LGBT que basicamente é algo bastante feminino e como eu já expliquei não me identifico com o feminino e sim justamente que o oposto disso, o masculino.
Interessante que eu considero homem/masculinidade como algo superior sim e convivo muito bem com mulheres que consideram mulher/feminilidade como algo superior.. ou seja, não existe problema em se sentir superior. Se uma mulher me falar que ser mulher é superior a homem e ter a minha convicção que é o contrário simplesmente o que ela disse não tem nenhum efeito negativo em mim.. Acho que as próprias pessoas femininas (mulheres e homens afeminados) já tem em suas mentes essa ideia de ser algo inferior, então quando se fala nisso já se senti mal, como algo negativo. Tem a discriminação dentro de se próprios.

Joaquim

Gostei do texto, mas não me encaixo nesses que gostam de termos como “bichas” e por aí. Numa relação a dois tudo é permitido, desde consentido por ambos.

Thiago Rocha

Concordo com muito do que você disse. Porém sinto um pouco de “preconceito” de sua parte. Ninguém é igual. Por que todo gay seria igual? Faço parte dessa parcela de “gays héteros” sim! Nunca me agradou ser afeminado. Simplesmente não faz parte da minha personalidade. Apesar de não gostar de rotular, mas levando em consideração a sua postagem, tenho sim muitos amigos héteros e gays (afeminados e não afeminados). Nunca me senti superior a ninguém por ser como sou e os respeito, assim como eles me respeitam. Em fim, cada um é diferente do outro. Simples.

Naldo

Concordo, o que a gente precisa é de união para lutar por direitos iguais para todos, respeito as diferenças e as reparações necessárias não querer impor nossa maneira de ser aos outros esse é um padrão machista inclusive. Eu vejo a beleza tanto no feminino quanto no masculino e procuro seguir o meu próprio padrão e respeitar o dos outros sendo o menos preconceituoso possível.

Ed

Afeminados são a maioria. Eu sou masculino e sofro pra encontrar parceiros, tanto em rede social quanto em ambientes de pegação. Simplesmente não é preconceito, mas questão de tesão.

Anônimo discreto e escondido rs

Também me identifiquei … Não é questão de preconceito. E sim de atração física. Prefiro Gays discretos e com aparências de homem. Mas nada contra os afeminados. Acho que eles tem uma superioridade sobre tudo. Eles demonstram essa superioridade no jeito de se expressar eles são mais machos que os próprios machos, eles não se escondem agem como livres e são. …

César

Virou moda. Conheço caras há mais de dez anos que entraram nesse porcesso que acompanha a busca pelo corpo, não saudável, mas volumoso e musculoso e adimirado mais por gays que por mulheres, em busca de uma masculinidade que lhes faltam. Alguns já eram naturalmente não efeminados, mas acabaram se tornando preconceituosos dentro da própria tribo. Uma compensação que constrói pseudo másculos que estão mais para heteronosmativos. E por experiência, vejo a maioria se autoproclamando “Macho-passivo-sarado-naosou-nemcurtoafeminados. Um misto de não aceitação própria com auto-afirmação. Uma pena. Pq são uns chatos.

Rafael Costa

Nem sempre é assim… curto de tudo mas prefiro ser passivo, porém não curto ser dominado, não curto que tentem ser melhores ou superiores à mim só pq estão fazendo ativo. Me xingar ou falar palavras baixas, principalmente no feminino me brocham e me trazem sensações horríveis de inferioridade, que denigrem a minha masculinidade, prefiro um sexo forte porém respeitoso, elogiando um ao outro em relação ao desempenho etc e tal. Acho que passivos que aceitam se submeter à determinados tipos de tratamento só contribuem pro maldito preconceito que paira sobre nós. De que o ativo é a espécie dominante e o passivo é a classe dominada que é inferior e execrada pela sociedade. Quantas vezes vemos um gay tentando ofender o outro chamando de passiva? Pq mesmo os gays colocam os passivos numa escala inferior de importância, endeusando os ativos. E isso.

Masculo

Mulheres, principalemente as hétero concordam com os homens hétero. Vai achando que suas amigas gostam de vocês.

Guro

Seria bom você deixar bem claro no seu texto que essa é a sua opinião e não existe nenhum estudo que mostre que gays masculinos consideram a feminilidade uma fraqueza. Acho seu texto muito preconceituoso, como muitos homossexuais que acham que apenas que para ser bem resolvido tem que ser gay feminino. Não sou feminino e sou gay. Não construí nenhuma personalidade masculinizada. Se você se forçou a ser masculino ou feminino, lamento pela sua inautenticidade. Eu sou como vim, masculino ou feminino, e gay. Não me orgulho nem me envergonho disso. É apenas o que eu sou. Acredito que, ao escrever que você se escondia durante a faculdade, acabou entregando que suas ideias apenas representam um preconceito que era ou é seu, e acaba achando que todo mundo é igual. Lembrem-se que nossa experiência serve apenas para nossa vida. Não julgue e generalize, isso é algo que os conservadores fazem com a gente todos os dias.

Rodrygo

Eu não acredito que tem um monte de gente direcionando a culpa da discriminação e homofobia que toda a comunidade LGBTQ sofre aos gays afeminados. Isso é absolutamente ridículo. Li muitos comentários agressivos acerca de ser efeminado ou não, e um monte de justificativas carregadas de intolerância velada. Isso só me prova que estamos muito mais distanciados do que se pode imaginar. O grande problema de não querer se “misturar”. É, claro, que é compreensível e natural que todos tenhamos preferências e gostos, porém tratar isso como medalha de honra e culpar um determinado grupo como grande culpado sobre o que a sociedade pensa e avalia sobre os homossexuais é lamentável. Outro ponto que me incomodou bastante nos comentários foi o fato de atribuírem a promiscuidade aos afeminados. De fato, vocês pouco conhecem o mundo gay. Quanto preconceito! Sim, existem muitos gays efeminados promíscuos e depravados. Mas, adivinhem, muitos também são os autointitulados discretos e masculinos. Não, não estou tentando direcionar a culpa a ninguém. Só tento mostrar que isso não é exclusividade das “bichinhas” serelepes, espalhafatosas e linguarudas (como muito foi citado) e que, muito menos, elas são a maioria. Basta entrar em um banheiro público ou mesmo frequentar, uma única vez, uma dessas casas de sexo barato dedicada a homossexuais. Adivinhem, novamente, a grande maioria dos frequentadores desses locais, onde rola de um tudo, inclusive orgias, é de homossexuais másculos e discretos. Então, meus caros, culpar os efeminados por todo preconceito e intolerância dedicados a nós é extremamente triste e preocupante. Acho que podemos melhorar.

Rodrygo

Onde se lê: “[…] culpar um determinado grupo como grande culpado sobre o que […]”. Na verdade, seria: “[…] culpar um determinado grupo como grande causador do que […]”. Obrigado!

Luis

Há muitos gays que não entendem que a gente sofre preconceito apenas por gostar do mesmo sexo. Ficam tentando jogar a culpa nos gays afeminados e nos gays depravados. Isso é tentar acabar com o preconceito sendo preconceituoso, pois eles reforçam algo que a sociedade heteronormativa prega como regra: quem nasceu homem tem que ter jeito masculino / a “promiscuidade” é algo sujo, errado.

João Marinho

Raramente, vejo um artigo bom como este no site e, quando leio os comentários, parece simplesmente que parte dos comentaristas encarnou o que o artigo critica. Onde se está dizendo que as pessoas são obrigadas a transar com quem quer que seja, abrindo mão de seus gostos sexuais pessoais, e onde está escrito que há problema de ser masculino? O que o artigo faz é criticar quem, em busca de seguir um padrão claramente não criado para homossexuais, abre mão de toda uma potencialidade que ser gay traz com medo de ser identificado como tal e de dar uma pinta, por menor que seja. Isso é bem diferente de ser um gay masculino espontâneo: até porque, quem DE FATO O É tem segurança suficiente para não se preocupar se OS OUTROS vão achar que ele se ele é masculino o suficiente ou não, muito menos receio de que o que fará soará “pinta” ou não. Quem está confortável com sua homossexualidade, seja mais feminino ou mais masculino, pouco se incomoda se alguma atitude soará como “bichice”: por que se incomodaria de ser identificado como gay, se ser gay não é para ele motivo de vergonha ou preocupação? Para mim, está claro qu o texto fala, sim, de malresolvidos que usam a heteronormatividade como escudo para suas inseguranças: que são inseguros sim, porque têm medo de serem identificados como gays e se pautam mais pelo que os outros esperam de um “macho” do que pelo que eles, os próprios, gostariam de fazer. Isso é de fato um prisão sem muros, quando a cultura gay é tão rica e flexível e assimila tantas pessoas diferentes. E quem é gay e tem “ódio” de toda essa cultura, de toda ela, sem nada que possa ver como bom, lamento: tem sim um problema. Muito complicado ser o que se odeia.

Carlos Ribeiro

Marcio moro numa cidade onde a maioria dos ativos não gostam de afeminados. Uma cidade chamada Criciúma SC… Eu sou passivo do tipo nem afeminado de mais nem macho de mais sou meio termo… Uns me repudiam quando me vêem e falam: nossa faz até a sobrancelha, que viadão… Outros me olham e falam: Tu é bem normal, não é afeminado. És discreto…
Enfim estou depois de 33 anos assumindo minha personalidade e orientação e o que mais está me deixando triste é esse preconceito no próprio meio. Por fim os caras que me curtem geralmente são os bissexuais, tidos como héteros curiosos e geralmente casados. E não quero isso pra mim… Não que não tenha ficado com alguns… Pois as vezes não dá é mais forte que eu, pois os ativos não querem porque me acham afeminado, então acabo caindo em tentação. Mas não quero viver a vida inteira tendo relação com caras casados que jamais vão deixar suas vidas duplas e ainda sendo pivô de traição.
Cara e o preconceito vem ainda mais se és acima de 30 anos… Aí já é assunto pra outra matéria….. kkkkk Pois a maioria dos atvs só querem garotinhos de 25 pra baixo querido…. É mole ou quer mais?!
To quase pedindo pro meu psicologo a cura gay kkkkk

João Marinho

Do alto de meus 38 anos de idade e de minha exclusividade passiva, eu te digo, Carlos: isso é lenda. Pensava realmente que “a maioria” dos ativos preferia gays mais jovens e que, chegando à maturidade, teria problemas em transar sendo exclusivamente passivo. Nada mais falso: faço até mais sucesso e agora e fico impressionado o quanto de homens ativos de 18, 19, 20 ou 21 anos se empolga com um passivo grisalho e mais maduro.

Comentário alternativo

Bom, uma coisa que notei, é que em sites pornográficos raramente você vê um afeminado em ação. A maioria é de gay másculos e machões, até os passivos são SUPER másculos, mesmo sentando na piroc*, gemendo, parece um hétero com dor de hemorroida. E nos aplicativos de relacionamento gay, o que mais vemos são pessoas filtrando os afeminados, e que estão á procura de um homem viril para ter encontros sexuais. Uma coisa que notei também, está cada vez mais frequente gays afeminados se masculinizarem nas redes sociais, tiram fotos com poses masculinas, colocam penteados e “roupas de macho”, mas quando o encontram pessoalmente você não vê nenhuma masculinidade em seu comportamento. O fato é que o gay masculino é o padrão de “desejo de consumo”, tanto por gays afeminados, quanto por gays machões e curiosos (aqui no Brasil essa demanda é muito grande). E os gays em geral estão tentando se enquadrar nesses padrões para terem mais êxitos de se relacionar com outros homens gays. Nada que eu comentei está relacionada a teorias nem nada, são apenas observações pessoais.

andre f.

concordo, acho isso até estranho. eu gosto mesmo é de afeminado,

Luc

O que mais me injuria é que você parece pensar que é quase obrigatório o gay falar gírias gay e dar pinta, que se não fizer isso, é reprimido, é mal-resolvido, tem medo de parecer viado. Isso é muita presunção! Pra você é tudo uma questão de cálculo do decoro social, parece que nem lhe ocorre que um gay pode não ser afetado simplesmente por natureza. Por exemplo, eu admiro o que a Lady Gaga representa mas não estou nem aí pra música dela, achava Sex and the city um saco porque era um saco, não porque fosse série de bicha. Do mesmo modo que curto Rufus Wainwright e uso cosméticos. Eu gosto do que gosto, não fico calculando se é coisa de macho ou coisa de gay. Não sou machão, mas tampouco sou efeminado e acho caras efeminados broxantes. E quem acha que isso é preconceito, quem acha que estou “cooptado pela ideologia heteronormativa”, quem acha que sou “gay homofóbico” (essa é muito boa) não me conhece e não merece uma resposta inteligente.

Luc

Eu sou gay que “não parece” e os únicos dois amigos gays que conheço e com quem posso falar são “bichas”. Eu não tenho nada contra, mas não faz a minha, e me irrita o jeito que você construiu o texto, faz parecer que se um gay não desmunheca e não dança Lady Gaga e não diz coisas como “tô bege”, é porque é um preconceituoso reprimido e limitado. Um cara não pode simplesmente não ter essa natureza? Já não basta toda a homofobia, ainda terei que ouvir dos próprios gays que por eu não ser efeminado, não ver graça nenhuma pra mim em ser, não usar verbetes da Aurélia, eu tô traindo o movimento, comentendo um suposto crime de incorreção política e “me ajustando à heteronormatividade”? Tenho que renegar o que sou em nome de uma visão política? Ora vá se catar! E quanto a esse papinho de ativo e passivo, nunca ouviu falar em gouine? Eu não tenho interesse em penetração porque não tenho, não porque “dar a bunda é coisa de bicha”. Seu texto é muito limitado, pare de querer ver todo mundo que não tomou as suas mesmas decisões como se fossem menos livres.

Passivo

Sou passivo, amo ativo machos,acho que se não existisse os machos no mundo gay, não iria existir sexo! Não faço sexo com afeminado pois sindo atração apenas por caras masculinos, vamos deixar dessa bobagem de ficar criticando,só se tornamos iguais a eles, eles criticam os afeminados e os afeminados os criticam, eu estou no meio! Sou discreto,não sou afeminado mas não tenho problemas com, gosto dos afeminados porque são divertidos,e acho que entre eles eu até poderia ser, mas em público eu mantenho meu eu ”discreto”, assim fica mais fácil pra fisgar um bofe! O Gay gosta de homem e não de mulher, e afeminados passam essa impressão de mulher! Cada um com sua personalidade, eu prefiro o discreto,assim se o macho gosta de uma afeminada, ele vai ter! Se ele não gosta ele não vai ter, o discreto só se mostra depois.

Rogerio Marins

Eu li o texto, alguns comentários e respostas, e fiquei pensando na minha trajetória de vida.
Não quero aqui tratar o assunto de forma cartesiana: certo e errado, bonito ou feio, adequado ou inadequado. Mas, assim como entendo a motivação do post, acho que valem mais reflexões do que simplesmente defesas e ataques.
Falando de uma forma bastante generalizada, somos bombardeados pelas concepções do que é dito “normal e aceitável” pelas sociedades através dos tempos, tenhamos a orientação, o comportamento, o gênero que for. O que fazemos disso para sermos felizes e termos uma convivência harmonizada com as diferenças é que toca mais fundo.
Entendo que lidar com as possibilidades da vida, traz consigo uma variedade de interações cujo valor é inestimável; por isso, busco não me restringir a nada apesar de entender que, ainda hoje, possuo limitações que precisam ser trabalhadas.
O problema não é ser ‘machão’ ou ‘bichinha’, a questão maior é utilizar isso como título, plataforma. Entendo que ai, sim, residem alguns enganos e a perpetuação de preconceitos que queremos a inexistência.
O que tenho visto é que alguns gays se tornaram o veículo da promoção do objeto de consumo ‘macho’, da mesma forma que outros, pela estereotipagem afeminada, são espalhafatosos. Não acho que ambos estejam certos nem errados. Da mesma forma que quando um ‘macho’ se apresenta em um ambiente e todos olham minimamente atraídos pelo ‘objeto’; nos beneficiamos com os resultados trazidos pela caricatura gay, pois são os que aparecem e que sempre nos trouxeram benefícios considerando o aparato jurídico que temos na atualidade.
O problema da classificação é que o rótulo se torna quase permanente. E quando se trata de autoclassificação, se desfazer do que está internalizado é absurdamente difícil. Convenhamos, não há ninguém completamente macho nem completamente afeminado. Ninguém é, absolutamente, uma coisa ou outra. Nossa existência não cabe nesses conceitos e nossa pluralidade é demasiadamente rica pra mantermos esse pensamento como uma regra a ser seguida.
Ser machão não é ser machista e ser afeminado não é ser escandaloso. O machão não é sempre ‘um homem de respeito’ e o afeminado (incluindo o escandaloso) pode ter responsabilidade. Ora! Basta olhar com olhos de ver! Se o machão pra alguns se traduz por uma barba, um bíceps, um trapézio e um pênis grande e o afeminado é desenhado por outros com plumas, luzes e uma caricatura… Aí, sim, considero reducionismo.
O assunto do post é complexo e não se encerra nessas discussões. É importante lembrar que nossas opiniões são parte do que pensamos e parte que querem que pensemos. No mundo contemporâneo, e a cada momento, vêm sendo expostas nuances diferentes (não novas) do comportamento e da sexualidade humana, mas se alguns ainda vão permanecer sob o véu do preto e branco, exponho aqui meu lamento; pois não entendo que ser esse ‘macho’ seja natural nem que ser afeminado seja motivo de alijamento, isso afetaria minha compreensão sobre a natureza humana.
Meu pensamento é dicotômico? Ufa! Ainda bem… Não concordam? Que bom… Querem rebater? Estamos aí… Concordam? Venham somar… O que não vale, na minha opinião, é permanecerem na mesma posição, sem darem um passo adiante (seja na convicção ou na dúvida) e ignorarem que as pessoas pensam diferente e que podemos nos retroalimentar disso para termos posicionamentos que sujam do senso comum.

Júlio César

Sou do tipo “machão” só estou usando isso para fins práticos pois acho esse negócio de qualificar pessoas reducionismo, li o texto, entendi o que o que vc quis dizer sobre esse preconceitos que os afeminados sofrem mas vc generalizou sim, vc tratou a masculinidade como algo limitado e hipócrita, que os gays que são assim usam uma máscara da heteronormatividade… etc… não! sou bissexual, sou masculino, não gosto do meio GLS e prefiro os gays masculinos, não tenho preconceito com os afeminado mas não gosto do comportamento deles, é uma questão de gosto!! Os mais masculinos são mais centrados, sérios e profundos, minha opinião… tanto hétero como gays podem representar preconceito, canalhice, já andei com héteros bem machistas e achava e acho tosco esse machismo idiota, ser masculino, “machão” não significa ser idiota e um canalha machista… ser masculino é uma coisa natural e um estado de ser, sou bi e não me vejo nunca feminino e me sinto mal se alguém me obrigasse a ser assim, me sentiria forçado. Não sou assim por usar uma máscara, sou assim pq sempre fui assim… mas nunca descriminaria um que é afeminado muito embora não ficaria com um que é assim, não sinto tesão e não tenho mtos amigos assim. Para mim o homem tem de ser masculino mas é gosto não preconceito, achei que vc generalizou e até quis impor um modo de ser, esse esteriótipo que o gay tem de ser feminino, as paradas gays com aqueles mais escandalosos e toda essa visão que as pessoas tem dos gays custa e muito para aqueles que são masculinos e especialmente os bissexuais que muitas vezes não querem ser associados a isso mas se vem sempre associados pela visão estereotipada que passam por aí! é difícil explicar que simplesmente tenho atração por homens e só, não gosto de pop, não gosto de balada, gosto de relacionamento mais sérios e não uso esse vocabulário “gay” tipo aquele vídeo que achei mto interessante… “Não é por ser gay…” do põe na roda mas vc sempre se vê associado a isso, é chato!! é claro que estou representando o esteriótipo mas querendo ou não é isso que sendo gay masculino ou não as pessoas e até mesmo os gays sentem de vc!

Daniel

Eu não tenho paciência com os afeminados assim, tinha um deles que era assim,ficava gritando, correndo, pulando igual o bambi, ainda ficava falando de sexo em voz alta, a sala inteira podia ouvir ¬¬ dava em cima de todos os garotos, eles querem atenção, querem causar, mas da pior forma possível,apelando, falando gírias vulgares… cara, os afeminados não tem a noção de como eles são chatos e nojentos.

Marcio Caparica

Gritar, pular, correr, falar de sexo em voz alta, falar gírias vulgares – essas todas não são atitudes exclusivas de gays afeminados. Você acha melhor quando um hétero faz isso? Se um hétero sair correndo num ambiente, falar em voz alta sobre as minas que comeu, mandar todo mundo se fuder e berrar com quem olhar feio, vai ser mais aceitável do que o mesmo feito por um gay afeminado? Você é um preconceituoso. Aprenda a deixar de sê-lo.

Daniel

Não acho legal nem gays e héteros que fazem isso…
eu não gosto de gente escandalosa que berra, grita e quer chamar a atenção, muitos afeminados fazem isso, brigam até por causa de divas pop. Particularmente não gosto mesmo de gays com essas atitudes. Não me sinto representado por eles, não me identifico com eles, força um estereotipo de gay para a sociedade que ao meu ver é uma imagem totalmente negativa.

Marcio Caparica

Mais uma vez, berrar, gritar e chamar a atenção não é exclusividade de afeminados. As brigas que afeminados têm por divas pop os machões têm por times de futebol. Essa sua preocupação com o escândalo dos afeminados não passa de preconceito. Critique AS ATITUDES, não se é afeminado ou másculo.

Luc

Daniel, eu entendo perfeitamente o que você quer dizer. Eu também odeio efeminados que acham que devassidão é chique, até no metrô esses dias vi um par de caras falando de pegação, a conversa era do nível “fui dar meia hora de bunda”, eles não falavam muito alto mas dava pra quem tava perto ouvir, fiquei puto. Não vou generalizar, nem todo gay efeminado é um devasso vulgar (meus únicos amigos gays são meio afetados mas são príncipes românticos, não vadias), mas há uma tendência. Os héteros até podem falar merda assim, mas o fazem em ambientes fechados, tipo banheiro de balada, não em público e à luz do dia. Se não têm a delicadeza, pelo menos um pouco de vergonha na cara os héteros têm. Esses gays promíscuos não só me ofendem pessoalmente pela vulgaridade, como me afligem pelo malefício político, eles contribuem pra manter a visão preconceituosa e escrota que a sociedade tem dos gays

Renan

No seu texto vocÊ pergunta : “Quando um homossexual repudia absolutamente tudo do “mundo gay”, no entanto? “. E eu respondo o seguinte: Ninguém é obrigado a aceitar os padrões ditados pela cultura gay, ninguém é obrigado a gostar de ser chamado de bicha, de olhar com bons olhos comportamentos afeminados e etc. Cada pessoa tem uma visão diferente sobre sua própria sexualidade. Conheço homens bi e até mesmo gays que são bem resolvidos com sua própria sexualidade, no entanto não curtem nada do universo GLS e tem orgulho de serem completamente machos. E eu, apesar de frenquentar lugares GLS e ser discreto, prefiro esse perfil de “machões fora do meio”. Caro autor, impor sua verdade particular sobre todos os que fogem dela é um ato de ditadura ideológica. O mundo está cheio de possibilidades, cada um deve ser o que é e não seguir discursos prontos e aparentemente “socialmente corretos” que a sociedade gay tanto prega.

Marcio Caparica

Eu não estou impondo nada, mas com certeza estou aqui lamentando. Porque enquanto eu aceito minha macheza com pitadas de pinta, você se sente ameaçado por um ponto de vista de alguém que não tem “orgulho de ser completamente macho”.

Daniel

Marcio, O ativismo gay fica impondo que todo gay deve ser afeminado ou seja, tem que ser a mais bicha possível e quem não seguir esse comportamento é taxado de machista e misógino pelos ativistas, por esses e outro motivos eu me afastei sim, do ativismo gay.
E acrescento ainda que muitas das vezes, a imagem de “promiscuidade” que a mídia tem sobre os gays é culpa de muitos gays…
Não podemos nos esquecer disso!
Um exemplo? A parada gay…
Que nada mais é do que uma grande orgia a céu aberto!
Se nós queremos respeito, primeiramente temos que nos dar o respeito!
É uma pena que transformaram uma manifestação que deveria servir para lutar pelos nossos direitos em um grande carnaval, onde muitos gays fazem sexo ao ar livre para todo mundo olhar.

James Cimino

Nossa, aonde tá escrito que o ativismo gay quer obrigar todo mundo a ser efeminado? Vcs parecem esses crentes que dizem que daqui a pouco todo mundo vai ser obrigado a ser gay.

O Filho do Fazendeiro | SoloBoys

[…] xingamento? De jeito nenhum! Bêj P.P.S: E já que atualizei o post, vale postar um link do LadoBi: Muito esforço por nada: o problema dos gays machões. LEMBRE-SE: Faça sexo seguro, use camisinha. Link para o vídeo: 1, 2, […]

Ivanir

Um cara que conheci pelo tinder me perguntou se eu era “feminino” e eu fiquei tipo… sem saber o que responder. Daí eu comecei a refletir sobre o meu jeito e me dei conta que eu sou “masculino” e “feminino”, comportado e “escandaloso”…posso não me vestir dos pés as cabeça como um travesti, nem ter uma voz nhem nhem nhem, ou sobrancelha super bem tirada etc… mas não sou viril, não quero nem pretendo fingir ser. E oque eu quero dizer com isso, é que cada pessoa é única e o fato de um ser mais ou menos feminilizado que outro não deveria ser motivo de inferiorização entre os gays. Obvio que ninguém é obrigado a sentir atração por um efeminado, mas seria ótimo que esse pensamento de que seja a pior classe dos gays fosse mudado. Em relação a ser “comportado e escandaloso” é como está no texto…a momentos pra tudo, não vou chegar num hospital, numa biblioteca ou até numa igreja (eu vou na igreja) divando como na balada, e isso não é ter vergonha de parecer gay, isso é ter bom senso. Percebendo que não me encaixo em nenhuma dessas classificações ridículas, concluiu que eu sou FOFO…
Esse preconceito para mim é o pior de todos… pode até acreditar em conto de fadas gay, mas eu vejo um cara, me sinto atraido, ele me respeita ,me valoriza sem exigir que mude nada para estar comigo a última coisa q me importa se é “machão” ou “loka”… tenho quase 25 anos e me doe muito, nunca ter construido uma relação sólida por causa disso.

Rafa

É verdade isso de q os homens heteros sao burros em se limitar tanto,mas essa questao de vcs reclamarem dos gays q agem como homens normais eu discordo, pq isso nao é questao de querer nao, ser gay ja é de natureza pra saber isso é só pensar pra um hetero ficar exitado ele num tem q pensar em mulher pelada ou ver ou coisa do tipo, pois é, o gay tem q pensar em um homem ou ve e cada um tem seu tipo e normalmente o tipo dessa pessoa se espelha nela mesmo, e cada um é como tem que ser, eu gosto de ser um gay masculino gosto de ser peludo,faço academia e jamais me sentiria bem como um “afeminado”, se vc quer criar seu mundinho imaginario q so existe gay igual vc tudo bem, agora colocar na internet uma coisa dessas… como alguns de vcs dizem “afff”

Harlesson Oliveira

Esse artigo é muito tosco, fala serio, só porque sou gay eu tenho que ser afeminado? Não sinto atração por caras afeminados e quando algum chega em mim eu dispenso logo numa boa, mas não me considero menos gay por isso e nem acho meus amigos afeminados mais gays que eu.

James Cimino

Caro, ninguém no artigo disse que você tem que ser efeminado, dissemos que discriminar pessoas efeminados por ser masculino é coisa de viado homofóbico. Beleza?

Rodrigo

Cada um tem o direito de ser como é, assim como não se deve apontar o dedo julgador a um homossexual afeminado, não se deve recriminar um gay masculinizado.
O que as pessoas devem compreender nesse meio é que a única coisa natural e instintiva que caracteriza alguém como ser homossexual é sentir ATRAÇÃO SEXUAL por um indivíduo do mesmo do mesmo sexo.
Não adianta argumentar contra isso pois o que alguns pensam do mundo gay como um mundo libertador outros pensam diferente. Tudo é criação de subjetividade, adquirido culturalmente, repassado, aprendido, disseminado.
Por mais que haja um onda pró aceitação afeminização sempre haverá também os partidários que irão se compreender e defender o “gay machão”.
Não adianta apontar vantagens e desvantagens de uma cultura gay se uma pessoa não se sente a vontade ou desejosa disso, se ela não se compreende dentro desse meio ela será reprimida não somente por si, mas também por outros gays que consideram que o seu estilo de vida seja a real versão de “ser gay”. Por isso vemos muitos homossexuais que se recriminam por não se encaixar em nenhum dos dois mundos (gays ou hétero), dessa forma tanto a liberdade como a limitação é algo pessoal e variável de acordo com a perspectiva de cada indivíduo pois cada um conhece sua própria verdade.

Júlio César

Muito interessante Rodrigo… gostei do seu comentário, sou bissexual e não gosto do meio GLS por vezes sinto isso até como imposição cultural, fico perdido entre o mundo hétero e o gay, às vezes tendo a pensar se esse comportamento afeminado não viria no “pacote” genético de cada um desses gays… será que ser mais ou menos afeminado tem alguma influência DIRETA genética?! se for o caso não posso nem falar nada, mas sempre acredito que isso é um comportamento aprendido, vc pode ter a influência genética mas fazer parte dessa cultura é uma escolha, não sei…! de qualquer modo gosto de andar com os héteros ou os gays mas masculinos, não gosto mesmo desse meio nem desse comportamento eu diria cultural no mundo GLS, e é difícil achar gays tranquilos , não promíscuos, que querem algo sério etc… que somente são gays pq tem atração pelo mesmo sexo mas de comportamento não muda nada… os gays mais masculinos me parecem ser mais centrados, mais sérios mais profundos… Queria que fosse assim e gostaria de ter mais amigos assim.

Luc

Eu também já me perguntei muito isso. Minha prima é sapatão mas é totalmente feminina, até meio Barbie, não tem nada do estereótipo da caminhoneira tipo Tammy Gretchen. Eu acho que é genético porque já conheci gays afetados que eram assim desde criança, desde antes de saber o que era sexo já cantavam, dançavam, sapateavam, gostavam de chamar a atenção, tinham aquela exuberância. A cultura deve influenciar, talvez a causa-efeito seja até invertida. Minha hipótese, é que pelo fato da sociedade associar certos comportamentos como coisa de mulher, caras que nascem com tendência a esses comportamentos acabam descobrindo e aceitando que são gays mais rápido, e uma coisa alimenta a outra. Se o relatório Kinsey estiver certo, 20% da população humana é bissexual em algum nível, então o menino que gosta mais da Barbie do que do He-Man e a menina vive-versa talvez acabem seguindo a corrente da sociedade e pendam pro lado da bichice ou da sapatonice mais rápido, tipo uma combinação de genética e cultura. No meu caso foi o contrário, sou 100% gay mas só fui entender e aceitar isso com 20 anos de idade, porque cresci achando que pra ser gay tinha que ser efeminado e eu não sou, nunca fui (mas eu não tinha referências culturais de gay másculo como tenho hoje) e confundia a simpatia que eu sentia pelas mulheres com desejo, ficava me enganando pensando que um dia eu ia achar a mulher certa. Foi exatamente como aconteceu com o Russell Tovey, que hoje é um dos meus heróis. Ele não se encaixava na visão do mundo do gay nem tinha desejo de hétero, e só foi sacar a verdade depois de grande.

Luc

Júlio, quanto a essa questão dos gays efeminados serem mais promíscuos e os que não dão pinta serem mais sérios, muita gente vai achar que é preconceito, mas eu acho que existe mesmo essa tendência. E isso por causa das construções sociais. Pros héteros, a expectativa do romance está sempre presente. Mesmo que o cara só queira dar uma trepada, ele dificilmente vai agir explicitamente como se fosse assim. As mulheres iriam condená-lo, pessoas sérias que o conhecem iriam condená-lo. Mas a sociedade homofóbica já parte do dogma que gays são promíscuos e imorais. Quantos contos de fada gay você conhece? Quantos romances gays? Pra cada drama gay tipo Brokeback Mountain, quantos dramas héteros Hollywood produz? Foi só recentemente, principalmente nas séries de tv americanas, que personagens gay começaram a ser tratados como os héteros, como caras normais que querem ser felizes, que são capazes de amor e romance. O cara efeminado com toda probabilidade foi zoado demais na escola, não podia esconder que era gay, a 1a vez deve ter sido confusa e centrada só na sacanagem – bem diferente do hétero, que primeiro precisou de uma namorada, pra só depois ter uma trepada. Existe sim uma cultura gay de promiscuidade e os caras efeminados acabam sendo absorvidos por ela quase sem perceber, o pior é que acredito que essa cultura foi imposta pela sociedade machista e homofóbica e só serve pra marginalizar os gays. É tipo um gueto cultural que perpetua essa imagem do gay imoral e devasso e comedor de criancinhas. Precisamos de mais Maurice Halls e menos Dorian Grays.

Marcus

Legal, mas continuo não gostando de AFEMINADO, não sinto atração NENNHUMA POR ELES

James Cimino

Desculpa cara, mas pelo seu comentário e pelo seu endereço de e-mail, a gente pode avaliar que os efeminados é que tem sorte de não terem de se relacionar com alguém como você.

Luc

Somos dois. Neste mundo tem lugar para Chris Colfers e Westworth Millers, e temos direito de ser felizes com aquilo que gostamos.

josimar reis

muito bom texto. parabéns!
gostei muito da reflexão e dos questionamentos levantados aqui!
não conhecia o site. gostei muito do conteúdo.
sucesso! que vcs possam ajudar muitas gente com textos tão ricos assim.

Wander Garcia

*Consideram-se praticamente heterossexuais, não fosse o fato de gostarem de homem.
Acho que nesta parte da vida ou no momento que alguns gays tentam “esconder” seu lado gay tentando parecer um g0y! :’), seja pelo fato do “peso” da família quando ainda não está claro e resolvido a questão da sexualidade no lar.

Jonas

O texto tem pontos excelentes a serem debatidos, mas o 11º parágrafo não exprime uma ideia completa. E daí que o “machão” não queria ser ativo? Ele não pode ter uma preferência sexual e fazer questão de exercê-la? Desde quando ser ativo é sinônimo de macheza? Ué, se precisamos escapar da tocaia, precisamos nos livrar desse conceito unilateral de que ativo é o macho, passivo é a fêmea. O próprio texto deixa isso passar como verdade….sobre o tal do filtro social, que absurdo: você confunde feminilidade com personalidade. Novamente, o velho e ultrajante conceito de que o gay é afeminado. Gays são…pessoas que sentem atração pelo sexo oposto! Que tal se centrar mais em tratar o gay como uma pessoa normal, onde não importa que ele é gay, pois gay e hétero é só uma orientação sexual, do que colocar guela abaixo que o fato de você gostar do mesmo sexo implica em uma série de comportamentos descritos e assinados em baixo por esse site?

Marcio Caparica

Já vi muito gay afeminado que é ativo na cama e muito gay masculino que adora ser passivo. A questão não é essa. A questão é empatar um relacionamento que poderia ir em frente por medo de se tornar “menos macho” ao ser passivo. As leituras de que eu afirmo que gays têm que ser afeminados são, novamente, erradas e apressadas, e totalmente suas. Ser gay e ser hétero são apenas orientações sexuais, mas héteros não são agredidos, expulsos de casa, e discriminados apenas por serem héteros. Portanto, não posso tratar ser gay e ser hétero da mesma maneira, por mais que gostaria que isso fosse possível.

Xandy

Bee! A sra. arrazha, além de ser babadeira nas palavras. pááhhhh!

Fernando

Adorei o texto!!!! Acho que as pessoas devem entender que existem negros racista, gays homofóbicos, religiosos intolerantes e mais uma lista imensa….porém seja o que é, ande com quem quiser, acho que o que ele quis dizer éesperimente de tudo antes de dizer que simplesmente não gosta, que aliás é um direito só não descrimine nem recrimine outros por sua forma de ser e pensar, acho que o respeito vem em primeiro lugar, sou fay, macumbeiro porem tenho em meu circulo de amizades héteros, bi, evangélicos, católicos, kardecistas, ateus, afeminados, machões….porém o principal é que respeitamos as diferenças de ser e pensar de cada um!!!!

Rodrigo

Amay o texto! Li algumas baboseiras de posts acima. Parece que as pessoas realmente não sabem interpretar um texto, talvez por se pobre de espírito ou simplesmente por estar engessado em um pensamento fixo. Resumindo, o que o autor quis dizer eh: gays machões parem de ter preconceitos c vcs mesmos, ou então que sejam machões, porém, não julgiem ou separem as outras categorias de gays, pois assim, vcs mesmos estão sendo preconceituosos… E ter preconceito neste nosso meio não cola neh. Pois o viado sendo machão ou não, sofreara preconceito da mesma forma, talvez, apenas em quantidades diferentes…

Ricardo

Parabéns pelo post. Espero que isso sirva de exemplo para algumas pessoas. Se permitam!

Pedro

Não sou de comentar os textos do site, mas esse texto me motivou.

Penso que a ideia principal seja transmitir de que muitos gays vivema propria homofobia dentro da “comunidade”.

Apesar de achar que peguei a ideia principal, o texto esta mal escrito e carrega consigo muito preconceito. Posso ta chovendo no molhado, visto o tamanho dos comebtários, mas da mesma forma que o autor diz que os caras q se incomodam com as “bichinhas” (eu disse: bixinhas com aspas) acredito que o autor se incomode com os caras machões.

Então colega, você segue pelo caminho certo de pensar para si proprio que aceitar a diversidade é o caminho da salvação.

Beijos de um machão bee!

Bruno

Parabéns pelo post Marcio.
A publicação deste post é, certamente, muito interessante e veio em boa hora. Uma vez que busca apoiar aqueles, grupo/gênero afeminado, que se sentem, de certa forma, excluídos e inferiores e, ate mesmo, ofendidos por puro preconceito e diferenciação que ocorre dentro do mundo gay por certo grupo Gay Machões. Pondo em questão um preconceito, por muitos deles, que de fato existe.
Diz se que o Gay Machão se põe em uma posição superior àqueles nos quais ‘Afeminados’ não se limitam às suas formas de expressões, sejam elas nos gestos e ate mesmo no tom da voz.
No entanto não vejo que essa seja a melhor visão para com este grupo.
Como exemplo, tomemos a língua. O português em si é uma única só língua, porem dentro de si existe variantes, formas linguísticas e etc. Nas quais usuários, “Grupos”, se encaixam melhor e fazem uso das mesmas.
O mesmo se aplica ao nosso mundo. Não importa como seja nossa forma de expressão, afeminados, machões, transex etc. todos nos estamos no mesmo barco. Nos relacionamos com pessoas do mesmo sexo. Somos homossexuais. E é ai que entra os grupos com suas peculiaridades.
Os gay machões são simplesmente homossexuais sem traços feminino. São sem esses traços por questão de biótipo. Eles nascem dessa forma. E assim também os homens mais delicados. Isso derruba a forma de pensamento de gente quem acha que todo homossexual deve ter o mesmo comportamento, linguagem etc. E infelizmente ainda existe muita gente que pensa dessa forma.
Além disso, é claro que cada gay só se relaciona com aquele que sente atração sexual. Nisso se um afeminado não sente atraído por outro, é super compreendido porque não há atração. O mesmo ocorre com gays machões, existem gays machões que curtem afeminados e outros que só curtem gay machões. E isso é super natural. Não deve existir resistência ou despeito porque você não é correspondido.
Eles simplesmente deixam claro que não curtem afeminados. E o que tem de errado na preferencia do cara?
R= nada
Será preconceito ou superioridade?
R= Ai sim pode ocorrer isso o que não é justo.
Mas os gays machões estão certíssimos quando dizem: Não curte não curte. ue
Visualizeis os comentário do Cleyton, Rapha, Daniel, Thiago e Antonio e achei muito bem cabíveis. Ate certo ponto.
Eu não sou gay machão e nem me acho afeminado. Eu tenho um jeito delicado, porem não é forçado é natural, já nasci assim. Eu curto homens machos mas nem tanto. E tenho muita dificuldade de encontrar um cara da minha preferencia porque eles me acham muito delicado e tem uns que até dizem que sou afeminado. Nada a ver, pra mim afeminados são aqueles que usam make-up, roupas andrógena e etc. eu não faço uso dessas coisas. Enfim.
Infelizmente existe, sim, preconceito dentro do nosso mundo. Porem de forma geral. Com classe social e os benditos grupos. E muito há de preconceito que vem dos gay machões ( não estou dizendo todos e sim vários), que desrespeitam afeminados Por suas formas de expressão . Ue, por que descrimina -los com ofensas e baixarias, porque se eles são como são, e os machões também são como são. Todos são GAY.
Adorei o seguinte trecho Os héteros pelo menos vêm com todas as vantagens inatas a sua heterossexualidade: vida social (quase totalmente) aberta, demonstrações de afeto em público sem risco de escândalo, orgulho familiar, enfim.
Isso é algo realmente que todos nos devemos pensar. Temos que ser livres e viver de forma plena sem interrupções preconceituosas. Por que nos iremos nos privar de demonstrar amor a pessoa amada por medo de sofrer preconceito?
Portanto , vejo que o maior problema envolvido é preconceito existente de ambas as partes. Não existe uma superioridade dos gays machões sobre o resto da classe gay, mas sim preconceito por parte de alguns do gênero. Devemos só saber conviver com essas diferenças, compreendendo que cada um tem uma preferencia por estilo e desejo.
Obrigado márcio e todos
Bruninhobds42@gmail.com

Vinícius Santos

O cara fez, ou faz, faculdade pra um dia escrever um porcaria dessa. Meu querido, sou gay assumido mas não aceito seu tipo de pensamento. Cada um tem seu jeito de ser, e eu sou do tipo “machão” e não tenho nenhum problema com isso. Se o cara quer ser uma gazela cheio de trejeitos problema dele. Ninguém é obrigado a ser quem não é por causa de sua orientação sexual. Tem pessoas que já nascem afeminados, outro querem ser mas não se aceitam e já tem outro que, simples mente nascem sem isso mas sabem de sua orientação sexual e ao longa da vida continuam assim sem fazer nenhum esforço para parecer quem não é. Todos tem seu espaço na sociedade, o problema é apenas o preconceito que existe entre héteros e gays.

James Cimino

Mas ninguém disse que você tem que ser efeminado. Pelo que li pensamos igual. O post critica quem usa sua masculinidade para subjugar, humilhar ou discriminar os efeminados.

Davi Sanches

Ele em momento algum falou que é errado ser um gay masculinizado. Ele disse que o problema é você se manter nesse papel, sendo que na verdade, não se sente confortável assim. Este texto diz claramente para os gays machinhos “Não se reprima”. Aí é de cada um entender a mensagem né

lucas

Gay machão !! ….vc acredita mesmo q existe gay machão ?? Acorda Alice …vc se engana , não aos outros …

Thiago

Ótimo texto.
Acredito que o problema não é você ser um Gay “viril” ou “macho”. Mas sim, reproduzir os comportamentos preconceituosos e discriminatórios presentes na sociedade. Seja você como for, qual tipo de preferência ou fetiche tenha, é necessário respeitar a todos! Falo isso por que é fato que há sim este tipo de comportamento discriminatório por parte da alguns Gays… Bom, acredito que quem perde é quem pratica esse tipo de comportamento. Ninguém tá mandando você gay Macho Man se relacionar com as “bichinhas” social, ou sexualmente falando…
Sou gay, não acho que sou afeminado, me relaciono com Homens, e às vezes com mulheres. Nunca me relacionei (namorei ) com um cara “afeminado”, nunca aconteceu, não tenho restrições quanto a isso, mas tem gente que não curte. Paciência. Cada um se relaciona com quem quer né?
Talvez como você se atrai só por um tipo de cara talvez seu leque fique mais limitado… Maaaasss fazer o que né? Gosto é gosto.
Tô pensando até em desmunhecar mais pra expandir meu universo…rs.
Mas o que já vi acontecer é um GAY olhar torto pra outro GAY só por que este fala fino. E ainda cutucar o outro viado dizendo. “Saca só aquela bichinha”. Tem lógica? Pra mim não tem… Bom, tem idiota em todo lugar né? Entre os Gays não ia ser diferente.
Como o colega aí disse, a sexualidade não define quem você é mais sim seu comportamento e suas atitudes.
Viado discriminando viado acho o fim. kkkkk

Leandro

O texto é muito bom, porém eu devo deixar minha visão disso que é mais complexa do que se possa imaginar.Em minha concepção sempre fui criado para ser quem eu sou ,sou homem , tenho 23 anos e sou homossexual mas isso não me define , na verdade acredito que minha sexualidade seja uma das coisas mais irrelevantes sobre mim. Cada um deve agir de forma natural , sem querer ser o que não é , porque quando você deixa sua sexualidade assumir a definição de vida , sua bagagem vai ser limitada e sub-julgada por ações que outras pessoas cometeram.
Enfim , concluo que ser homossexual não é uma escolha , mas seu comportamento social é! Boa noite!

Mário

Embora o autor faça algumas ressalvas, acho o texto ligeiramente ofensivo. Sou naturalmente masculino, não tenho nada que ver com o dito “mundo gay” nem noitadas nem nada do género. E no entanto faço tudo o que posso pelos direitos LGBT! Há bichas e há gays machões. E eu não tenho que me sentir “obrigado” a andar com gays mais efeminados porque, de uma forma geral, não me dizem muito. Não me identifico, tal como não me identifico com betos ou, sei lá, católicos zelosos. Aproximo-me de pessoas que são mais parecidas comigo e não há mal nenhum nisso. Há que respeitar a diferença, e esse sim é o desafio da sociedade moderna e multicultural.

Jefferson

E onde vc leu que ele manda vc se relacionar com o “meio gay:? Ele não fala isso… o problema é que tem gays que se sentem superiores por nao ser do meio e existem muitos que se privam por achar que isso os torna melhores.

Juan

Tem uma coisa nesse texto que eu não gostei, mas enfim, abapha… Acho que na verdade, quem sofre msm são os gays afeminados, pq hoje se um hétero sair na rua gritando e tentando imita um gay, ele vai se sair como bem humorado, mas se um gay sair na rua e der uma pinta, ou andar rebolando, ele é uma poc poc, causador da homofobia, quer ser “mais” que uma mulher… E o pior é que esse preconceito ta se alastrando entre os próprios gays, principalmente os machões que na maioria das vezes são machistas!

Cesar

Cara, vou te dizer uma coisa: hoje em dia quem sofre mesmo é o que você chama de “gay machão”. É importunado por todos, tanto quanto o hétero.

Juan

Não concordo, o texto ali em cima, já fala tudo… Conheço poucos gays machões que não são machistas, não acham que todos deveriam ser igual a ele, ou que o preconceito existe por causa dos afeminados, a verdade é que quem sofre msm é o aquele gay que as pessoas chamam de poc poc…

Cleyton

Eu tenho vários amigos, de vários grupos distintos, grupinho do skate, grupinho dos héteros, grupinho dos gays ” poc-poc ” , e outros ! Convivo com todos eles numa boa, e sempre me encaixo no assunto do momento de cada grupo, a questão é que fica algo automático em mim, quando estou entre os héteros, fico serio, sem tirar muita onda… e quando fico entre os gays baixo a vera verão querida… ! gosto de todos estes grupos e me sinto bem em todos.
Creio que a sexualidade é definida por qual gênero você se atrai, exemplo: Se eu sou hétero, sinto atração por mulheres e não sinto atração por homens, se por acaso eu beijar um homem, isso não me faz gay, por que não senti nenhuma atração por ele.

Quantos atores pornôs de filme gay, são héteros, com família e filhos ! eles transam com outros caras por trabalho e não por atração, claro se ele vier a sentir atração por homens, não será mais hétero…
Eu namoro tanto com homem como mulher, mas não me considero bissexual, e sim gay, o que pesa mais pra mim é o interior da pessoa, atos, pensamentos, sonhos, idealizações, visões, idéias… ! Sinto atração por homens que não dão pinta, mas se eu conhecer um homem pintoso/mulher/transsexual… se eu adorar o interior da pessoa, e vir a desperta uma atração pela pessoa, não hesito em rolar algo, até um namoro, se aquela pessoa me faz bem, não importa o sexo dela.

Se eu for procurar alguém pra conhecer, e vou naqueles que me chamam atenção, ou seja, homens não-afeminados, rústicos, mas nada contra uma mulher se chegar pra me conhecer, eu me interessar e rolar.

É isso.

Jonas

O problema é confundir a sexualidade com personalidade e até orientação de gênero. Para o autor, ser gay necessariamente implica em ter comportamento afeminado. Se você não o tem – é sua personalidade, cacete! – você é um “gay machão”. Sites destinados ao público LGBT são tão preconceituosos como aqueles que os próprios criticam…

Rapha

Sinceramente, não conhecia o site e me tornei um mega fã dele de hoje em diante. Uma pena que a publicação seja antiga e que somente agora tenha me dado conta da matéria e o tema proposto. Vi que de forma bem clara e sucinta o texto foi bem repassado, e como já dizia a minha mãe: “que para um bom entendedor, meia palavra basta”, esse texto aqui, até transbordou no nível de informações.
Bem, começo com a minha própria experiencia, sou gay quase assumido, meus amigos sabem, alguns membros da família sabem, porém meus pais nunca tiveram a confirmação de mim mesmo. Como alguns, ou talvez nem tantos, sou um gay afeminado, tenho bastante trejeitos e isso não me faz inferior a muitos gays, me sinto bem assim, mas me visto como menino. Enfim, resolvi compartilhar isso porque me senti um pouco ofendido com alguns comentários expostos de alguns alienados ligados a estereótipos que a sociedade impõe sobre alguns gays, tornando os as vezes, até homofóbicos, talvez, pelo simples fato de não seguirem o mesmo tabu.
Ao analisar o texto vi alguns dialetos que não conhecia e isso me chamou muito a atenção, talvez os trarei para o dia a dia, rsrs, por ser um gay afeminado isso não quer dizer que seja muito afetado, assim como muitos “machões”, eu sei me portar com bastante seriedade, inteligencia e educação em meio a diversas situações em que sou submetido (algumas até pra tentar me constranger, mas como toda pessoa, tenho meus meios de me livrar e dar a volta por cima). Não tenho preconceito algum contra nenhum tipo de gay, até porque, a bandeira que muitos levantam por um Brasil ou até mesmo um mundo igualitário, outros escondem quando se falam em preceitos. Tive oportunidade de viajar em alguns lugares e conhecer algumas culturas e vi que um dos estados onde os gays afeminados são mais valorizados é a região sul, assim que cheguei la, me senti no paraiso, rsrs! Fazendo um apanhado geral da minha história e do texto, vi que mesmo cada um tendo sua preferencia por gays machões, afeminados ou não, o mundo gay nos mostra o preconceito como principal divisor de águas entre os mesmos, tornando assim diferentes escalas em diferentes patamares. Por isso, de uma certa forma é necessário que a formação pessoal dos que são gays, em especial os mais afeminados seja mais constante, porque só assim, nós, iremos adquirir uma total admiração por parte de todos, mostrando para a sociedade que não somos como fomos tarjados, e até chamados de: poc poc, pão com ovo, analfabetas, escandalosas, bixinhas e tantos outros termos que não gosto e que creio que a maioria não veja de uma boa forma.
Não sei se ficou claro o meu depoimento, porém, peço que sejamos mais atenciosos e que possamos ver no defeitos dos outros, o nosso próprio defeito, já que de nada adianta jogar uma pedra no telhado do vizinho sendo que o seu também é de vidro.
Quero que saiba que o texto ficou dez e que irei acompanhar mais publicações, um beijo e muito sucesso!

Marcelo

Muitos gays, efeminados ou machos, encubados ou assumidos, que se aceitam ou não, que se escondem atrás de uma mulher ou não, estão no mesmo barco. É só colocar um filme gay com aqueles gostosões se amando para ficarem doidos de desejo. Em suma, todos gostam de macho.

Marcelo

Homens heterossexuais parecem não ter sua sexualidade resolvida. Não podem nem falar que outro homem é bonito. Será que eles não se garantem? Por que precisam exaustivamente e de forma ridícula ficar afirmando sua macheza?

Cesar

Como não é possível colocar todo o meu texto aqui só vim dizer duas coisas.

Se as pessoas parassem de colocar rótulos umas nas outras e respeitassem suas diferenças, com toda e absoluta certeza teríamos um mundo melhor. Não perfeito, nem utópico. Melhor.

Para finalizar, disseram que o ultimato da masculinidade é a atração por mulheres. É sabido que na gama da sexualidade existem homossexuais extremamente viris, bem como heterossexuais efeminados. Se importa em elaborar?

Rodrigo Alves

Sou gay sabe e pareço hetero,nao acho ruin alguns gays serem pintosos,na verdade eu gostaria de dar pinta,por nao dar pinta nao convivo com gays,eles mesmo nao me notam por nao parecer e nem fazer parte do meio,acho chato ser gay e mesmo sendo assumido nao dar pinta :/

Paulo ( Homem Hétero !)

Como hétero, quero só dizer o que eu acho dessa coisa toda: Se eu fosse homem gay, eu acho que eu iria gostar de homem com jeito de homem e não de homem com trejeitos femininos. Da mesma forma, se eu fosse uma mulher gay, eu iria gostar de mulher com jeito de mulher, toda feminina etc e tal !

James Cimino

Pois é, Paulo, mas tem muito homem hetero que gosta de gays afeminados, assim como tem muita mulher que gosta de sapata caminhoneira. E isso não faz deles piores que um gay que age de forma masculina nem de uma mulher que age de forma feminina, certo? 🙂

João Paulo

Mas aí é que tá, como você mesmo disse homem HETERO gosta de gays afeminados, pois para os HETEROS são similares às mulheres, já para os gays NÃO AFEMINADOS os afetados são como mulheres, não despertam tesão. Sou gay e sinto tesão por homem com voz grossa, que não desmunheca e que não é afetado. Nada contra mas eu não sinto tesão, esses gays para mim são a mesma coisa que mulheres e isso não é preconceito. Me obrigar a gostar de homem afeminado é a mesma coisa a me obrigar a gostar de mulher.

ramon

naoo ..heteros nao gostam d gays afeminados pq parece mulher hetero gosta so de mulheres, quem gosta de gays afeminados sao bissexuais q se dizem heteros e tem atraçao por afeminados pq eles gostam mais de mulher q de homem, e tem tezao pelo feminino assim como tem gays com tezao pelo masculino. sem essa de hetero gosta d gay afeminado, heterossexuais só tem atraçao por mulheres.

Joao Paulo Messias

O que me deixa p da vida nesse mundinho gay são caras como esse Ramon.Homem hetero jamais pode sentir tesao por outros homens, mas temos que engolir caras se dizendo gays e que gostam de namorar, beijar e transar com mulheres.Se homem hetero so gosta de mulher, homem homossexual SO GOSTA DE HOMEM, aqueles que ficam com homens e mulheres dao bissexuais!

Luciano

Alguém sabiamente já afirmou que “cada um sabe a dor e a alegria de ser o que se é”, eu acho uma grande pretensão sua opinião. Não há um perfil hetero ou homo. Existem indivíduos, cada um com sua história e seu aprendizado. O texto não é de todo ruím, tirando o vocabulário esculachado, serve para muitas reflexões. A única lição que fica desse tema, é ser natural, ser sutilmente macho, mesmo que isso pareça um esforço tremendo para outras pessoas.

Antonio

Discussão muito boa. Nem consegui ler todos os comentários de tantos que tem. Na minha modesta opinião não achei o texto bem colocado, e acaba promovendo uma visão também estereotipada. Gay machão não precisa ser necessariamente preconceituoso, ou não aceitar a si mesmo ou a outros gays, e simplesmente uma outra forma de ser gay, o cara pode se sentir bem assim e ponto, e deve ter a mesma liberdade de ser como é que deve ter um afeminado.

Gays machões nao são novidade, sempre existiram, são os famosos “comedores de viado”, solteirões e “bofes” de antigamente. Porem hoje qualquer pessoa com o mínimo de informação já os classifica como gays. Que eles se aproveitaram disso para passarem desapercebidos como heteros no passado, sim se aproveitaram, mas quem na nossa sociedade nao se aproveita quando tem algum tipo de “vantagem”. (nao vejo ninguém doado a sua herança pros miseráveis por ai hoje em dia)

Se eles se esforçam para parecer machões? Acho muito que sim.
Mas o homem hetero também se esforça para parecer assim, nao é algo tao nato como muitos gays imaginam. Assim como a gostosona que parece que esta tentando seduzir 24 por dia, anda sempre rebolando, fazendo biquinho, e enroscando o cabelo no dedo também se esforça, a Bi palhaça que sempre tenta fazer todo mundo rir pra cair bem e gosta de ter sempre a ultima palavra divertida também se esforça pra ser assim.

Hoje as coisas estão um pouco diferentes e vejo alguns gays machões se assumindo tao cedo quanto os afeminados. Concordo que existam machões problemáticos, mas também existem afeminados com problemas. O que dizer por exemplo dos gays que vivem como tal mas que no fundo queriam ser mulher? Vários amigos meus depois de estarem meio “altos” já acabaram me confessando isso.

Enfim deixemos cada um ser como é com seus problemas e neuroses que todos nos temos.

Thiago

Amei o texto. Um amigo indicou. Nem conhecia o site. Mas como é bom ler coisa que tenha inteligência, coerência, que seja bem escrito! Fantástico. Parabéns ao autor. Show!

Ka

Amei o texto, maravilhoso!!!

Sou efeminado (e me da tesão ser efeminado!) e me apaixonei por um cara tipo gay-machão, super conturbado! Sofri tanto… fazia a heloísa, ciumentíssima, nao podia ve-lo com barbudos que eu ficava revoltada!!!

Outra coisa Marcio… tem uma diferença gritante nesse meio das efeminadas ou poc-poc, que muitos gays desconhecem e só a gente sente (aloca) que é o Aqué e o berço que a Bee nasceu! Geralmente Bee com cara de reeka, bem tratada, é mais respeitada que as bee mais humilde, com cara de fome, sabe… é a realidade né?

bjs amore!

Bruno

texto é muito julgativo . Não pode-se generalizar amigo ! Como bems abemos existem vários tipos de gays , preferências e etc . Cada tem dua história . Você , que escreveu o testo estÁ SENDO INFELIZ . Uma vez que minha antureza não é feminina , tenho meu geito de macho normal , não por que apenas quero , mas por que sou assim mesmo .

Hebert Straehl

Cara… tirando pequenas discordâncias básicas – que até certa medida me fizeram refletir mais ainda -, eu concordo demais com você.
Há um problema de ordem prática dos homens gays: buscar a felicidade com outro homem mas desejar ardentemente que ninguém saiba que é gay.
Parece que até o fato de ouvir música pop é um tormento absurdo para os “machos de verdade”.
Hétero gostar de música pop? Hummm… é bicha. Um homem gay gostar de funk? Rainha louca da viadagem! Por favor, as pessoas estão tão preocupadas com um padrão paradoxal de masculinidade que se esquecem de serem felizes.

Jenniffer Samara

A maioria dos homens heteros não curtem o pop, não só por causa do status, mas que realmente, o pop não tem letras interessantes, ou o ritmo é frenético. Já os baladeiros amam. 🙂

Rodrigo Menezes

Pra começar: muito obrigado por fazer este texto! Ele é brilhante e grita uma verdade tão clara e nítida que me espanta ver os comentários negativos por aqui.

Na verdade, não espanta não. Porque é só começar a ler um pouco sobre esse assunto por aí que a percebemos facilmente como existe gente vivendo em negação.
Essa galera deve ter lido o texto inúmeras vezes, pra pegar as menores passagens e vir citar aqui nos comentários dizendo que você foi injusto com os “pobres gays machões que não dão pinta e que a-bo-mi-nam esses viados escrotos”.

Falam de generalização no texto, mas em nenhum momento houve isso. Você citou uma parcela de caras que vive por essa cartilha e logo um monte deles veio aqui dizer que é injustiça, que é absurdo, que gay é segregador, que é lamentável etc.

Ver esse tipo de comentário me dá a mesma vontade que eu tenho quando vejo alguem falando que não existe machismo ou que isso é coisa da nossa cabeça: perguntar em bom som “em que mundo você vive?”
Pq certamente não é o mesmo que o nosso, que vê isso gritando todos os dias (seja na fila do pão, na fila das the weeks da vida, nos quadradinhos do grindr…)

E pra ver como esse buraco é muito mais embaixo é só entender que, como você citou no texto, pra alguns deles: “ser gay machão > ser gay afeminado > ser mulher”. Aí sim é que fica lamentável e sujo.

Achei este texto fantástico e fico muito feliz que exista alguém escrevendo coisa assim por aqui. Precisamos de mais gente com essa visão e sem esse medo de apontar esses problemas (mesmo que isso cause uma avalanche de pedras carregadas de testosterona-não-afeminada).

Já virei leitor do blog fe-liz!

Beijos!

O Filho do Fazendeiro | SoloBoys.TV - Os melhores videos de sexo gay da Internet | Anal Sex, Barba, Boquete, Boquete Gay, Brasileiro, brasileiro gay, Brazilian Gay, Brazilian Gay Porn, Campo, Fazenda, Filme Gay, filme gay brasileiro, Filme gay nacional, F

[…] *** P.S.: Olha, fiquei chocado com os comentários, se alguém disse que ficou com preguiça do passivo, eu fiquei com preguiça de ver como as pessoas criticaram o cara. O loirinho é afeminado? É sim, mas é ele quem tá ali em cena levando vara desses dois gostosos. Deu lindo e feliz, deve ter saído saltitante. O cara tem todo o direito de sentir prazer e ganhou a grana dele pra fazer o filme. Acho que devia existir um pouco mais de respeito, nós gays já sofremos tanto preconceito, não é? Pra que mais disso? “Passiva” agora é xingamento? De jeito nenhum! Bêj P.P.S: E já que atualizei o post, vale postar um link do LadoBi: Muito esforço por nada: o problema dos gays machões. […]

Jsl

Quanto as mulheres se beijarem ou se esfregarem (a chamada lesbiragem)… Eu acho que ser mulher, ser lésbica é bem mais fácil do que ser homem ou ser gay, porque não existe o “câncer” do machismo em cima delas no sentindo de cobrança… A mulher não tem uma “honra” a zelar no sentido de provar ao mundo de que elas são fêmeas… As mulheres tem muito mais acesso ao universo masculino sem serem alvos de chacota…
Nas surubas ou troca de casais (swing) é muito mais comum ver duas mulheres se pegando do que dois homens, porque a mídia e o mercado pornográfico sempre vendeu isso pra gente… Então, os maridos, que são os consumidores desses produtos, vídeos, acabam pedindo e incentivando que as mulheres se esfreguem umas nas outras porque acham excitante… Já as mulheres não pedem que os maridos toquem em outros homens nas surubas… Muitas vezes os maridos já tem esse desejo, mas tem medo da reação da esposa… Mas já existem muitas mulheres de mente aberta para o BI masculino, resta os homens serem mais ousados e corajosos… Eu sempre digo que tudo é o costume… Daqui a algum tempo também vai ser comum os homens se tocarem nas surubas e casas de swing, sem precisarem se esconder dentro das cabines para curtirem só os dois sem ninguém ver…

Luiz Arruda

Daqui a algum tempo … vai ter um cara penetrando um garoto de 6 anos e todo mundo achando tudo muito normal …

James Cimino

Lá vem o canalha querendo colar pecha nos gays de pedófilos. Amigo, pedofilia não é questão de gênero. É questão psiquiátrica que nada tem a ver com ser gay, hetero, homem ou mulher. A pedofilia contra meninas que se prostituem no interior do Brasil não é praticada por lésbicas, sabemos muito bem disso. Então não me venha com essa canalhice que aqui não cola.

Joao Paulo Messias

Luiz Arruda não associe pedofilia com homossexualidade.E a proposito vc ta fazendo o que em um site gay? Sai logo desse armário que isso ta te matando, pelo menos doido vc já está ficando

Horlando

Se eu não fosse gay (bem assumido, bem doido, e qdo me junto com umas bagaceiras que nem eu é pura viadagem kkkk), daria em cima de vc… que falta faz mulheres assim… cheia de idéias e livres de tabus idiotas que só atrasam a vida…

Joao Paulo Messias

Homens não se tocam por causa do machismo das mulheres que querem um machao como marido/namorado.Acho isso muita cara de pau da parte delas! Elas podem se esfregar com tudo quanto é mulher que quiser e o marido é obrigado a gostar, senão elas ate largarm o infeliz, mas ao mesmo tempo as folgadas não aceitam que os maridos toquem outros homens.Mas tb os homens são muito bobos.

Jsl

Não existe nada mais machista do que os próprios gays… Pois eles ficam 24 horas ligados, observando o comportamento dos outros homens, sempre em busca de encontrar algum indicativo que o cara é gay, tipo um brinco, uma sandália, um jeito de andar, de falar… Porque para eles, ser hétero é ser aquela coisa dura, engessada, que não pode rir ou chorar, não pode dançar, etc…
Eu não me importo com homens vaidosos, homens que fazem as unhas no salão, que se depilam ou tiram as sobrancelhas… Acho que hoje em dia, isso é muito natural, faz parte do processo de humanização da figura masculina… Eu não acho que um cara seja gay somente pela vaidade ou uso de alguns acessórios… Além do mais, eu acho que a humanidade está mesmo caminhando para a bissexualidade aos poucos… A expressão de gênero, os estereótipos do masculino e feminino, estão se desconstruindo…

Jsl

É isso aí!!!… Ser gay não é dar o cu… Ser gay é ser livre… Ser gay é fazer o que quiser, usar o que quiser, ser como se é… Não existe nada mais libertador do que ser gay…

RUBEM

ACHEI ÓTIMO O TEXTO, E ACHO QUE TODO MUNDO PODE SER O QUE QUISER, OU ATÉ SER GAY E NÃO SE SENTIR PERTENCER A DETERMINADO GRUPO GAY ATÉ POR QUE ANTES DE SERMOS HOMO, HETERO E TANTAS OUTRAS SIGLAS QUE NOS DIVIDEM SOMOS SERES HUMANOS, E POR ISSO DIFERENTES NA COMPLEXIDADE HUMANA, HÁ CENTENAS DE TRIBOS DIFERENTES DENTRO DA CULTURA GAY QUE INCLUSIVE ACHO SALUTAR O QUE NÃO PODE E NÃO DEVE HAVER É DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO POR QUE VIOLÊNCIA GERA VIOLÊNCIA E O CICLO CONTINUA, O TEXTO LEVANTA UM DISCUSSÃO IMPORTANTE, E O BOM DE SER GAY É TER A LIBERDADE PRA SER O QUE QUISER, MAS QUE TENHA BOM SENSO E RESPEITE A INDIVIDUALIDADE DO OUTRO.

Renan

Excelente texto, Márcio (ou, melhor dizendo: que texto escândalo!). Gostaria só de frisar que esse culto à heteronormatividade, e sobretudo no que diz respeito ao modo de ser “macho alfa”, historicamente veio como uma resposta à epidemia de AIDS, nos anos 80. Não que anteriormente a esse acontecimento não se pudesse encontrar gays cujo comportamento estivesse mais orientado à masculinidade, mas apenas a partir dele, isso tomou dimensão de culto, de norma. O que se pode inferir mais fortemente a partir dessa tendência é um desejo por higienização, por desvencilhar-se de um tipo de comportamento tão densamente estigmatizado como o próprio vírus ou a síndrome. Foram as múltiplas leituras conservadoras deflagradas pela AIDS que provocaram profundas mutações não só no modo de viver o desejo, mas também de pertencer a uma sociabilidade e de simplesmente ser.

Faz-se urgente um entendimento da sexualidade como artifício. Ser afetado bicha louca poc poc é tão acessório – tão performance – quanto ser macho hétero que não curte afeminados. E isso o seu texto mostra muito bem.

Eric

Ai cara, eu discordo de vc. Sou gay e por natureza própria sou bastante reservado e discreto, ou seja, entro um pouco nesse padrão do “gay hetero” que vc chama aí. Coisa que achei, desculpa o termo, ridícula. Uma coisa é ser gay e outra ter jeitos que lhe convém, o que não precisa ser necessariamente chamado de hetero. Eu nunca fui feminino, nunca gostei de gays afeminados nem por isso sou contra e existência deles. É tudo uma questão de identidade. Pelo texto, dar a entender que os “gays” mais masculinos forçam isso, o que eu acho totalmente errado. É uma coisa natural. E mesmo que seja forçado ( tem casos e casos né), ninguém deveria estar recriminando, até pq todos são gays e a principal luta deveria ser pela discriminação e não por um simples trejeito de cada um. Já tive amigos gays afeminados e poc pocs durante anos num curso de arte que fiz e gosto de todos eles até hj, mas nunca namorei com nenhum deles pq pelo simples fato de que não sinto atração por gays assim. E nem por isso acho que seria mais feliz se tivesse namorado um deles ou andasse do jeito que eles andavam, pelo contrário, isso sim seria forçado. Então, isso é uma questão pessoal. nada forçado, vem de cada um. Respeite apenas.

James Cimino

A gente concorda com o que você disse, mas o texto não é sobre isso. É sobre quem, por ser masculino, tenta subjugar e discriminar os efeminados. Apenas isso.

Gustavo Souza

Impressionante como muita gente nem percebe o quanto é preconceituosa . Vejamos: “Eu nunca fui feminino, nunca gostei de gays afeminados nem por isso sou contra e existência deles”. Isso significa, então, que as bichas femininas não têm o direito de existir? Frases como soam muita parecidas com a já clássica: “não sou preconceituoso(a), não tenho nada contra gays, inclusive tenho amigos gays”.

Mauro

Cara, mas no meio hetero isso também existe. Existem guetos de mulheres hetero, como evangélicas, mais descoladas, piriguetes, etc. Tem homem que se identifica mais com uma tribo… Quantos evangélicos namoram uma piriguete?

Thiago

O texto é ridículo. Sou o rotulado gay machão, meus gostos fogem um pouco do que é comum na comunidade gay. Não me sinto atraído por gays mais afeminados, mas isso está relacionado apenas na atração sexual. Tenho amigos gays bem afeminados que gosto muito, são divertidos e levam seu astral lá pra cima! Isso não quer dizer que estou dentro de um armário ou que me sinto superior a eles. Ao contrário, quando você é um gay afeminado as pessoas já chegam para conversar com você sabendo o que falar e como falar e quem geralmente tem preconceito nem chega perto! Já eu passo por situações complicadas no dia a dia, onde tenho com todo cuidado e dizer que minha sexualidade não é bem o que ele ou ela está pensando. Situações constrangedoras, mas que não deixo de dizer porque não acredito que se passar por hétero seja o melhor caminho (já fui por esse caminho e não me encontrei), mesmo me parecendo com um. Sim, a maioria de meus amigos são héteros e todos sabem de mim. Não é porque não gosto de gay afeminado, mas é uma questão de gostar de coisas afins, exceto é claro no quesito sexual rsrsrs. O gay machão, acredito eu, vê o preconceito mais desnudo, pois as pessoas, mesmo homofóbicas, se policiam ao criticar a homosexualidade na frente de alguém tão explicito, no trabalho por exemplo. Então, meus caros, acredito que inverter valores não seja a atitude mais inteligente. Explicar um complexo de inferioridade dizendo que o outro se sente superior é fácil, ir numa boate e curtir Madona e dançar pra caralho onde todos ali gostam da mesma coisa que você é fácil. Agora quero ver se gostassem de futebol e fossem ao estádio onde presenciasse ataques a torcida adversária chamando os de algo que você é. Não adianta o oprimido virar opressor, porque ai pensarei que quem não se sente realizado são os senhores. Um grande abraço.

James Cimino

Bom, querido, se isso não diz respeito a você, não sei por que está se justificando. Quanto a ir a estádio de futebol e gostar de futebol, lamento, mas não tenho a menor pena. Quem com porcos se mistura, farelo come, já dizia minha mãe.

Daniel

Pena que não conseguiu escrever sobre o que o texto é sem resvalar em repúdio generalizado a gays masculinos, tal como ficou mais que explícito em seus últimos três infelizes parágrafos onde afirma que a masculinidade é prisão, é falsa, e a feminilidade é verdadeira e geradora de felicidade. E a primeira frase do penúltimo parágrafo não isenta o resto do texto desses três últimos parágrafos.

Defender afeminados não é e não precisa ser sinônimo de esculachar que não o é e tachar-lhes a pecha de enrustidos, infelizes, aprisionados or whatever. Alguns defensores da expressão de afeminados não conseguem entender isso.

Cada gay pode escolher quanta exuberância e o que dela serve para si (como se fazer essa escolha fosse prerrogativa absoluta de todos), contanto que seja afetado o suficiente para ninguém o veja como masculino, caso contrário será um “viado machão” opressor, apriosionado pela heteronormatividade e o escambau. Sim, por que os héteros decidiram que expressão masculina só cabe a héteros (já que orientação sexual e expressão de gênero são a mesma coisa, né?) e aos gays cabe ser femininos, tal como o mainstream os identifica. Não só se acata isso passivamente como atribui ao gay não afetado/afeminado a pecha de falsário. E a única forma de “gay-hétero” que eu posso conceber seria um gay que tem relações héteros. Não parece ser o caso do seu artigo. “Gay-hétero” é, no final das contas, um gay que não satisfaz os estereótipos DOS HÉTEROS sobre a expressão de gênero de gays. Super ampla essa visão do que é ser gay. Uma visão igual a dos héteros. E é claro que a experiência pessoal do autor do texto é fato universal. Se a masculinidade dele foi teatralizada, a de todo gay masculino o é.

Fazendo coro com o Bruno, o texto falhou terrivelmente “ao criticar o “homem gay machão”, e não o comportamento misógino e homofóbico que alguns gays masculinizados têm.”

Casanova

Concordo em gênero, número e grau. Esse texto infeliz só pode ter sido escrito por um gay afeminado, que se sente inferior e prejudicado por não conseguir pegar os gays machões que o ignoram. Discriminação nua e crua. Inveja pura.

Leonardo

Thiago, perfeito seu comentário. Eu me sinto e vivo experiencias bem parecidas com a sua! Sofro preconceitos de muitos gays por simplesmente gostar MUITO de futebol. Achei o texto tendencioso e hipócrita.

Axiel

Nossa… no começo do post fiquei pensando… q merda, aqui criticam justo meu estilo…. Mas Adorei o desfecho!
Acho q assim como homens não devem coçar o saco na rua e mulheres não devem sair mostrando a calcinha por exemplo, os gays devem saber se comportar em publlico em certos momentos! Texto maravilhoso. Parabéns!

Kaio

Gente, o texto é simplesmente espetacular. Respondendo ao apelo de “algumas” rs, sou pintosa, pintosérrima e adoro sê-lo, mas isso não me dá o direito de querer que os outros o sejam. A única e absoluta interpretação que devemos tirar do texto é: — Sejamos felizes e respeitemos as diferenças. Como disse um caro amigo lá em cima, RESPEITO.

Rui

Para mim não se trata se é gay machão ou bicha chanel
As pessoas são como são, tenho amigos que não gosta de comportamentos de viado PONTO!!!! Não é por vergonha da sociedade simplesmente nasceram assim! E tenho amigos mais afiminados que são assim PONTO!!! Não por serem corajosos ou felizes,nasceram assim! Deixem de por rótulos cada um é como é!!!os gays não são todos iguais, existem realmente aqueles mais manchod,que estão mais perto dos comportamentos dos homens hetero e aqueles mais afiminados que estão mais perto dos comportamentos das mulheres como numa escala e está aprovado cientificamente!

Cássio Cipriano

Ninguém nasce com um determinado comportamento, cara. Todo comportamento é adquirido! Mas eu concordo com você que não podemos generalizar. Tem gente que é gay machão simplesmente porque é assim e tem caras que são gays mais efeminados porque são assim, e PONTO! O cara nasce gays, mas ninguém nasce “machão” ou “afeminado”, porque isso são traços adquiridos por um indivídio ao longo da vida, por questões de convivências, culturais etc.
E as pessoas mudam se acharem que for conveniente mudar.

Caio

Cássio, você não pode provar que o jeito de agir de um homem é moldado totalmente pelo ambiente em que ele cresce e se desenvolve. Não há ainda como ter esta certeza. Neste caso seria o mesmo que dizer que a homossexualidade é uma total escolha ou advém do modo de criação e nós como homossexuais (presumo que você também seja) sabemos que não é assim a realidade. Muitos homens afeminados vivem dizendo que são assim de maneira natural e eu entendo eles e até creio que assim seja, apesar de também não haver provas. Na minha visão se um homo será mais viril ou mais afeminado, vai depender de biologia, cultura e ambiente, agora a proporção entre estes fatores eu não sei.

Bruno

Marcio, achei interessante a abordagem do texto, mas existe algo inegável: o texto foi generalista sim. A começar pelo título “Muito esforço por nada: o problema dos gays machões”, o texto já mostra nuances de que vai abordar o assunto sem fazer a devida relativização (outra expressão que comprova isso: “Já o gay machão, o que ganha com isso? Nada além da ilusão de que é de alguma maneira superior aos outros gays.”). Não apenas isso, você parte do pressuposto de que todo gay masculino o é necessariamente para se assemelhar ao heterossexual, quando não é verdade. Por exemplo: eu gosto muito de basquete, vôlei e futebol americano (esportes, tidos NORMALMENTE como gostos “heterossexuais”). Gosto também de RAP, mas não ouço para me assemelhar aos heterossexuais, ouço porque gosto de verdade. Além disso (interpretação minha), percebo que o texto tenta também cercear comportamentos, dizendo que ser gay masculino é ser menos gay que alguém que é mais feminino.
Em resumo, gostei do texto, mas acho que ele falhou ao criticar o “homem gay machão”, e não o comportamento misógino e homofóbico que alguns gays masculinizados têm.

Casanova

Bravo Bruno! Bravo! Texto discriminatório, invejoso, que tenta satisfazer o recalque do autor e de outros afeminados por não conseguirem atrair os gays machões que muitas vezes gostariam de atrair colocando a condição do gay macho alfa como um problema. Faz-me rir.

Alexandre

Sou gay assumido pra toda minha família e amigos, não tenho vergonha do que sou nem tento esconder, mas por natureza sou discreto gosto de discrição, não me sinto a vontade e não gosto de ficar em meio as “pintosas” como estão dizendo ai… Mas em nenhum momento me sinto superior ou inferior as as “pintosas”, acho que agente homossexuais que luta por respeito todos os dias, deveria partir de nós mesmo respeitar as escolhas de cada um, se você é feliz beijando em publico, andar de mãos dadas, falar fino, ótimo a opção é sua, eu sou feliz com a minha descrição gosto assim mais isso não quer dizer que me sinto superior… Respeito gera respeito!

Marcio Caparica

Alexandre, pense: se você fosse hétero, deixaria de andar de mãos dadas e beijar em público porque é um homem discreto? Se sua resposta for não, pense então o por que de você deixa de fazer isso porque é gay. Se for por razões de segurança pessoal, ok. Mas se mesmo em cidades/ambientes públicos seguros você deixa de fazer isso, talvez seria vergonha, sim?

João de Deus

Como é fácil vir aqui e falar que quem não concorda com o post é porque não entendeu. Ou seja: quem não concorda é gay machão e ainda burro, quem concorda é bicha pintosa e inteligente.

O texto do Márcio foi claríssimo, límpido, transparente, como ele sempre escreve (muito bem por sinal). Qualquer um que leu o texto entendeu claramente o seu ponto de vista, seu recado, sua motivação, sua mensgagem. Esta completamente explicitado o que ele quis dizer, inclusive a falta de sensibilidade (ou não) de sua opinião.

O fato meus caros amigos (autores e comentaristas) é que só existe 1 palavra para conseguirmos tudo aquilo que de bom buscamos para sermos aceitos – RESPEITO, assim como também só há 1 palavra responsável por tudo aquilo que de ruim combatemos – DESRESPEITO (ou falta de respeito). E pode parecer clichê, mas respeito não é algo que se pede ou impõe, mas sim algo que se conquista.

RESPEITO e DESRESPEITOS são 2 sementes férteis que se plantadas, nascem, crescem, viram árvores frondosas e irão dar sombra em nossas vidas. Se plantar RESPEITO, vai nascer, crescer e prosperar o respeito. A sombra de toda a floresta do RESPEITO vai dar sombra em nosso coração, em nossa vida, em nossa sociedade. A árvore que um de nós planta vai dar sombra na vida do outro. Por outro lado meus caros, a semente do DESRESPEITO tem o mesmo potencial de crescimento e também pode formar uma imensa floresta forte e frondosa, porém uma floresta de mágoa, de opressão, de preconceito, de ódio, de medo……… e por aí vai.

Tudo o que foi dito e debatido em ambos os posts são verdades absolutas, porém (creio eu) que com um enorme grau de generalização, estatisticamente falando. Se os autores estão certos ou errados (ou parcialmente), ou se concordamos ou não com eles (ou parcialmente também) não vem mais ao caso. Felizmente as pessoas boas (de boas atitudes e de boas intenções) ainda são a maioria, e devemos crer nisso. Não cabe a nós julgar o comportamento de ninguém (mesmo que nos julguem) mesmo que trate-se de verdade (de triste verdade). A vida e as atitudes de cada um tem um porquê, tem uma explicação, tem um motivo. Cada vida é uma vida única e tem a sua história, cada ser é único, a ainda assim os seres mudam e devem mudar com o tempo. Não vamos julgar, não vamos estereotipar, não vamos generalizar, não vamos subestimar ou superestimar.

Essas pessoas citadas nos posts existem sim (está aí o manifesto “goy” imbecil para quem quiser ler), mas não cabe a nós julgar. Até porque não deve ser nada fácil pra eles também. Se eles nos fazem sofrer, estão dando um tiro nos seus próprios pés, pois também sofrem muito por serem assim, tenho certeza. Fazer alguém sofrer também não é nada fácil, quem o faz também sofre mesmo que intimamente. Dói magoar, ferir, desrespeitar alguém, no mínimo porque sabemos que o mundo da suas voltas.

Deixo a todos um pedido: vamos plantar a semente do RESPEITO, vamos respeitar quem quer que seja, até porque já somos uma classe que pelo menos por algum momento de nossas vidas já sofremos por ser gay. Qual gay nunca sofreu por assim o ser? Todos nós já tentamos renegar o que somos, já sofremos, já fomos magoados, já fizemos alguém sofrer e já magoamos alguém também, e também já arrependemos de tê-lo feito. Qual de nós gays nunca agiu como “gay machão”, ou quem sabe até como “goy” pelo menos por poucas vezes nessa vida? Nada justifica falta de respeito (ou desrespeito).

Talvez esteja passando da hora de plantarmos o RESPEITO, porque um dia a sombra de sua árvore chegará até nós. Façamos com que a mudança comece por nós. Vamos cada um fazer a nossa parte respeitando e aceitando o outro da forma como o é, e um dia, lá na frente quem sabe, isso não volte a nosso favor. Talvez a gente não veja a mudança que buscamos mas faremos parte dela.

Última coisa pessoal: É muito importante que não haja nenhum “rachão” em nossa classe gay, até porque “rachão” é uma coisa que a gente nunca gostou muito, diga-se de passagem. Rsrs.

E pelo amor de Deus não me venham mais uma vez dizer que eu não entendi direito o que diz ambos os posts dizem porque eu entendi SIM (li mais de uma vez e entendi tudo claramente para só então poder criticá-los) e creio que todos entenderam o recado de ambos os posts, ou então não teríamos tido tanta………. discórdia (nem tanto “ibope”).

Andre Rocha

Caro João de Deus, concordo plenamente com tudo que disse. Concordo quase totalmente com a publicação. Discutir os assuntos e problemas que afetam a “classe gay” é de vital importância para a nossa saudável sobrevivência. Conheci o LadoBi ontem e já adorei o conteúdo e também os comentários, principalmente o seu, vi aqui uma agradável fonte de informação. Abraços a você leitor João e ao Marcio Camparica.

Bruno Pascoal

É o que propõe o texto Adriano, não que fique nítida a ideia mas o que fica no ar é o argumento de que só porque não são adeptos aos “costumes gays” acabam sendo taxados de impermissívos no próprio meio, posso até concordar em parte mas ainda é um pouco confuso dizer que só por isso venham se tornam ou se acham “superiores.”

Diogo

KD as pintosérrimas que não vem aqui falar em primeira pessoa o que pensam?
Porque tá um tal de bicha máscula opinando sobre o que eles não são/querem ser.
SOS Pintosas!
KD vocês?
Venham pra luz!

João

Marcio, acho que você parte de alguns pressupostos equivocados. Você começa repetindo a definição do tal colunista americano do homem heterossexual, que o faz de forma negativa. Não negativa como juízo de valor, mas negativa porque considera o homem heterossexual pelo que ele não é, em vez de considerar aquilo que ele é por si só. Como se, numa suposta ausência de identidade própria, só lhe restasse ser definido a partir da essência dos outros.
Acho curioso quando, depois de elencar uma série de comportamentos tradicionalmente ligados em nossa sociedade a uma imagem preconceituosa dos homossexuais, você diga que ser gay é libertador. Ao dizer isso você se junta ao pensamento que liga determinadas condutas à homossexualidade. É como se a sua maneira de obter passe livre para ter um comportamento fosse justificar-se em sua sexualidade. Assim, acho que se acabam confirmando os estereótipos que tanto condenamos. Isso só contribui para confirmar as ligações que são feitas erroneamente entre alguns comportamentos e a homossexualidade.
Afinal, o que tem a ver chorar com novela com gostar de homem, para usar seu exemplo? Como fica o cara que chora vendo novela e só gosta de mulher? Há até homens que poderiam ser definidos como “efeminados”, mas que são heterossexuais. Esses vão justificar seu comportamento (tão legítimo e respeitável como o de qualquer pessoa) com base no quê? Como não são gays, não vão poder desfrutar dessa libertação? Vão ter que se assumir homossexuais sem o ser?
Para mim, o que o que reside no cerne dessa discussão é uma ligação entre o comportamento social e o comportamento sexual que é comum, mas não é obrigatória. E, se a adotarmos como obrigatória, criamos um padrão e promovemos a exclusão de alguns indivíduos. Em suma, homossexualidade masculina não implica em feminilidade de comportamento. Tampouco o fato de alguém ser feminino vai implicar em que goste de homem. Se todos entendermos essas duas dimensões diferentes do comportamento humano como independentes, não haverá mais o terrível medo da “bichice”.
Embora reconheça que com uma voz extremamente minoritária, acredito que nossa luta deveria ser canalizada no sentido de dissociar a ligação entre os dois elementos que apontei, que é tão profunda na sociedade que nós homossexuais acabamos comprando. Lutemos por um mundo sem rótulos, sem caixas. Quer comer mulher e pintar as unhas? Ótimo, desde que seja sua vontade real. Quer pegar homem e ir ao jogo de futebol? Ótimo, desde que seja porque realmente gosta.
Concordo com você na certeza de que há homossexuais que se reprimem e se policiam para obedecerem ao padrão heteronormativo. Mas acho que não podemos dizer que não haja homens homossexuais cujo comportamento seja genuinamente masculino. Nem todos são como são porque se forçam constantemente. E não considero ilegítimo que homossexuais de quaisquer padrões de comportamento se sintam atraídos exclusivamente por homens masculinos, ou por homens de qualquer tipo.
Ademais, acho que um grande descompasso do seu texto é estar escrito de maneira generalizante. Ao dizer que “o viado machão” quer se distanciar de uma feminilidade que considera inferior, você exclui os casos em que a maneira de ser é espontaneamente masculina e não fruto de um esforço neurótico.
Você fala em convivência com o mundo gay. Mas, já parou para pensar em por que existe um “mundo gay” separado do resto do mundo? Será que é apenas por causa da rejeição e preconceito por parte dos heterossexuais? Ou será que não é também porque estamos promovendo uma autossegregação que em nada contribui para o avanço de nossa aceitação no mundo, que, em verdade, é um só e no qual temos todos que conviver, gostemos ou não? Você mesmo diz que a cura dos preconceitos é a convivência. Portanto, não devemos nos esconder num mundinho próprio, numa zona de conforto, para evitarmos os dissabores da luta necessária de aceitação e respeito.
Nesse sentido, nem me causa espanto que você fale em “filtro social” e “comportamento discreto” para determinadas ocasiões, já que são ideias bem coerentes com a tese de um mundo gay separado. As pessoas devem se comportar conforme sua essência, não importa onde estejam. Novamente, não é se escondendo que vão ser alcançar um respeito sólido.
Finalmente, quando você fala em “visão limitada do que é ser gay” você novamente reafirma a confusão entre comportamento e sexualidade. Para muita gente, e não sei se é o seu caso, ser gay é quase como pertencer a uma tribo, ouvir determinados tipos de música, curtir determinados lugares para sair e usar determinadas gírias. Com todo respeito, acho que isso sim é extremamente limitador. Por que não ser homossexual e pertencer a mundos diferentes do que se consagrou como O “mundo gay”?
Mas no texto você critica expressamente apenas aqueles que, na sua visão, rejeitam completamente esse mundo. Só não se esqueça que também há até aqueles que dele não participam porque são rejeitados por ele. Há também os que simplesmente não se sentem encaixados nem um pouco nesse tal mundo gay. Acho que quando escrevemos sobre comportamento, não podemos perder de vista o quão múltiplos os comportamentos são. Com a licença de usar outro termo seu, na minha própria “carreira de viado”, a lição número 1 é que nesse mundo existe de TUDO.

James Cimino

Olha, eu concordaria com tudo o que você disse se o texto estivesse fazendo apologia ao comportamento efeminado, mas não é disso que se trata. Trata-se de uma crítica ao machismo no mundo gay, à misoginia entre gays, à suposta superioridade do ativo em relação ao passivo e todas essas doenças sociais provenientes de um machismo acachapante que existe na sociedade e que está sendo absorvido pelos homossexuais como forma de adequação a uma sociedade cada vez mais opressora.

João

Ele pode até não estar fazendo apologia de um comportamento, mas a questão central para mim é: ficou claro que o autor não acredita que haja gays genuinamente másculos e afirma, generalizando, que eles estão se afastando de um determinado comportamento por preconceito ou por conscientemente considerar o comportamento másculo superior. Isso, na minha opinião, não corresponde à verdade.

James Cimino

Para mim não ficou claro nada disso. Onde ele diz que não acredita que não haja um gay masculino, sendo que ele mesmo é um desses?

João

James Cimino, respondendo à sua pergunta , dou alguns exemplos do texto – “O que só me deixa ainda mais perplexo quando eu me deparo com os gays que se anunciam orgulhosamente como machos pra caralho.” “O viado machão, no entanto, abre mão de tudo isso para se distanciar de uma feminilidade que considera inferior. E, pior que o hétero, que é jogado dentro do cerco a sua sexualidade pela sociedade, quem coloca o gay-hétero sob vigilância é o próprio.”

Fica claro que ele está generalizando. Se essa não foi a intenção, pelo menos em nenhum momento faz a ressalva de que a masculinidade em homossexuais pode ser natural. Sobre o fato de ele ser masculino ou não, pouco importa. Estamos falando do que ele escreveu, não do que ele é ou deixa de ser.

E sobre os g0ys, aí já vem outro debate que é o fato de terem transformado o termo gay em algo com que nem todos os homossexuais se sentem confortáveis. Acho que devemos sempre incluir, não excluir setores ou indivíduos.

Casanova

Bravo!! Mil vezes bravo!! O melhor e mais elucidativo comentário. E ponto final.

Diogo

Tentei ler todos os comentários, mas devo ter pulado uns e outros, mas de forma geral o curioso é que em nenhum deles vi alguém se dizendo afeminado, pintosa, ou qualquer outro adjetivo que marque aquela característica que acreditamos ser não-masculina.
Isso, pra mim, sinaliza algumas coisas.
Que gays, ainda que no anonimato da internet, não gostam/querem se dizer afeminados.
Que gays afeminados não devem achar esse assunto relevante, pois em vez de se importar com o gay machão estão é ligados nos heteros que amam comer/dar pra gay pintosa.
Tem um gay assumido “famoso” (ele jura) nas redes sociais que adora postar “cadê os gays machos?”, alegando que tá todo mundo virando pintosa e passiva. E 99% dos comentários que ele recebe são aplausos a ele, todo mundo querendo saber cadê os machos.

Ayrton

Só uma coisa a dizer: Se eu gostasse de afeminados, ficaria com meninas. Então, seu texto não tem nexo algum.

Outra coisa, eu não nego que sou gay. Mas também não quero sair espalhando para o mundo, “aloka”, “atoron”, “faz a egípicia”. Termos, me desculpe dizer, ridículos.

James Cimino

“Se eu gostasse de afeminado, saia com meninas”, mas como tenho nojo de mulheres e acho desprezível um cara querer se parecer com uma, também tenho nojo de afeminados. Mais um peixe morrendo pela boca. Mais um analfabeto funcional que enxergou não sei aonde neste texto que a gente quer obrigá-lo a transar com efeminados. Mais uma vestindo a carapuça e provando que o texto não apenas tem nexo como os gays estão cada vez mais machistas e misóginos. Agora, a melhor parte é quando ele diz que acha “fazer a egípcia” uma expressão ridícula. Que falta de senso de humor, afinal meus amigos heteros amam essa expressão, porque ela é irônica, inteligente e de uma sofisticação acessível apenas aos que possuem bom humor, o que não parece ser o caso aqui. Querido, sua masculinidade aparentemente apenas te aproxima do tipo mais desprezível de hetero: aquele que acha que “agir feito homem” é ser machista. E o texto é sobre esse tipo de gente.

Samir Al Ahmad

Sou gay, não me identifico com o mundo dos gays, com a cultura dos gays, com as músicas dos gays. Tenho poucos amigos gays (que são bem gays inclusive) e nunca tive o menor problema em esconder que sou gay. Não sinto nada, apenas que um vácuo, quando alguém fica admirado pelo fato de eu não parecer gay. Não preciso falar pra ninguém que sou gay. Isso não define o que sou ou quem eu sou, não define meu caráter e nem me torna pior ou melhor do que alguém. Não ando de mãos dadas com meu namorado porque simplesmente não gosto de andar de mãos dadas, mas deixo bem claro em qualquer lugar, em qualquer ambiente e para qualquer pessoa, que ele é meu namorado e não só um amigo. Minha família sabe que gosto de homens e meus amigos, gays ou não, me respeitam por isso. Estou dizendo isso, porque acho arrogante essa campanha gay sobre os gays que não são pintosos, efeminados e não gostam de Lady Gaga, serem descritos como aqueles que tentam se esconder. Existem muitos assim, eu sei – e ficar julgando não vai ajudar em nada! Trata-se apenas de uma questão cultural de identificação. E isso pode ser bem mais complicado para um gay como eu, que não parece gay, mas também não é hétero. Não nos encaixamos em lugar nenhum, não pertencemos a nenhum grupo. Por outro lado temos a liberdade de sermos realmente livres. E quanto a ser ativo ou passivo, isso é mais massacrante no “mundinho gay” do que no mundo hétero, para o hétero não importa se você dá ou come, você é gay e ponto. Para o “mundinho gay” isso é motivo de piada, e classificação, bullying mesmo. Acho que os gays, deviam ser menos hipócritas e menos segmentadores, afinal falam tanto em descriminação, preconceito e intolerância, mas no “mundinho gay” isso é o que mais existe. Qual o problema de eu ser gay e não parecer ser gay? Qual o problema do cara que não saiu e nem quer sair do armário? Qual o problema do gay querer ser machão e mostrar para isso pra todo mundo? Deixe que cada um viva da maneira como quer, desde que isso não afete a vida do outro. Apenas isso…

James Cimino

Realmente não há problema nenhum em não parecer gay e concordo com tudo o que você disse, mas você percebe que esse texto não é sobre você?

Antonio

Queridas, vamo voltar ao supletivo?! O texto é claro e cristalino, as senhoras estão é vendo chifre em cabeça de cavalo ou faltaram nas aulas de interpretação. Na dúvida releia antes de comentar.

Allan Melo

Marcio,cara,parabéns pelo texto! Além de informativo,é muito engraçado,muito mesmo! kkkkkkkkkkkk
Entendi os pontos que você ressaltou e acredito que sejam sim esses (e vários outros) os problemas de quem não saiu do “armário”,mas não podemos somente culpar a pessoa em sim,temos todo um contesto sócio-cultural…enfim,tá de parabéns! Abrax!

Nelson

O fato é que o texto deixou muita gente incomodado. Talvez porque muitos de nós nos identificamos com essas atitudes, e mais, arrisco à dizer que todos, sem exceção, já agiu com desprezo por uma ou outra forma de manifestação sexual. Isso é até compreensível já que todo é comum, ninguém aqui é candidato à Madre Tereza. Todo mundo quer ser alguém descolado, cabeça aberta, sem preconceitos. O duro é ser.

O bacana do texto é que ele nos faz confrontar nossos preconceitos que achamos que estamos imunes. Eu me senti incomodado.

Leandro Prado

Bah! Eu sempre pensei isso… e seu texto materializa meu pensamento.
Parabéns e obrigado.
vou replicar ele com o devido crédito e endereço do site em meu blog. Se tiver alguma objeção, me escreva, pois vou programar para daqui alguns dias. gostaria muito que meus leitores lessem seu texto.

Daniel Moraes

Alguém me explica oq ue é “dormir de Chanel” e “vir de vinagrete” ???
😉

James Cimino

Dormir de Chanel, o contrário de dormir de conchinha, quando os dois estão de costas um para o outro. Olha a logo da Chanel que você vai entender. Ir de vinagrete = ir de acompanhante de um convidado a uma festa em que você não conhece ninguém ou quase ninguém.

Daniel Moraes

rsrsrsrs
Ri aqui!
Obrigado, James.
De fato, nós gays somos espetaculares em nosso processo criativo!

Gabriel

Concordo!!! Estava louco pra saber sobre “ir de vinagrete”… hahahahahahahaha

Vítor

Eu acho que a partir do momento em que você se define de uma tal maneira,não se permitindo viver uma determinada relação sendo gay,com alguém que você JULGA ser mais ou menos gay que você, por preconceito,a própria vida vai se encarregar de corrigir essa sua falha! Eu namoro a quase dois anos com um “perfil” de gay que eu desde a adolescência abominava,falava que jamais me relacionaria,e um belo dia o meu caminho se cruzou com o dele!Portanto retirem as “amarras” do pensamento,e vamos ser felizes!

Bruno Pascoal

Acho um pouco equivocado dizer que os gays que não são afeminados sejam mal resolvidos ou que estejam se privando de experimentar uma maior liberdade de comportamento ou atitude, do mesmo jeito que há diversidade de personalidade nos héteros, também há nos gays, essa necessidade de esteriotipar a todo custo os gays que os próprios entre si tem em comum só mostra a dificuldade de aceitar as diferenças que existem nesse meio, o que é lamentável.

James Cimino

Mas rapaz, não é disso que estamos falando, sobre ser ou não ser efeminado. É sobre o uso que fazemos disso. É sobre gente que se acha superior porque não é efeminado e que se ofende porque alguém usa um termo no feminino contigo. Ora, meus amigos heteros ficaram tão gays que nos chamam e se chama de bi, de querida, de a senhora. E adora. Dão risada e se sentem livres. Sacou o que é o centro do texto?

Bruno Pascoal

Então por que dizer que um gay que não efeminado se acha superior aos outros só porque não se comporta como a maioria só porque não gosta ou não prefere tratar os outros pelo feminino ou usar as gírias gay? Ainda assim é um pouco contraditório, mas enfim cada um, cada um.

Matheus

Nossa cara, como você é burro! Ele não está falando que todos os gays não afeminados pensam e agem dessa forma. Mas que existem MUITOS gays assim (e quem é gay sabe, conhece vários). Em qualquer app social gay como grindr ou hornet você encontra vários desse tipo: que se acham extremamente superiores por supostamente não terem traços femininos em sua personalidade – e eu digo supostamente porque muitos se policiam a ponto de reprimir uma parte de sua verdadeira natureza. Por que se sentir superior por uma bosta dessas? Por que as pessoas acham que gays afeminados são inferiores? Esse é o mesmo machismo que vitimiza as mulheres. E outra: a questão, no fim das contas, não é sobre ser ou não afeminado, nunca foi!
Você pode não ter uma natureza afeminada, mas se permitir em brincar com a possibilidade de tê-la.

Bruno Pascoal

Realmente Matheus, não é mencionado que todos que não são efeminados agem assim, a proposta do texto não é generalizar mas presumir uma postura superior por não ser ou gosta de isso e aquilo também é um pouco precipitado, não acha? Aliás, vamos aprender a interpretar texto antes de chamar os outros de burro né amigo? Abraços.

Adriano

Mas não se pode presumir que a pessoa não da pinta porque assim se acha superior. Tem gente que gosta tem gente que não. O que deixa tao claro pra vc que os gays sem trejeitos se acham superiores por serem assim ?

Bruno Pascoal

É o que propõe o texto Adriano, não que fique nítida a ideia mas o que fica no ar é o argumento de que só porque não são adeptos aos “costumes gays” acabam sendo taxados de impermissívos no próprio meio, posso até concordar em parte mas ainda é um pouco confuso dizer que só por isso venham se tornam ou se acham “superiores.”

Marcos Machado

“um gay pode beijar uma mulher, pode transar com uma mulher, pode fazer um filho numa mulher, e ninguém vai suspeitar que por trás daquela bicha existe um hétero reprimido”

Não, não existe. Existe um BISSEXUAL.

Marcio Caparica

Pode ser bissexual. Ou o gay pode estar beijando a mulher de brincadeira, ou de carência, ou fazendo um esforço porque quer ter filho. Se ele no dia seguinte falar pra todo mundo “Sou gay!”, ninguém vai falar “Não é não, você estava beijando uma mulher ontem, você é hétero que eu sei”. Agora, se um hétero beijar outro homem por zoeira ou por curiosidade e alguém vê-lo fazendo isso? Vai ser muito difícil que as fofocas não comecem a rolar dizendo que ele é gay, outro dia mesmo ele estava beijando um cara… Não vai adiantar ele sair dizendo que continua tão hétero quanto antes.

brunno

Sobre o texto do gay macho. Sou gay e naum tenho a menor pretensao de achar que sou melhor que ninguem por isso. sou muito bem resolvido quanto a minha sexualidade. No entanto naum curto de ser chamado por pronomes femininos. O fato de eu ser gay naum quer dizer que tenho que ser feminino ou algo assim, tenho varios amigos femininos e me relaciono com eles de boa. sexualmente naum me atraem. Naum curto moda, nem tao pouco afetacoes. acho que o texto ‘e tendencioso quando relaciona o fato de ser gay com supostas liberdades que seriam opcoes para gays.

James Cimino

É mesmo, Bruno? E por que te chamar no feminino te ofende? Quando a gente usa o plural e tem mulheres envolvidas flexionamos para o masculino e elas não se ofendem. Por que será?

Antonio

É porque o problema não é o cara ser gay ou hétero, James, é o cara ser machista e achar que feminino = menor/pior automaticamente

Yuri Lopes

Não tem como ler isso e não lembrar da música “What It Feels Like for a Girl”, da Madonna.

Fabio Martins

Gente ja dizia o filosofo: Se algo em mim, te incomoda, algo em ti, há para resolver! Viva cada um sua vida e aprendam a respeitar os motivos pelos quais os outros são como são, afinal cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é.

Adriano

Voltei pra ler os comentarios, o que me deixa ainda mais certo de que hj em dia ha mais preconceito dentro do próprio meio gay do que fora dele, os gays ficam se subdividindo em categorias e patotas (pintosas x não pintosas, poc pocs x finas, feias x bonitas, saradas x magrelas, ricas x pobres etc e por ai vai) e depois vao a rua pedir por igualdade quando eles próprios não conseguem se unir e se respeitar… este tipo de subdivisão foi um dos motivos pelos quais me afastei de ambientes GLS (o que não significa que não tenho amigos gays) por incrível que pareça me sinto muito mais aceito fora do meio onde não preciso me encaixar num padrão de consumo ou vestimenta onde não sou classificado como sendo desse ou daquele grupo. Que ironia do destino. Os próprios gays se discriminam

Marcelo

Interessante isso!

“por incrível que pareça me sinto muito mais aceito fora do meio onde não preciso me encaixar num padrão de consumo ou vestimenta”

Acho engraçado quando vejo alguém que não tem onde cair morto, mas gosta de esbanjar estilo ou um falso padrão de vida.

James Cimino

Os brasileiros não se entendem como nação, se discriminam, imagina se os gays brasileiros seriam diferentes, né?

Thiago

Se vc soubesse a quantidade de gatinhos que atraio com esse jeito “machão” descrito acima… rsrsrs

James Cimino

Mas a gente sabe amigo, acontece o mesmo com a gente, mas a gente não maltrata as pintosas quando nos paqueram também. Todo mundo é bem vindo.

Matheus

Fazer comentários maldosos, apontar com viadinho etc. não é maltratar?

Mateus

E quem disse que eles fazem isso? A matéria? A matéria esta equivocada. Reveja seus conceitos. Generalizar é uma irresponsabilidade.

Felipe

Sou um leitor do blog, ouço o programa de radio e já te vi no altas horas James. Sabe o que eu acho engraçado. Ninguém quer ser classificado como pintosa. Engraçado q vc disse as pintosas como elas e o curioso é que te acho pintosėrrima, James. Não estou dizendo isso pra te ofender, porque isso não é ofensa e tenho certeza q vc tem essa mesma impressão. Mas e curioso como.um discurso politicamente correto pode ser traído em poucas palavras.

Mauro

Eu tamem sou exatamente do jeito descrito acima e de vdd, não me mudaria por nada!

Mateus

Meu jeito machão provoca fila na minha porta. Pergunta pra eles se eles gostariam que eu mudasse? Pergunta se eu os maltrato, a não ser na cama? Discussões bobas essas, na cama tudo se ajeita e o pau cai a folha. Só existe bicha pintosa porque existe gay machão, e vice-versa. Que seria de mim sem elas? Nothing!

James Cimino

Aí sim, Mateus! Mas esse texto não é sobre você. É sobre aqueles enrustidos que ficam apavorando gay pintosa. Ah, manda contato, hahahaha!

Mateus

Mando sim James…. Não sei se vc me pega mas eu te pego fácil…..aliás, pego e faço um arraso!

James Cimino

Mas que maravilha, Brasil! Tô esperando o contato. hahahahaha

alexandre

quanta contradição. manchou o texto com baixaria também. não dá apenas pra respeitar a escolha do outro? só isso.

James Cimino

É uma expressão pejorativa criada pelos gays para designar a bicha pobre, feia, vulgar, barulhenta, desmunhecada e espalhafatosa.

Hugo

Gostei muito texto, simples e objetivo.
Faria uma única ressalva; quando você diz que “Ninguém além do próprio vai considerá-lo um gay melhor por isso – nem os héteros, muito menos os “outros” gays”. Bom, você tem um belo exemplo da inflexibilidade de seu amigo diante de uma paixão, o qual se interessou por alguém como ele, ou seja, com trejeitos semelhantes aos dele. Bom, acho que a questão está, também, para além dos gostos e preferências. Não sejamos ingênuos, muito gays estratificam e hierarquizam as relações. Ou pelo menos reproduz esse comportamento. Tudo o que se aproxima do feminil é, sim, subestimado. Quanto mais próximo do feminino, mais longe do topo estamos nessa pirâmide machista, na qual a mulher ocupa a base, e isso não é uma questão exclusiva da homossexualidade. É, sobretudo, uma herança do próprio machismo. O gay masculino, ou com menos trejeitos, ainda que não demonstre, sente no fundo do âmago um certo orgulho diante de um elogio que reitere sua não aparente sexualidade. Enfim, as pessoas, sim, julgam e colocam o masculino ou tudo aquilo que se aproxima dele como algo superior. Mas reafirmo, isso é herança do próprio machismo e organização de uma sociedade patriarcal e que permeiam as relações, independentemente da orientação sexual ou ¨preferências¨das mais diversas “naturezas”.

Daniel Rodrigues

Nos três últimos parágrafos , as contradições do texto gritaram!

“Não estou dizendo que todos os gays deveriam ser bichinhas poc-poc para se tornarem homossexuais verdadeiros e completos.”

Sim, está. Isso está mais que claro.

“Mais uma vez: cada gay pode escolher quanta exuberância e o que dela serve para si.”

Contradição. Diz que tem poder de escolha, mas critica escolhas específicas. É bom ter a definição de “exuberância”. Se ele tem a prerrogativa de escolher o nível de “exuberância” que serve para si, você não tem a prerrogativa de questionar caso ele escolha não adotar nenhuma por falta de identificação.

“Amarrar-se a uma masculinidade completa é a verdadeira demonstração de uma visão limitada do que é ser gay.”

Isso é dizer que o masculino absoluto é incompatível com ser gay. Onde que atrelar o “ser gay” intrínseca e exclusivamente com o universo feminino é uma visão ampla?

“E pior, ceder a esse medo não traz vantagem nenhuma.”

É preciso uma pré-disposição ideológica para dizer que um homem só é masculino é “ceder” a um medo. Parece o discurso homofóbico de que “homem = hétero” e “gay =/= homem”. Não era para quebrar essa lógica?

“Ninguém além do próprio vai considerá-lo um gay melhor por isso – nem os héteros, muito menos os “outros” gays.”

Obviamente não é algo neutro como alega. Ao que tudo indica, os “gays de verdade” (que é a distinção que parece fazer quando fala dos gays afetados, que parece ser o complemento dicotômico afirmador do discurso do mainstream do “homem de verdade”) irão considerá-lo pior se ele não for afetado e o considerarão melhor se ele for afetado. O artigo ainda incorre no erro de considerar sinônimos o fato de ser viril com estar no armário.

No final das contas, parece que o texto passa ao largo de defender o direito genérico de ser o que se é. Defende-se uma determinada de expressão como legítima e outra ilegítima além de ainda querer cagar regras sexuais sugerindo que as pessoas, ao invés de fazer sexo por prazer, façam sexo por caridade e tenham uma vida sexual sofrível fazendo o que não gostam.

Enfim, se sua intenção era criticar gays que reproduzem machismo e discrimina gays menos viris, deveria ter escrito realmente isso e apenas isso ao invés desse mói de generalizações, além da exaltação da afetação e depreciação da masculinidade. Criticar gays por discriminarem é pertinente, criticar gays por serem masculinos não é.

Lamentável.

James Cimino

Aonde que está escrito no texto que para ser gay é precisa ser efeminado? Estou fazendo a mesma pergunta para todos. Até agora nenhum texto destacado. Ninguém criticou gays por serem masculinos, criticamos gays que usam a masculinidade e o machismo como forma de opressão a outros gays. Se você não entendeu isso, releia. E se na releitura continuar sem entender, terapia.

Marcio Caparica

Oi Daniel!

Já que você voltou e postou de novo seu comentário…

1. Não sei de onde você tirou que está mais que claro que eu acho que as bichinhas poc poc são os únicos homossexuais completos. Para mim existe uma gradação gigante entre o Seu Peru e o Anderson Cooper (isso se ele for tão contido longe das câmeras quanto é quando apresenta programas na CNN). Foi por isso que eu escrevi que cada gay pode escolher “quanta exuberância e o que dela”.

2. Exatamente, eu digo cada um pode escolher o quanto de exuberância/bichice quer para sir. Pode escolher ter pouca. Pode escolher ter quase nada. Mas se chegar num ponto que se irrita/fica ofendido de um outro gay te chamar de “bicha” numa boa, por exemplo, daí eu acho exagero e já beira à autointolerância. Quando faz questão de não ter amigos gays. Triste dos gays que perdem a chance de ter amygues do peito por medo de serem associados a qualquer nível de bichice.

3. Eu acho que a masculinidade absoluta não corresponde com ser gay. A masculinidade absoluta tem interesse sexual apenas em mulheres. Quando você tem desejo sexual por homens sendo um homem, você já saiu da masculinidade absoluta. Isso não faz de você menos homem. Apenas menos masculino em algum nível. Qual é problema? Mulheres são legais também. Ser feminino em algum nível não é vergonha.

4. Você está fazendo um salto quando diz que eu considero sinônimo ser viril com estar no armário. Não disse isso e não considero isso. Inclusive gostaria que mais gays sem trejeitos saíssem do armário (berrando “eu dou o cu sim, vai encarar?” se possível). Outro termo que eu não uso no texto é “gay de verdade”, esse é outro salto seu. A dicotomia que eu estabeleceria seria entre “gay bem resolvido” e “gay não resolvido”. Nessa dicotomia, sim, o gay que evita a todo custo o meio/cultura/gestual gay e se acha melhor que os outros que não fazem isso (e nem precisa ser muito – como eu disse, apenas levar na boa ser chamado de “bicha” já é um bom passo) é um gay mal-resolvido, a meu ver, e certamente está fazendo esse esforço todo por medo.

5. Também nunca disse que gays não são homens. Até porque gênero é uma coisa, e preferência sexual é outra, como já dissemos algumas vezes aqui no blog e no programa. Um trans homem que gosta de se relacionar com cis homens é gay, e os dois são homens. Você pode se informar sobre isso no post que fizemos recentemente sobre opções de gênero.

6. Realmente não sei de onde você tirou que eu sou a favor de que qualquer pessoa faça sexo com outra por caridade, por favor explicite esse trecho no post para que eu consiga responder essa sua consideração.

E por fim, eu considero legítimo o gay que curte outros gays, e ilegítimo o que evita/repudia outros gays e ainda por cima se acha melhor por isso – a razão pela qual eu escrevi esse texto. A descrição do cara que eu estou criticando está bem clara, acho, no sexto parágrafo.

Beijo!

Caio

Concordo com sua explanação. Vejo que o texto destaca mais o preconceito contra os afeminados do que a visão de se criticar a masculinidade de um homem homossexual que muitos estão dizendo ser presente no texto. Mas agora quando você diz: “Eu acho que a masculinidade absoluta não corresponde com ser gay. Masculinidade absoluta tem interesse sexual apenas em mulheres”, aí já é demais. Nada a ver. Dá para ser viril, homossexual e de bem com a vida, até mesmo “assumido” para familiares e amigos.

Matheus

Acho que o autor desse texto não representa tão bem a população gay quanto ele acha que representa.

A maioria dos gays “machões” não “tentam” ser assim. Eu não tento ser do jeito que eu sou. Minha mentalidade é direta: eu gosto de homens. Não tenho que gostar de toda essa cultura. Não tenho que adotar nenhum jargão ou permitir que me tratem como mulher ou me chamem de bicha. Não tenho interesse nisso, nem paciência.

Também não tenho absolutamente nada contra gays que gostam dessa cultura, mas, geralmente, não acho particularmente atraente.

Tiago

Concordo plenamente..
Não tenho diferença com quem é afeminado e tenho amigos gays também, mas não tento me fazer assim, sou assim..
Não procuro mudança porque gosto da minha masculinidade, não é preciso ter “recaídas” ou chamar os outros de “amygues” pra ser gay, e evito a cultura porque é algo que não me interessa nem um pouco..
Cada um faz o que quer, mas entendi o que você quis dizer no texto e não desmereço ninguém por ser “gay poc poc”, só acho que não deveria generalizar e achar que todos deviam ser assim.

Caio

Matheus, Marcelo e Thiago, concordo com vocês e acrescento um pouco mais: alguns homos creem que masculinidade é ausência de cuidados e até desgosto total por certos tipos de música e entretenimento. Não há problema algum em um homo ser viril, tranquilo com sua sexualidade e ser bem vestido, vaidoso (sem exageros é claro) e gostar de música pop, por exemplo.

Paulo

“Engraçado, mas quem disse que o gay precisa ter comportamento de mulher?”. Não importa quem disse, o que importa é que ele pode ter sim comportamento de mulher se ele quiser. A liberdade é que é importante, e cada sujeito deveria se valer dela e decidir sua própria vida, ressalvados, é claro, aqueles momentos em que “um comportamento discreto e um vocabulário normativo são mais adequados”, e mesmo nesses momentos, quem tiver peito pra transgredir as normas, tem a liberdade de fazê-lo, aí é preciso coragem também!

Mateus

” Já conheci um gay, até que bastante bem resolvido, que era predominantemente ativo. Ele se apaixonou por outro bofe muito homem e no sigilo, e foi correspondido. Verdadeiro lance entre dois machos. O problema é que o outro era apenas – e totalmente – ativo. O meu amigo, apesar de já ter dado algumas vezes, não queria se tornar “a passiva” da relação. Então os dois passaram meses apenas no troca-troca, engessados demais em suas preconcepções de virilidade, incapazes de fazerem concessões mútuas para satisfazerem um ao outro.”

Oi? Bem se você é ativo, e se apaixoana por outro ativo, ou quase ativo, eu acho que da pra você rever sim, suas preferencias na cama. por que não,. qualo problema gente? Sinceramente não entendi o que o autor quis dizer

Marcio Caparica

Eu quis dizer é que, nesse caso, infelizmente os dois não foram capazes de rever suas preferências. Não que seja impossível – pelo contrário, acho inclusive recomendável que os dois revejam as posições de cada um e negociem um meio-termo para os dois!

Mateus

É que eu não entendi a parte do “apenas troca-troca”, então eles reveram suas posições, não?
Acho que seria machismo se um deles não quisessem falar passivo pra não perder a pose de machao ativao.

James Cimino

Sim, eles não reviram sua posições. Porque estava fora de cogitação ser passivo, pq isso, sabe como é, é coisa de mulher…

José nardel Oliveira da Silva

“cada gay pode escolher quanta exuberância e o que dela serve para si.” Vejo seu texto como um ponto de vista. Mas será que o machão incubando não é feliz assim? a sociedade pode ter feito ele assim e ele encontrou seu jeito de ser “feliz”. Felicidade é algo relativo e subjetivo, já que passa pelo interior de cada um e perpassa por todas as trocas que o meio te proporciona. A sua ideia de felicidade é sua. Muito bom seu texto.!

Marcelo

Engraçado, mas quem disse que o gay precisa ter comportamento de mulher? Precisa afinar a voz e falar como mulher? Precisa saltitar como uma menininha? Sou gay assumido, não tenho problema algum em ser gay ou me expor, mas não preciso falar mole, nem rebolar e nem me vestir como mulher para ser gay. Gosto de NAMORAR homens, mas isso não faz de mim uma mulher. Gosto de ser macho e agir como tal, até mesmo pq nasci com um pênis entre as pernas. Faço coisas que homens fazem; não é pelo fato de ser gay que preciso deixar minha masculinidade de lado. Houve um tempo em que estava ficando um pouco afeminado, pois estava andando com pessoas afeminadas e passava por uma construção de personalidade devido a idade, mas logo que me dei conta, prestei mais atenção em mim mesmo para não virar “Mulherzinha”. Não gosto de frequentar ambientes gays quando estou namorando, pois vejo que existe uma falta de respeito ao ser cobiçado pelos outros, mesmo estando acompanhado. Não curti muito esse texto, pois o homem não deixa de ser homem por ser gay. Ele precisa agir como homem, falar como homem e ter atitudes de homens, independente de sua atração sexual.

James Cimino

Realmente, Marcelo, quem disse isso? Esse texto é que não foi.

Leo

Senti, com o texto, dois tipos de preconceitos (ou diria “vacilos?): O primeiro é o preconceito explícito ao falar das bichinhas poc-poc. E o segundo, é prejulgar que os gays enrustidos ou os que se comportam como ‘machões’ estão errados ou não são felizes ou simplesmente DEVEM se abrir ao mundo gay.
Você não pode construir um argumento baseado no que você acha melhor pro mundo!

Fora isso, ótima leitura, especialmente a introdução.

James Cimino

Sim, podemos. E sabe por quê? Porque pessoas enrustidas são as que mais ajudam a perpetuar o preconceito contra gays, porque elas se escondem como se estivessem cometendo um crime. E sabe como é. Você pode ser inocente, mas fugiu, todo mundo te acha culpado.

Diogo

James, creio que é você que esta enganado. Pessoas enrustidas normalmente são pessoas “na delas”. Creio que pessoas com ideias, posturas e atitudes como as suas é que ajudam a disseminar o preconceito, impondo goela abaixo o mundo “exuberante” dos gays. A liberdade que todos nós gays sonhamos não será construída assim, imposta. Menos viu.

James Cimino

Pessoas discretas são pessoas na delas. Pessoas enrustidas são aquelas que se escondem porque têm pavor de que descubram sua sexualidade, já que elas mesmas não aceitam quem são. O meu conceito é esse. O seu conceito é sobre discrição. Eu não sou contra discrição, sou contra enrustimento. E acho por experiência que o enrustido é sempre o mais triste, o mais zoado, o mais patético tipo de gay. Porque no fundo todo mundo sabe, todo mundo percebe, e as pessoas o discriminam mais porque ele não se respeita e não respeita a inteligência de quem está ao redor. Sair do armário não é se montar de drag e ir pra parada gay. Sair do armário é se aceitar e não viver fingindo que se é o que não se é. E tanto quanto o Marcio defendemos isso. Esse blog é fora do armário. Não concorda, uma pena. Não sou pastor pra tentar converter ninguém.

Paulo

Pelo visto você não entendeu o que o Marcio quis passar com o texto. Já que você é tão macho, recomendo utilizar esse desodorante. Cabra macho!

Marcelo

Não estou dizendo que sou super macho, mas digo que não precisamos de uma linguagem gay, os héteros não tem uma linguagem hétero… Não preciso me comportar como uma gazela só por ser gay. Não curto caras afeminados, até pq se eu quiser alguém que se comporte como mulher, prefiro ficar logo com uma mulher. Não é por vergonha ou desrespeito, mas como eu disse, não preciso desmunhecar só pq sou gay e me diferenciar de um hétero.

Marcio Caparica

Só ressalvando que os héteros têm linguagem sim – assim sem pensar muito, expressões como “véi”, “bróder”, “truta” etc.

Marcelo

Não sabia que isso era linguagem de hétero. Sempre vi como gírias que variam de lugar para lugar. 😉

Luca

Linguagem universal. Nos gays utilizamos expressões como “cara”, “mano”, “brother”, “fera” e por ai segue-se. Vejo em meu dia-a-dia todos os meus amigos gays expressarem desta forma, ate os mais engajados na cultura gay. Mas nunca vi um hetero referir-se ao outro como “mona”, “bicha” e segue-se.
Gente! Orientação sexual não tem relação com preferências. Cada um em sua tribo dentro do mesmo balaio. Respeite para ser respeitado.

James Cimino

Eu não uso “véi” nem “brow” pq meu português não aceita, pardon…

Marcelo

Eu falo muito “brow”, não falo véi (mas utilizado por paulista ou mineiro), mas falo “mano”, “brother”… Até com meus amigos gays. Não gosto de me comunicar com: (neca, aquendar, amapô,…). Particularmente, acho ridículo!

James Cimino

Eu não falo “brow” porque, como anglicismo, já é de uma pobreza notável. No português é ainda mais triste. Mas eu ainda tenho um argumento linguístico. Qual o problema com neca, aquendar e amapô? Isso vem da umbanda e do candomblé e foi introduzido na cultura gay pelas travestis. Tem que ter senso de humor e um pouquinho de cultura pra entender mesmo. Mais fácil falar “brow” e passar por “mano”. Na boa, se o cara vem me paquerar e me chama de “brow”, toma uma invertida na hora. E não é porque eu sou desmunhecado não. É porque eu acho tão falso quanto o Gianechinni querendo pagar de galã.

Marcelo

Hummm…

Então quer dizer que falar “Brow” ou “Mano” é pobre?! hahahaha

Tah! (By Vanessão) Falar “neca, aquendar e amapô” não soa pobre não? ok… Soa bem culto! Uiii quanta cultura! Duvido com todas as letras que se eu chegasse para vc e te chamasse de “brow” vc iria me rejeitar! kkkkkkkkkk Santa hipocrisia!

No mínimo vc diria que é minha “broa”! rsrsrs (Brincadeira… Só pra descontrair que está tenso). rsrsrs

James Cimino

Eu não disse que é pobre, eu disse que soa falso, coisa de quem quer parecer o que não é. Agora, se você criou essa discussão toda só pra me paquerar, podia ter se poupado de tanta bordoada, né? E sim, eu detesto gente que chega falando gíria de perifa pra pagar de “da quebrada”. Se for pra me chamarem de brow, prefiro os mano da ZL, que pelo menos têm mais pegada. Beijo Marcelo, no sigilo.

Marcelo

É… James, vc venceu! Por hj chega que preciso ir! Mas por fim… Logo farei uma próxima leitura do texto com outros olhos. Beijo pra ti tb! hahahahahaha

Marco

Marcelo, concordo com vc! Gosto de ser homem e gosto da masculinidade. Isso não quer dizer que eu seja reprimido ou ache que os outros gays são inferiores.

James Cimino

Então se você não é nada disso, não tem que se ofender porque esse texto não é sobre você. O texto é bem claro: fala sobre gays masculinos que usam sua masculinidade para oprimir gays afeminados. Não entendeu? Releia. Continua não entendendo? Terapia.

marcos

Concordo com vc…nasci, sou e adoro ser homem…so porque gosto de homem nao significa que preciso ser afeminado…essa questao gay ja esta super extrapolada…tudo agora é motivo pra fazer um estardalhaço por besteiras…ridiculo esse texto….

James Cimino

Gostaria que você apontasse onde o texto diz que você precisa ser efeminado pra gostar de homem.

Gustavo

Vc leu o texto? “Não estou dizendo que todos os gays deveriam ser bichinhas poc-poc para se tornarem homossexuais verdadeiros e completos.”

Luiz

Descobri, não com o texto e sim com os comentários, que gay não saber ler.

Luiz

Nossa Marcelo, você exemplificou perfeitamente o tipo de gay-machão-quase-hétero descrito no texto! Quando você afirma que durante o tempo em que andou com gays afeminados começou a se tornar também afeminado e imediatamente se policiou, ou seja se forçou a ser mais másculo, mais heteronormativo (masculinidade forçada), e a forma como você durante o tempo todo faz questão de dizer que se comporta como ”homem”, mas você fala de qual homem? Daquele construído e imposto pelos heterossexuais? Sim, pois até onde eu sei, um gay mais afeminado ou menos afeminado não deixa de ser homem, ele continua sendo homem mesmo sendo delicado como uma ”mulherzinha” certo? O que seria comportamento de homem? Fala de homem? Cuspir no chão? Ser grosso? Mal educado? Ir a jogos de futebol e arrumar briga quando o time perde? Coçar o saco em público? Ser um homem gay é poder transitar entre o masculino e o feminino (desde que, você sinta esta vontade, óbvio) sem se preocupar em colocar em xeque sua orientação sexual, se permitir ser Madonna, Cher ou Britney durante alguns minutos da noite sem paranoia. Não existe motivo para não se fazer coisas coisas gays quando SE É GAY, é o que o texto diz o tempo todo, não se privar!! Se você sente tanto receio assim de dar pinta ou ser mais afeminado em determinados momentos, você talvez seja a pessoa descrita no texto, e está perdendo um mundo de possibilidades fabulosas existentes dentro do universo gay! Liberte-se!
Vou ser ainda mais clichê, rs:
Girls can wear jeans / And cut their hair short / Wear shirts and boots / ‘Cause it’s OK to be a boy / But for a boy to look like a girl is degrading / ‘Cause you think that being a girl is degrading / But secretly you’d love to know what it’s like / Wouldn’t you / What it feels like for a girl.

Luiz

Hahahaha! Acabei de ler o seu texto sobre os G0ys e vi que você utilizou a citação também!!! Aliás acho que os g0ys são as alternativas: 1, 2, 3, 4 e 7, mas enfim isso é assunto do outro texto, (ou não)!

Marcelo

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…Dusculpe, mas me deu vontade de rir.
Quando me referi sobre me policiar para não ficar afeminado, não é pq estava me forçando a ser másculo, mas me forçando a não me tornar afeminado, até pq estava ficando assim apenas por andar com pessoas afeminadas. Sinal de que não era natural em mim, se fosse, não ficaria pela companhia, mas seria assim desde sempre (Estava aprendendo um comportamento feminino).

“Imitação: é um comportamento avançado pelo qual um indivíduo observa e replica outro. A imitação é também uma forma de aprendizagem observacional que leva ao desenvolvimento de tradições, e no fim de contas à nossa cultura. Permite a transferência de informação (comportamentos, costumes, etc.) entre indivíduos e através das gerações sem necessidade de herança genética.”

Existe o comportamento másculo (Mais comuns nos homens) e o comportamento digamos que delicado (Mais comuns nas mulheres). Quando um gay se torna afeminado, ele se aproxima mais do comportamento das mulheres. (Tenho muitos amigos e funcionários afeminados e o mais engraçado é oq percebo com 99% (99% ok? Não digo 100%) dos que convivem comigo: Dificilmente consegue ter um relacionamento, principalmente com um cara másculo.

Obs: Sou feliz para c*r*lh* e me divirto muito, mesmo não usando linguagem gay, desmunhecando ou me vestindo de mulher. Respeito os que fazem, mas não é minha praia.

James Cimino

“Me forçando a não me tornar afeminado”, because “girls can wear jeans, cut their hair short Wear shirts and boots and it’s OK to be a boy But for a boy to look like a girl is degrading ‘Cause you think that being a girl is degrading”. Eles dificilmente conseguem ter um relacionamento, principalmente com cara másculo, porque a gente vive em um país extremamente machista, em que até gays como você acham degradante ter quaisquer características femininas, né? Afinal de contas, mulher é um ser deprimente, porque eu deveria me parecer com elas, já que tenho o privilégio de ser homem? O peixe: morrendo pela boca desde o Big Bang…

Bruno L.

Marcelo, foi mal aí, brother, mas tu é exatamente o cara citado no texto. Você tem medo de ser quem é.Quem disse, onde está escrito, que homem tem q ser de um jeito? Você é( ou supostamente deveria ser) livre. Faz o que tu queres, há de ser tudo da Lei. A porra da sociedade te impõe uma conduta e vc a reproduz. Você é um misógino homofóbico e nem percebe. Agora resta você ter a humildade e fazer uma autocrítica, como eu mesmo um dia fiz. Falo “brother”, falo “véi” (desculpa James, mas vivo em cidade praiana, sabe como é rs) e também falo “boy magia”. Isso não me torna menos másculo, mt pelo contrário, isso me torna mais macho, pq tenho a personalidade pra ser o que eu sou. Ser homem não é ostentar certos atributos construidos pela sociedade machista e heteronormativa. Masculinidade é outra coisa. Um homem de verdade não precisa se policiar em nada. Ele é o que é e foda-se.

Emanuel Garcia

Na minha opinião, essa análise sobre orientações sexuais aqui postada, contribui para formação de um pensamento machista sobre atitudes de uma pessoa, se eu experimento o mesmo sexo que o meu e me descubro hétero ou homossexual, isso cabe a mim decidir, as “nuvens negras” pairando sobre as cabeças das pessoas são criadas por nós mesmos e trazidas pela sociedade patriarcal. Gostaria imensamente que este post fosse removido, afim de sessar discussões sobre o que é ser hétero, homo ou até mesmo bissexual, o problema não é como eu defendo minha orientação sexual, mas sim como a sociedade aceita, dessa forma vocês só contribuem para que o preconceito aumente.

Emanuel Garcia

Aí vai do seu coração Marcio, se você der uma olhada (como muito provavelmente já deu) nos comentários acima do meu, vejo muito preconceito uns com os outros, não sei qual a intenção você tinha com este post, mas vejo que essa discussão caminha para uma grande enxaqueca… Peço desculpas se de alguma forma ofendi alguém com meus comentários.

James Cimino

Caro Emanuel, talvez você seja um daqueles que acha que o Brasil era melhor na época da ditadura, por isso veio aqui NO NOSSO BLOG dizer que devemos remover o post. Não faremos isso. Não trabalhamos com censura.

Emanuel Garcia

Caro James Cimino, nem de longe me identifico com a ditadura, muito pelo contrário, sou absolutamente de esquerda, o que quis dizer com meu comentário, que parece não ter ficado muito claro, é que o post de vocês contribui para o senso comum de uma sociedade machista que resolve estourar lâmpadas fluorecentes em cidadãos simplesmente por ter uma orientação sexual diferente da “maioria”. Censura seria impedir que o blog se pronunciasse, eu apenas fiz um pedido, se vocês aceitam ou não, aí é com vocês, logo, direito de escolha, visto que o blog não é meu. Ainda penso que esta análise colocada contribui ao preconceito, Alfred Kinsey explana mais sabiamente sobre o assunto, peço desculpas se de alguma maneira ofendi alguém, não foi a intenção.

Jota

“Pense bem: um gay pode beijar uma mulher, pode transar com uma mulher, pode fazer um filho numa mulher, e ninguém vai suspeitar que por trás daquela bicha existe um hétero reprimido.”

No meu caso, por ja ter sido casado com mulher acham que eu deva ter sido abusado quando criança ou que tenha “virado” gay por decepção amorosa.

Vicente Henrique

Parabéns pelo artigo e pela forma em que abordou o tema. Concordo em número, gênero e grau.

Sinei

Não concordo com todos os argumentos, Marcio, mas você toca em pontos essenciais do ordenamento de gênero entre o gays. Gostei da forma que você se posiciona e constrói sua argumentação. Agora, em relação ao comentários dos leitores, posso dizer que “adoro o povo que não entende ironia”….

Gabriel Filipe

Ótimo texto!!!
O mundo,a natureza humana e a sociedade por si só já são complexos. Nos prendemos e nos tornamos escravos de padrões e estereótipos “aceitáveis”. Não tem jeito, estamos sempre a atirar pedras, mesmo com pecados.
Tenho preguiça de gente falsa, de gente que se acha superior a qualquer outro ser humano, pode ser um gay, machão, uma bichinha poc poc, um hétero aprisionado ao seu estigma de ser hétero, ou seja la o que for.
O importante é o respeito.

Vagno Fernandes

Texto fraco. Ser gay pode te aprisionar em tantas cosias assim como também ser mulher, hétero, criança, enfim. Se vc pegar o item experimentação, certamente o homem hétero experimentará outras coisas que os gays ou mulheres não irão querer ou não são incentivados socialmente a querer. Eu sendo gay, é tanta coisa que me aprisiona dentro da homossexualidade, inclusive a idéia da libertação excessiva ou felicidade a qualquer momento.

Jair

Bom dia a todos, li o texto e não gostei nada nada. Me parece que o objetivo era um mas o tiro saiu pela culatra. Como se pode sugerir que machões se sentem superior aos que não são? A sensação que tive foi justamente o contrário, mostrando que é o estilo gay assumido que se sente superior ao tipo machão enrustido. Se julgar é complicado, generalizar é ainda pior. O que indica o caráter ou preferências de uma pessoa não é o fato de gostar de homem ou de mulher, mas sim a forma como ele escolhe para conduzir isso, talvez a sua história de vida. Esse país é tão grande e com culturas tão diversas. Talvez o Márcio esteja se referindo apenas ao universo do gay paulistano, o que ainda assim acho um equívoco. Eu sou de Goiás, casado a 19 anos, pai de 3 filhos (2 homens e 1 mulher), sempre soube que era gay, nunca me assumi e ainda assim nunca abri mão de me casar e lutar pelo meu sonho de ter a minha família que é tudo para mim. Dispenso as críticas veladas ao meu estilo de vida mas garanto que sou e sempre fui o melhor homem que eu podia ser para minha esposa e um excelente pai, e ainda assim nunca deixei de dar os meus “pulos” com homem, nem nunca me faltou candidatos e quase sempre pessoas assumidas (bem diferentes de mim). Me senti bastante atacado pelo texto. Nunca me senti superior a ninguem, muito pelo contrário, não faço apologias a meu estilo de vida e nunca foi fácil para mim ser assim, apenas foi a minha escolha. Creio que cada pessoa deve escolher o caminho que acha melhor para si, desde que as suas escolhas não façam mal a ninguem. Senti que suas palavras foram completamente direcionadas a mim e aos meus modos de agir, mas pelo contrário eu nunca senti nenhum desprezo pelo comportamento de pessoas assumidas como vocês sendo que eu não só lhes valorizo como os admiro muito. Desculpem, mas esta é a minha percepção, sem nenhum rancor.

Marcio Caparica

Jair, eu realmente rezo por sair do armário como melhor que viver enrustido. No seu caso, se sua mulher souber que você pega homem e estiver OK com isso, acho lindo, acho ótimo. Dá certo para vocês dois. Conheço alguns casais assim. Ser gay (ou bissexual, como eu diria que é seu caso) não exclui ninguém de ser bom pai e bom marido (até mesmo de mulher!). Desde que não se engane alguém pela vida inteira.

Ana

Sinceramente não entendo porque uma determinada pessoa pode criticar o estilo de vida que outra pessoa escolheu pra si.
Que direito eu tenho de dizer que o outro está errado?
Se um cara, casado com uma mulher e paralelamente se encontra com homens vive feliz, quem somos nós para julgar?
Quem disse que temos o direito de opinar sobre a vida dos outros?
Gente, a vida é particular, única e intransferível. Manda nela cada um.
O que eu faço com minha vida, meus gostos, meu dinheiro, minha boca, meu destino, meu futuro sou eu!!!
É muito egocentrismo querer comandar o outro…
Deixa cada um viver como bem quer e como lhe aprouver!!!

Leo

Exceto que não é só a vida dele, ou é? Acho o máximo essa desculpa de “ngm tem o direito de comentar sobre a vida de ngm” que aparece quando é conveniente.

Eu sempre quis uma família e eu a terei, custe o que custar, mas, pensando nos outros, eu decidi não usar uma mulher pra conseguir isso, porque, sendo ou não o melhor pai e marido do mundo, eu não daria a ela algo real.

Dessa forma, posso julgar SIM porque nasci com cognição, vivo em sociedade e sei que o certo e o errado não vivem sob o conceito de “cada um faz o que quer”. Utilizando esse argumento, eu poderia dizer que ngm pode criticar quem bate na esposa, até mesmo se ela aceita ou gosta. N poderia criticar quem espanca o filho, ainda que com a intenção de educar, ainda que a criança tenha saído ilesa. E não há dois pesos e duas medidas.

Errado é errado.

James Cimino

Não querido, você não tem o direito de julgar ninguém porque você não é juiz nem Deus. Segundo, os exemplos que você citou são infelizes porque eles se referem a pessoas que cometem abusos contra outras pessoas. O que as pessoas fazem com seus corpos e como se comportam são problemas subjetivos que nada têm a ver com sua opinião deturpada sobre os usos do pensamento cognitivo, que, aliás, se você tivesse, não teria escrito tanta bobagem.

Gustavo

Tudo depende do acordo q ele tem com a mulher dele. Como o próprio autor do texto disse.

Daniel Rodrigues

“Se um cara, casado com uma mulher e paralelamente se encontra com homens vive feliz, quem somos nós para julgar?”

De ter algo de errado, né, já que via de regra esses homens mentem para suas parceiras. Eu quero saber é se a mulher em questão fica feliz ao tomar conhecimento dessas coisas…

A única coisa que me incomoda nessas questões é quando acaba sobrando para o homem inocente externo à relação quando a mulher traída descobre os casos do marido.

Mas enfim… fora isso, ela que resolva com ele.

Bruno L.

Se você nunca desprezou e nunca se sentiu superior a ninguém não deveria então ter se identificado com o texto. Um pouco paradoxal, não?

Você e tantos outros que fizeram comentários aqui pecaram na generalização. Não são todos os machões que fazem isso, mas um grupo dentro desse grupo, por assim dizer. Você não pode tampouco negar que esse tipo de pessoa existe. Elas existem aos montes e eu até ousaria dizer que dentre os machões, os machões que se acham superiores são a maioria. Existem inclusive afeminados que usam de uma “masculinidade” forçada unica e exclusivamente para fugir do preconceito e se enquadrar na “normalidade”.

Em relação a sua vida, não é da minha conta.

pedro

O problema com esse texto e com os comentários em oposição é que não tem ninguém aqui defendendo a liberdade sexual e de comportamento. Sempre tem um lado errado da história, quando na verdade a liberdade deveria ser impusionada, seja de ser macho, seja a de ser viado. Entendo o ponto de vista do autor de falar sobre essa sensação e imagem de superioridade que o gay macho tenta passar, mas na moral, superioridade é algo tão relativo e estupido, tem muito viado por ai achando que tem o mesmo. O problema é a unilateralidade das opiniões, quando o movimento LGBT parar de apontar dedos e seguir na direção da liberdade sexual, aí sim estaremos abrindo nossas mentes.

Vagno Fernandes

O texto não toca no assunto da liberdade sexual, mas, ele apõe um estilo de vida ao outro. Por isso as pessoas não estão defendendo a liberdade.

Marcos

O que aconteceu na metade do texto? Começou muito bem e depois, sem qualquer motivo, perdeu-se naquilo que mais criticou…
Mesmo assim restou o saldo positivo. Bom texto (pelo menos o início dele…)

Rafael Nova

Ser gay não tem receita. Eu, pessoalmente, não acho uma pena ou lamentável que alguns gays se identifiquem com essa masculinidade. Se eles são felizes assim, acho que a principal mensagem LGBT é a diversidade… Às vezes tenho a sensação de que existe um movimento que recomenda ao “bom” gay negar tudo que seja semelhante à vida heterossexual, que no sexo seja versátil (pois ser só ativo ou só passivo parece até meio mal-visto), e etc. Cada um deve de viver dentro daquilo que se sente bem. E se a pessoa por acaso tem por preferência uma vida com identidade heterossexual, ou masculinizada, mesmo tendo desejo por um homem, é a liberdade dela. Historicamente percorremos um caminho tortuoso em busca de mais tolerância, e ainda acabamos resvalando em julgar como fomos julgados. É preciso abraçar a naturalidade, mas dentro da individualidade, e saber que há beleza em respeito em todas as expressões. Parabéns pelo seu texto, por trazer o tema à discussão.

Antonio

É a homofonia dentro do mundo gay. Alguns tem nojo tão grande do gênero, visto que sempre a sociedade teve essa aversão, que os próprios gays também desenvolvem esse traço, e vivem de censuras. Se não tem atração por afeminados, não significa detestar e não ter convívio nenhum com eles. A tolerância devia ser uma pratica constante e mutua entre os próprios gays, pois estes sempre estão em luta por direitos, mesmo que calados.

Antonio

Muito polemico, mas verdadeiro. Nesse mundo gay, me encaixo nos “menos gay” aparentemente. E por isso atraia outros desse “genero”, mas ao desenvolver um caso, esse tipo específico citado, possui certa aversao, nojo, e repulsa, de uma forma tão evidente, que se ele econtrar qualquer vestigio no seu pretendente, ele logo descarta.
O texto, creio eu, que nao generaliza os gays machoes, apenas citam os discretos-sigilosos, os fora do meio e que combatem veementemente qualquer caracteristica tipica de um gay, seja por falta de atraçao e por um preconceito. Sou masculino, tenho comportamentos como tal , nao saio muito a baladas gay, mas vou as vezes, tenho alguns “vestigios” de um gay asumido, e nao ha mal nenhum em ter, ou nao ter nenhuma caracteristica gay. O. Problema sao aqueles que nao tem, mas combatem esse tipo, nao por atracao, mas por puro preconceito.

Mike

Senti vontade de dividir o meu DRAMA!, sou apaixonado pelo meu melhor amigo a quase 5 anos, ele é bissexual desse tipo gay machão que odeia viadagem, mas na hora H inverte os papeis, nossa relação amorosa não da certo, por ele achar que sou afeminado, voz de gay, e não tenho pau grande, por isso não sente atração por mim, e isso me deixa com muita baixo estima, até então ser gay não era problema, até mesmo era um atrativo pros chamados machões me quererem, no meio gay vejo um certo preconceito contra quem é afeminado, eu mesmo prefiro homem sem esteriótipos, muitos se interessam por mim porque a principio não aparento ser gay e ou afeminado, em fotos, ou com a boca fechada, e com a intimidade reparam a falta da tal desejada Virilidade em mim, e isso torna um problema de interesse, não dá pra tomar partido de nenhum lado, e não rotular ninguém, talvez o fato dos machões agradarem sexualmente mais os gays no geral, ou seja se quisessem feminilidade pegariam mulheres, por isso esse ar de superioridade.

Heinz Aeschimann

Does this article also existe in english or german language?

Luiz

Uau! Que bom que o meu comentário te inspirou, mas lendo o seu texto, parece que você não entendeu nada do que eu quis dizer. Sua visão é limitada em achar que todo gay masculino (e não me refiro ao estereótipo do machão) é reprimido. E reforçou ainda mais essa visão. Aparentemente você defende a diversidade no mundo gay, mas não entende que há gays que são naturalmente masculinos em seu comportamento, e mesmo assim não odeiam afeminados e até gostam das “divas”. Generalizou, como seu amigo James ao me responder.

Marcio Caparica

Oi Luiz! Eu não acho que todo gay masculino é reprimido. Muitos dos comentários negativos a esse post vêm de pessoas que acham que existe um extremo ou outro, sem nada no meio. E por mais que eu tenha tido o cuidado de colocar expressões como “cada um escolhe o quanto quiser” e “o que combinar com sua personalidade”, o povo passa batido. O que me incomoda são os extremos. Eu sou bastante masculino até, mas quando quero não me privo de chamar os amigos de mona, usar pajubá quando torna a conversa mais interessante etc. Eu entendo que há gays naturalmente masculinos e acho ótimo. Não acho que isso os impede de gostar de divas e outras coisas. O que eu repudio é o cara que faz um esforço além do que lhe seria natural para imprimir uma macheza, chegando a desprezar quem não alcança esse ideal másculo que validaria (ou perdoaria?) sua homossexualidade.

Luiz

Não é o que parece. Como muitos comentaram aqui, deu a entender que para um gay ser feliz, a pessoa tem que dar uma desmunhecada, pelo menos de vez em quando. Mas deixando de lado essas impressões e algumas coisas que não concordo, reconheço que você levantou uma discussão super relevante com esse texto.

James Cimino

Amigo, o texto fala sobre gays machistas, misóginos, enrustidos e homofóbicos, não sobre gays masculinos. Percebe a diferença? 🙂

Juliander

adorei o texto! Agora poderia alguém explicar o que é dormir de chanel e vir de vinagrete?? to CUriosa!! ahahah

Marcio Caparica

“Dormir de Chanel” é quando um casal briga e tem que dormir junto, então acabam dormindo com a bunda virada um pro outro, como o logotipo da Chanel. Chanel Logo

“Vir de vinagrete” é quando você vai pra uma festa/evento em que não conhece ninguém, apenas porque está acompanhando o verdadeiro convidado da festa. Você está lá de puro acompanhamento, assim como o vinagrete nunca é prato principal, só acompanha.

Paulo Nascimento

Belo texto Marcio, mandou bem! Muito bacana sua coragem e sua sensibilidade em compartilhar passagens de sua vida para apontar como seu posicionamento foi se reconfigurando ao longo da, como você mesmo disse, sua carreira de viado. Isso posto, tenho uma ressalva e uma provocação. A ressalva é que me parece um equívoco crer que um hétero está “jogado dentro do cerco a sua sexualidade pela sociedade”. Os caras gozam sim de muitos privilégios, e a “patrulha” que Dan Savage disse que eles “sofrem” é mato perto do que nós sofremos. E a provocação que lhe faço é: afinal, você enxerga esses gays machões como aliados em potencial?

Marcio Caparica

Paulo, eu acho que o hétero é jogado pela sociedade nesse cerco e muitas vezes passa a vida sem nem perceber que está sob essa patrulha. Sim, o sofrimento deles é fichinha perto do que os gays passam, mas ainda assim é sofrimento – usando os exemplos do próprio Savage, quantos caras podem por ventura gostar de ter os mamilos excitados, curtir um dedo no cu, ou que a mulher bata nele, mas não se permite porque na visão falocêntrica do mundo isso é coisa que homem não faz?

Quanto aos gays machôes como aliados em potencial, acho sim. Tem um texto que eu pretendo traduzir aqui pro blog em breve que aponta como grande parte da evolução tão rápida dos direitos LGBT em nossa parte do mundo se dá porque tem muito gay enrustido em posição de poder que, por baixo do pano e sempre na encolha, acaba influenciando a legislatura e dando um empurrãozinho a favor dos gays. Esse é um superpoder dos gays que, infelizmente, outras minorias não conseguem ter porque não têm como ficar no armário se quisessem.

Paulo Nascimento

Pô, você respondeu cara… que gentil!
Enquanto essa segregação de gênero estúpida não se rompe, talvez a grande mira política seja nos articularmos de modo que LGBTs, para além de suas filiações partidárias, se associem de modo que façam valer seus direitos.
Já estou no aguardo da tradução pra retomarmos a prosa.
Grande abraço!

André S.

Magnífico texto.
Eu realmente não entendo porque alguns gays estão querendo se sentir superiores e se auto-destacarem apenas porque são o do tipo que “agem como heteros” (straight acting gay guy), e pior, realmente acham que o fato de serem assim querer dizer EXCLUSIVAMENTE que eles são os ativos e que nunca vão ceder à isso, isso é típico daqueles colegas de escola que ficam com um bilhão de garotas por mês, pagando de pegador e saem se achando por isso, fazendo das outras pessoas motivo de chacota sendo que isso nem mesmo poderia ser usada como.
Eu sou assim, eu “ajo como hetero” (por falta de expressão melhor), eu não sou tão afeminado, eu sou mais o ativo que o passivo na minha relação? Sou, porém, EU SEMPRE vou estar apto a ser o passivo se for pra agradar que meu amo. O meu macho, por assim dizer.

Adriano

Na boa, que texto mais infeliz. Vamos respeitar a diversidade gente. Desde quando todos os gays tem que ser iguais ? Quem disse que todos os gays tem que se tratar com gírias do meio. Deixa a pessoa ser como ela quer. Trata se de uma questão de gosto pessoal, e não quer dizer que o tal cara se acha superior so pq não da pinta. Muitas vezes a pessoa mora proximo a família e não que ser apontado junto aos seus como a “bichinha do bairro”, não é pq é que tem que andar enturmado com gays chamando um ao outro de mona, bicha etc, se o cara não quer se enturmar com pintoras ta no direito dele, não se trata de se achar menos ou mais gay é apenas a preferencia da pessoa. E tem mais gays assim do que vc imagina e sinceramente eu me sinto atraído muito mais por um cara que não vivi por ai dando pinta… questão de gosto, de tesão.

Tatiane Corrêa

Entendi o texto e até concordo… Eu sou lés e assim, tenho milhões de amigos gays… e sim, tenho vários desse tipo a que se referiu no texto. Tenho um amigo inclusive que quando sai na rua e vê um gay afeminado olha pra mim e diz: depois reclamam quando apanham, mas que merecem apanhar, merecem, pra virarem homens! Já cansei de discutir com ele e com tantos outros sobre este tipo de comportamento. Machismo já é uó, mas homem gay machista é pior ainda! Tenho inclusive, amigos que são afeminados, mas que na hora de sair se “fantasiam” de macho porque sentem vergonha de mostrarem a feminilidade natural deles. Então, colocam boné, engrossam a voz…. eu acho ridículo, enfim…. quem sou eu pra julgar…. só quis dar minha opinião pq vi bastante crítica desfavorecendo o texto, mas amigos, acreditem, tipos igual ao descrito há aos montes, mais do que imaginam!

amonteiro

o seu comentário deveria ser emoldurado rs, eu mesmo me identifiquei com várias passagens do texto, demorei pra me assumir e derrubar preconceitos, estou com 42 anos e me choca ver como esses mesmos preconceitos ainda são presentes entre os gays.

Arthur

Ser gay no momento certo e na hora certa, falo na questão do comportamento social em determinado espaço.Se manter macho e ”ereto”, ou ser afeminado e ”mole” depende muito do comportamento e do estilo de vida de cada um. Você discorreu muito bem o texto, como sempre, muito bem aproveitado e com um toque ”gay”. rs Abraços

Juliano

Como se todos gays fossem afeminados …. acho isso tão contraditório! As pessoas têm o direito de ser o que quiserem ser! Conheço gay que é muito “machão” mesmo e se não for descaracteriza a pessoa que ela é! Esse post parece discurso de gay mal informado que acha que todos são iguais e têm que ser afeminados! Kd a liberdade de kd um ser o que quiser? Não é isso que o movimento gay prega?? Muito mimimi pro meu gosto!

Pessoa Opinando

No meu entender o texto foi claro ao dizer que não há superioridade entre gays “efeminados” e “masculinizados”, é celebrada qualquer diversidade comportamental a esse respeito. Os dois comportamentos são expressões totalmente válidas e individuais. Entretanto alguns (repito, apenas alguns) gays “machões” talvez o sejam apenas por não terem se permitido experimentar o outro lado, guiados por uma criação heteronormativa, ou até por medo de perderem os privilégios sociais advindos do comportamento heteronormativo.

É claro que também é perfeitamente possível que um gay “masculinizado” simplesmente não se identifique com esse viés da cultura LGBT, e não tenha “trejeitos” simplesmente devido à sua expressão individual, e não movido por tais receios, mas não é isso que é posto em xeque no texto.

Acho até que o comportamento contrário pode acontecer também: alguns (repito, alguns) gays assumem uma postura mais “efeminada” ao se assumirem como gays, talvez por acharem que desta forma estarão assumindo mais abertamente sua homossexualidade (já que parte da sociedade ainda associa homossexualidade exclusivamente a comportamentos “efeminados”) e depois de um tempo alguns destes passam a assumir comportamentos mais “masculinizados” ou mistos ao alcançarem maior aceitação (tanto individual quanto social).

Enfim, tudo é possível, a única coisa que une os gays é a atração sexual (ou somente romântica no caso dos gays assexuados românticos) por pessoas do mesmo gênero, no mais qualquer forma de expressão é válida e nenhuma é superior às demais. Parabéns pelo texto!

Pessoa Opinando

Ademais a parabenização pelo texto, gostaria de fazer umas perguntas ao autor do mesmo, perguntas sobre coisas parcialmente relacionadas ao tema: 1-)você acha que se um gay é somente ativo ou passivo ele o faz por sucumbir a padrões heteronormativos da prática sexual ou isso pode em certos casos ser apenas uma manifestação de desejos sexuais pessoais, sem necessariamente ter relação com a reprodução de um modelo heteronormativo? 2-)Outra pergunta: você acha que o fato de muitos gays se sentirem atraídos exclusivamente pelos “masculinizados” também é fruto de uma criação que coloca a heteronormatividade num pedestal e que isso contribui para uma atitude de auto mais valia dos “masculinizados” ? Ou seria esse fenômeno somente uma preferência, sem vínculo com um modelo de criação? Queria saber sua opinião…

Pessoa Opinando

Ademais o elogio ao texto, gostaria de perguntar a opinião do autor em relação a temas parcialmente ligados ao expoxto:1)Você acha possível que gays exclusivamente ativos ou passivos o sejam somente por preferências pessoais não atreladas a modelos heterormativos do ato sexual?2-) Você acha que o fato de muitos gays se sentirem exclusivamente atraídos pelos “masculinizados” é advindo de uma criação que coloca a heteronormatividade num pedestal, incitando o desejo por pessoal que a possuam? Ou esse fenômeno seria reflexo apenas de uma flutuação natural das preferências sexuais, sem atrelação a modelos de criação? 3-)Acha que de uma certa forma essa atração exclusiva de muitos gays pelos “masculinizados” contribui para a sensação de mais valia que alguns destes nutrem em relação aos “efeminados”?

Anna Beatriz

Olá! Gostei muito do texto. Especialmente porque sou psicanalista e trabalho há alguns anos acerca da sexualidade feminina e uma de suas vertentes que é a feminilidade. Achei muito interessante o que Márcio aponta quando trata do repúdio a (crase) feminilidade por parte do homossexual aqui chamado de machão. Agarrado ao falo, ainda atribuído a (crase) mãe, fixa sua sexualidade e se fecha no narcisismo dessa relação ainda mais.
Como o Márcio tão bem falou e, me permitam subverter, é um trabalho enorme sim (pelo falo e para) negar a castração.
Parabéns pelo texto e pela rica discussão!

Henrique

Você não é menos gay porque não escuta divas do pop. Você não é menos gay porque prefere ser ativo. Você não é menos gay por ser “másculo”. Você não é menos gay porque não frequenta baladas gay. Você não é menos gay porque tem mais amigos héteros do que gays. Você não é menos gay porque é “discreto”. Usar palavras como “passivinha, bichinha, bicha” de forma pejorativa e com intenção de ofender, não te torna menos gay. Não se sentir atraído por “afeminados” é uma preferência sua, e isso não te torna menos gay e não te da o direito de tratar mal quem quer que seja. Se você tem relações com uma pessoa do mesmo sexo e ainda assim, de alguma forma, pensa que é menos gay por qualquer motivo: não, você é gay e isso não vai mudar independente das suas preferências ou comportamento. Na realidade você é um babaca com problemas de homofobia e preconceito interno. Não há nada de errado em ser gay, então não seja um babaca.

Luis Saraiva

Ser “macho” seria uma escolha, íntima, pessoal, atrelada a desejos “genuínos”? Fiquei pensando nisso com o texto e com os comentários. Não me parece estar em jogo se alguém deve ser assim ou assado e deus nos livre que Marcio tenha pregado qualquer coisa – o que definitivamente não me parece o caso. O que está em jogo é pensar como que certas exigências para existências vão sendo construídas. Parece-me hegemônico que nosso desejo se volte para modelos masculinizados, com poucos traços afeminados. E hegemônico que tentemos nos portar assim. Tá, o mundo nos exige, verdade. Mas o que dessa exigência se conecta com algo em nós? Porque se conecta – basta olhar para nosso desejo cotidiano. Ora, crescemos em um mundo atravessado por mioginia e machismo: mulheres (e características tidas como “femininas”) são vividas como repulsivas, desprezíveis, condenáveis, hierarquicamente inferiores. E algo em todos nós é misógino e machista. Mas alguns sabem disso e procuram combater… Outros tomam como natural, como se dissesse apenas de diferenças e escolhas pessoais.
Bacana esse convite feito por Marcio: pensar como essas exigências de masculinidade vão sendo construídas em nossas vidas. E como restringem nossas vidas. A tal ponto que nem conseguimos perceber…

Rafael

De fato, entendi sua opinião, porem você generalizou muito, porque, sou um gay, que não curto coisas de gay, por preconceito e sim porque não me agrada! da mesma forma que não me sinto atraído por gay “afeminados”, tanto pelos gostos musicais e etc. como eu sempre digo, eu não curto negros e asiáticos, porem não é preconceito, apenas não me sinto atraído.

ricardo

Entendo vc amigo rafael, mas essa sua afirmação categorica ainda pode ser fruto da edução imposta pela cultura. Pode ser na verdade uma imposição inconsciente de parametros onde vc pode não estar, na verdade, exercendo sua totalidade, principlamente se for adolescente. Eu pensava da mesma forma… na verdade fui quebrando paradigmas heteronormativos que me construiam o intimo e certamente me faziam sofrer mais q ter, na verdade, prazer, por tudo q o colega discreve no texto tão rico. No fundo pode haver sim gays como vc não discordo, mas na minha experiencia de 50 anos, mesmo q seja assim arrebenta-se, por neuroses que já são pesadas nos heteros insensiveis, imagina no gay que esconde multiplas faces, cruelmente pela repressão, do q pode ser sua personalidade mais livre. E isso mesmo que seja natural seu jeito por que a patrulha inconsciente pela afinização com o que seja “normal”. ESTEREÓTIPO. Enfim o tempo é quem diz. com todo respeito ao q vc categoriza e tem todo o direito.Abço

Tarcísio Medeiros

Eu adorei o texto!
quando era adolescente eu cheguei a pensar pq eu não era tão carinhoso com as meninas quanto meus amigos, e me achava diferente. Porém aqueles mesmos em que eu me espelhava, descobri serem gays depois. Um extremamente enrustido, e outro abertamente assumido e afeminado. Eu entre os dois.

Eu não sou afeminado, já recebi “Você nem parece gay”, mas ao contrário, eu tratei isso como uma crítica.
Seria hipócrita se eu não afirmasse que eu prefiro os másculos para um relacionamento sério, mas acredito que isso é apenas uma preferência, não? Mesmo assim, adoro os meus amigos, e quanto mais afeminados, mais eu me divirto com eles. e claro que como disse no texto, nos envolvemos com o meio, já passei da fase do “não me chame com artigo no feminino”, e hoje eu faço isso com os amigos mais numa questão de brincadeira, acho engraçado isso.

Uma pena que existam pessoas que acham que se dizer macho-alfa é algo positivo. Eu prefiro aqueles que simplesmente são, do que os que abrem a boca pra dizer que são…

Francisco

Poxa, mas que texto mais infeliz e preconceituoso esse!
Ele praticamente tece que para ser gay livre e bem consigo mesmo é ter que ser gay fluente em gírias gays, ser afetado e ser inserido no mundo gls. Que gay é um ser ultra especial diferente, praticamente de um mundo paralelo, como se tivessem superpoderes.
Logico que existem gays que se “vendem” como machos alfas, que acham os pintosos inferiores. Mas e os gays pintosos ultra mega estilosos (na cabeça deles) que adoram esnobar quanto ganham, para onde viajaram na Europa, onde tomaram café em Paris, quanto gastam em uma miserenta camiseta de marca somente para simplesmente regurgitar a sensação de falsa superioridade que tem??? Esqueci dos que compram Iphone ficam meses financeiramente apertados para saírem se exibindo. Ah, tem os que pagam absurdos valores de “camarotes vips” em boates somente para dizerem para as “amigas” que estavam lá, como se fosse um pedestal (e mal tem dinheiro para pagar o aluguel da kitnet na área nobre).
E não, não são poucos. São muitos que fazem isso, assim como lotarem academias para ficarem malhados, tomando suplemento achando que vão “arrasar” na noite. E vão (na cabeça dele), mas depois estão reclamando da solidão. Aquela que existe de Segunda a Quinta, porque o final de semana inteiro o roteiro vai ser sempre o mesmo.
Enfim, taxar de problemático o gay que não se identifica com o universo gls, não fala gírias do biches, e nem se acha uma diva onde quer que esteja é de uma hipocrisia tão grande que assusta.

James Cimino

O texto não é sobre pessoas que não se identificam com o universo LGBT, é sobre pessoas gays que rejeitam esse universo em nome de uma pretensa superioridade masculina em seu comportamento. Ele tampouco faz apologia a esses comportamentos que você citou e que nós também rejeitamos.

Adriano

Entendo James que em alguns casos seja assim, a pessoa ate tem vontade mas renega pra não “se manchar” não ser visto. Mas não se pode generalizar as vezes a pessoa não gosta mesmo do universo gay e nem de gays afeminados. Não significa que estão rejeitando ou sintam se superiores por isso. Eu sou gay, sou passivo, ja fui em todo tipo de lugar pra conhecer e ver como é o publico a musica etc (pq sou assim antes de dizer que não gosto, eu experimento pra ver como é), não gostei, não curti nem senti tesao pelo perfil dos frequentadores, nada me atraiu ou me fez ter vontade de voltar, portanto não fui mais, não me acho menos gay por isso, e no que tange a sexo e a aceitação eu me dou muito melhor fora do meio. Sei que o preconceito dentro do meio gay é igualzinho fora dele.

Paulo Santos

Esse artigo é extremamente unilateral e embebido em esteriótipos, colocando o homossexual como amante do falo e também põe em cheque o estilo de vida consciente dos homossexuais masculinos que não curtem o ambiente GLBTCZRX. Meu namorado fala que sou o gay menos gay que ele conhece e na boa? Não me sinto bem em ambientes gays por não gostar muito da música. Sou rockeiro, homossexual fora do armário, apenas ativo, extremamente bem resolvido e sinto-me muito bem assim. Como disse, esse artigo é unilateral e não condiz com a realidade. Compartilhei com amigos similares a mim e a opinião foi unânime: esse artigo provavelmente foi escrito por um homossexual preconceituoso no que tange a sexualidade de um gay “machão”. E para terminar: a maioria dos homossexuais preferem se relacionar com um gay “machão” pelo tesão de estar com um cara viril e ainda contam vantagem “prazamigah” que pegaram um “bofe escândalo” (seguindo a licença utilizada pelo autor do artigo).

James Cimino

Caro Paulo, meu ex-marido também dizia que eu era o gay “mais hetero” que ele conhecia. Ele não estava sempre falando isso como um elogio, porque identificava em mim alguns comportamentos machistas. Eu também não gosto de muitos clubes gays e heteros pela péssima música que tocam. Mas dizer que eu não me sinto bem em lugares gay é no mínimo revelador. Eu e o Marcio adoramos rock, você pode notar isso pela trilha sonora do nosso programa. Só que nós não adoramos apenas o rock. Nós também, em um primeiro momento, não parecemos gays. Mas não fazemos o menor esforço para isso. E também não temos o menor problema em desmunhecar e ferver com azamigue. Todo mundo pensa que eu sou ativo, mas olha só, em 80% das minhas transas sou passivo. Agora, dizer que o artigo não condiz com a realidade é no mínimo desconhecer a realidade machista do mundo em que vivemos. E maioria dos gays prefere se relacionar com quem os ame, com quem tem caráter e isso independe do que aquela pessoa parece ser. Agora, se você acha que ser roqueiro, ativo, macho te faz melhor que os outros gays efeminados, esse artigo foi escrito diretamente pra você e pros seus semelhantes. Mas se você não é assim. É apenas um cara masculino nas atitudes, esse artigo não é sobre você. Então tira essa carapuça que ela não te pertence. O texto não diz que você tem que desmunhecar pra ser gay de verdade. Diz apenas que o fato de você não desmunhecar não te faz superior a ninguém. O resto é pura especulação e interpretação equivocada de texto.

Dan

“Nós também, em um primeiro momento, não parecemos gays. ”

Talvez pro mundo hetero, mas gays reconhecem vcs como gays facilmente.
Essa frase acaba revelando um ligeiro orgulho em não “parecer” gay.
Ou no valor que isso agrega.
Enquanto os heteros parecem se importar cada vez menos de parecer gay, os gays continuam amando parecer hetero.

James Cimino

Então cara, vc tem problemas cognitivos sérios. Primeiro leu o texto com uma interpretação equivocada. Agora não entendeu a ironia do meu comentário, já que isso foi uma resposta a quem diz que a gente tava defendendo as pintosas porque somos pintosas. Eu não preciso ser negro pra ser contra o racismo. Sério. Leia com atenção, mas com muita atenção.

Lucas

Só li verdades! Não importa se é machão ou efeminado, a verdade é que todo cara gay ou bi adoraria ter um machão para sim e vejo isso na realidade. Conheço várias afeminadas que vivem de contar vantagem pras amigas que pegou tal “bofe”. Outra coisa, os próprios afeminados vivem atrás de machos, tiram sarro se duas bichas ficam ou namoram dizendo que elas estão “quebrando a louça”. Na boa, a hipocrisia vem dos dois lados, tanto dos machões que se sentem superiores quanto das bichinhas que são recalcadas e querem transformar militância em terapia de grupo ou utilizam suas ideologias para tratar das próprias frustrações, recalque mesmo.

Rafael

Bee, amei o texto! Disse tudo, gata! Bjocas de luz e purpurina! 😉 hahaha Brinks! Muito legal mesmo o texto. A heteronormatividade é algo tão opressor com os homens heteros pq tira deles o direito de ser quem querem ser, ou os forja a pensar de uma determinada maneira. Isso respinga em quem é homossexual, criando um paradigma Homem Hetero> Homem Gay Machão>Homem Gay Bichona. Oq definitivamente num tem nada a ver, mas que muitas vezes é socialmente tratado como verdade. Num sei se tem saída pra isso n. Num vou dizer que não me seguro em determinados momentos e acabo me privando de mostrar um lado de mim que talvez fosse até mais verdadeiro. Talvez seja tudo homofobia internalizada mesmo… O texto ficou muito bom, parabéns!

Rafa

Bixa a senhora sabe escrever bem mexmo, viu viado?!
Ainn dei pintãn :*

Pedro

sou super fã dos seus textos! às vezes parece até que fui eu que escrevi, alok! parabéns pela sua visão, me representa! (y)

Luiz

Talvez algumas pessoas não tenham entendido o texto. A proposta é que você, ao se assumir, se aceitar e se entender como gay, deve ser livre para fazer o que tem vontade, sentir-se livre para ser como é, se vestir e se comportar da forma que desejar sem as amarras da heteronormatividade, afinal, você é um gay. Existem preferências, perfis, comportamentos, personalidades, eu por exemplo sou muito discreto na maioria das vezes, mas isso acontece por eu não gostar de chamar atenção, logo sou discreto em relação a tudo não só à minha sexualidade. Por outro lado meu namorado é super espontâneo, dá pinta quando quer, em qualquer lugar, brinca, e eu não o censuro, me sinto bem como sou e quero que ele se sinta bem do jeito que é. A questão levantada pelo texto são gays que se fazem de machões e levantam uma bandeira de heteronormatividade forçada, que se orgulham por serem machões, ativos (sim, tem muitos que se sentem superiores por serem ativos, como se a posição na hora do sexo te deixasse menos ou mais gay, heteronormatividade novamente, ”quem é o homem e quem é a mulher?”), e que desprezam ou se sentem superiores àquelas bichas pintosas, veados. Enfim, o texto não poderia ser mais claro, quem discorda e está tentando encontrar contradições ou tem problema de interpretação ou é justamente o tipo de gay-macho-quase-hétero descrito no texto.

Parabéns Marcio!

Dan

Queria muito entender porque vcs meio que debocham de quem – segundo vcs – não entendeu o texto, chegando a propor terapia ou dizendo que a pessoa tem problema de cognição.
Porque acaba que nem aquele Constantino na Veja que se defende agredindo as pessoas.
Vocês são tão inteligentes, tão divertidos, tão especiais, que não precisam desses expedientes, mesmo quando o sangue sobe com comentários bizarros.

James Cimino

Amigo, eu não debochei. Eu expliquei timtim por timtim de que se trata o texto. Se você enxerga nele coisas que te ofendem, mesmo afirmando não ser como as pessoas de quem o texto fala, eu recomendo terapia em vez de ficar aqui querendo insistir em uma interpretação equivocada. Ofensa seria se eu te chamasse de burro, idiota, ignorante e eu não fiz nada disso.

Maurício Jardim

O problema não é a opinião em si mas o fato de ter generalizado e consequentimente subestimar o tal comportamento.

Bruno

Acho que o pior preconceito é do gay contra gay. “Gay macho” contra “gay bixa” que o taxa de afetado. “Gay Bixa” que taxa “gay macho” de enrustido. Até ouso que o “gay bixa” chega a ser mais preconceituoso com o “gay macho” do que o contrário. Aliás, se cada um respeitasse a individualidade do outro, este texto nem precisaria ser escrito, apesar de eu ter o achado cheio de “preconceitos” “enrustidos” no próprio autor. Acho que o gay macho não se acha menos viado que o gay bixa não, estes que se sentem inferiorizados. Sabe-se lá o pq! Obs: Opinião de um gay que não se acha “gay macho” nem “gay bixa”, apenas de um gay que respeita o jeito de ser de quem quer que seja, gay ou hétero!

Maurício Jardim

CLASSE MAIS DESUNIDA ESSA…….. E PIOR, SE HÁ MACHÕES GAYS É PQ HÁ BICHAS COMPLACENTES COM ESSES CARAS…….. ALIÁS TEM BICHAS QUE PREFEREM CARAS COMO OS CITADOS NO POST, PREFEREM E SENTEM FETICHE POR ELES. UMA COISA ESTA VINCULADA A OUTRA.

MAL DAS BICHAS SE NÃO FOSSEM OS MACHÕES! USANDO O TERMO PEJORATIVO USADO PELO AUTOR, TERMOS ESTES QUE NÃO ME CAI BEM EM DIZER.

MACHÕES E GAYS SÃO TODOS HOMENS E É ISSO QUE IMPORTA. SE UM É MAIS OU O OUTRO MENOS, NÃO INTERESSA.

FORA PRECONCEITO!

Thiago Mendonça

Infinitos parabéns pelo texto! Achei muito legal ter ressaltado que não há nada de errado em não ser afeminado, mas em contraponto, também não há nada de errado em se permitir ser! Algumas pessoas acreditam que existe um progresso obrigatório no processo de auto aceitação no qual o cara sempre acaba virando um gay pintosa no final das contas, mas isso é uma grande mentira. Não sou afeminado, mas concordo contigo quando diz que não existe nada mais exuberante do que essa nossa cultura, me sinto bem melhor perto dos meus amigos bicha loca do que perto dos machões… E acima de tudo, admiro infinitamente a coragem deles por serem assim.

William

Quantos desses que comentaram/leram e/ou curtiram isso coloca no GRINDR q não curte afeminado

Maurício Jardim

Se não curtem afeminados, não significa que não curte como pessoa, mas que nãosente atração por elas, é o meu caso. Não considero que isso seja machismo, eu simplesmente não me sinto atraído por pessoas afeminadas. Isso é problema? Isso é ser superior a alguém (ou inferior?).

O texto faz uma crítica pesada a uma pequena ala que realmente existe, mas que se existe há uma explicação (pelo menos para eles), e só nos resta respeitar. Cada um sabe de sí, cada um sabe onde o seu calo aperta. Duvido que pessoas assim se acham superiores, ou vcs acham que eles não sofrem por serem assim? Todos nos, gays assumidos, pelo menos por algum momento de nossas vidas fomos assim. Não cabe ali um julgamento.

Alexandre RFBueno

Putz…Quanta infelicidade, que escorregão hein! PALAVRAS INFELIZES ESTAS ACIMA! Caro Márcio, sou fã a mto tempo dos teus post, mas na minha discreta opinião vc escorregou feio neste acima. Confesso que certas frases do post li sentindo nojo e azia no estômago. Não porque eu sou gay machão (já fui), mas suas palavras representam um mega preconceito dentro de vc. Essas palavras não combinam em nada com um cara inteligente e ativista da causa gay. Toda a forma de viver desde que não interfira no bem-estar do outro é aceitavel. Vc simplesmente julgou um estilo de vida que pode ser apenas momentâneo na vida de um gay, mas se não for momentâneo é o estilo de vida que combina com essa pessoa e ela tem os motivos para assim o ser. Considero suas palavras no post acima destrabalho dentro da causa gay. Considero ainda que suas palavras ou reforçam ou insuflam o preconceito dentro do mundo gay. Resultado: O cara sai de um mundo hetero e tenta entrar no mundo gay (que parece ser é o seu) e dentro desse mundo existe ainda mais preconceito. Li e reli suas palavras para ver se era realmente isso mesmo o que vc estava dizendo, e pior que era. Ainda nem li os comentários, portanto se apenas o meu for negativo, vai ser uma pena, mas eu considero que vc escorregou feio desta vez. Nunca se esqueçam que vcs do lado bi são antes de tudo ativistas da causa gay, e portanto tem muita gente que precisa de vcs. Vcs são as últimas pessoas que deveriam julgar certos tipos de comportamento de gays. Creio que vcs precisam ter um cuidado muito grande com as palavras, opiniões, mesmo tendo o direito de emiti-las. Sua posição no texto acima incita o preconceito, sem falar que pelo menos por um certo momento na sua vida vc assim o foi. PRECONCEITO ESCANCARADO! LAMENTÁVEL!

Sergio

Existe homofobia internalizada de ambos os lados. O gay machão não gosta do afetado, que por sua vez adora chamar os amigos de bixa, viado. Se não gostamos de ser xingados, não deveríamos nos xingar também, ainda que de brincadeira.

Marcio Caparica

Acho que quando os gays se chamam de bicha e viado, estão usando o famoso expediente de se apropriar de um termo a princípio ofensivo (expediente usado também pelos negros, principalmente nos EUA) para tirar dele o poder de causar dano. Como muitas coisas, depende do contexto. Dois viados se tratando por “bicha” não estão se xingando, estão ressaltando uma característica em ambos com o consentimento inferido de ambos. Acho que é uma situação bem diferente de um cara que nos xinga de bicha. Esse fim de semana mesmo, estava andando de mão dada com meu namorado na rua, e uma mulher repetiu pra nós “Adão e Ivo” com um rancor tão pesado que era pior que se tivesse gritado “viado”.

Rohan

Muito obrigado pelo seu comentário Marcio, ele fez meu dia…
Já perdi as contas quantas vezes fui julgado, dito como preconceituoso, por ser gay e mesmo assim usar tais termos… Bem, não me considero preconceituoso, não uso bicha ou viado de maneira a ser pejorativo ou diminuir qualquer um, acho que a comunidade LGBT já fez cair essa pejoratividade do termo… Uso de maneira até as vezes muito carinhosa com amigos próximos… Dessa maneira acho muito mais válido levar em conta a situação e a intenção do que o significado de simples palavras e sentidos trazidos de séculos… Já fiquei extremamente comovido por amigos, até mesmo héteros, dizerem “Te amo/adoro viado” e ao mesmo tempo já me senti extremamente mal sobre comentários feitos para mim me chamando de homossexual, ou denotando minha homossexualidade (note que a pessoa se preocupou em usar termos socialmente corretos) mas cheios de ódio trazidos em si…

Obrigado pelo esclarecimento~

Sergio

Concordo totalmente que a “prosódia” ou a entonação indiquem a intenção, assim como quando Ivete diz carinhosamente que quer ‘um negão do seu lado’ em uma música não é racismo. Da mesma forma quando um gay chama o outro de urso, ou um hetero uma mulher de gata.

Porém nenhum desses animais (gato, urso) possui histórico de preconceito cultural enraizado como o probre do veado. Inclusive lá fora ninguém vai se ofender se forem chamados de “deer”.

O texto faz uma crítica muito bem colocada sobre o “gay machão” ao citar sua discriminação de gênero aos gays efeminados. Só é interessante ressaltar que da mesma forma que eles repetem o machismo heteronormativo, alguns gays efeminados estão, muitas vezes, reproduzindo padrões homofóbicos, mesmo sem perceber.

É até compreensível porque está na nossa cultura. Nós gays brasileiros nascemos em uma cultura heteronormativa e religiosa, e é muito difícil não tenhamos um mínimo de homofobia internalizada inconsciente, mesmo os gays fora do armário.

Essa rivalidade entre gays (machões e efeminados) é tão familiar quanto ver negros x gays, protestantes x católicos, ou seja, os preconceitos se entrecruzam.

Como diria Paulo Freire: “o sonho do oprimido é ser opressor”.

Sergio

Eu costumo me policiar pra não sair falando que “neguinho faz isso ou assado” ou que tal coisa pode “denigrir” a imagem de uma pessoa. Também não me sinto confortável ao chamar meu amigo de viado, mesmo que em tom de brincadeira.
Penso que a comunidade Lgbt de um modo geral deveria rever também seus conceitos, assim como o gay machão não consegue enxergar que é tão gay como qualquer outro. No fundo gays se discriminam e não vêm que em ambos os lados existe sim resquícios de homofobia internalizada que precisa ser combatida.

Rodrigo

Pois é… vejam que nem todas as pessoas escolhem ser mais ou menos viados. Nem todos querem dar pinta, mas dão. Por que? Uma brincadeira da natureza? Pode ser… Uma alteração hormonal?? Mais provável. No entanto, todos são seres humanos, iguais em formação biológica mas diferentes no agir, no sentir, no viver… no amar. Somos todos um só! Ativos ou passivos somos todos gays.

Enfim, muito bom o texto. Pena que muitos machões continuem por aí arrotando macheza pra outros machos verem.

Alberto

Gosto de abacate e não gosto de kiwi, isso é gosto, não tenho preconceito…simples né?… Sou gay, sou macho, gosto de esportes, faço luta..e nem por isso me sinto superior a ninguém…mas gosto de ser macho (pois sempre fui assim), e gosto de macho…mas ando com todo tipo de ser humano, gay macho, gay feminino, hetero de todos tipos, mulheres q gostam de homens, mulheres q gostam de mulheres, mulheres q gostam de gata, ricos pobres,loucos, alegres, tristes, ou seja…humanos. Viva e deixe viver, sem rótulos.. Gosto e curto ser como eu sou..gay macho que apenas gosta de outro macho…sem me sentir superior a ninguém. Simples assim!

James Cimino

“Discrição” = na maioria dos casos morro de vergonha de ser gay e acho que tenho que me esconder. Gente discreta é discreta em tudo. Não apenas em relação a sua sexualidade. Agora, não vejo os heteros fazendo questão de serem discretos com suas vidas sexuais.

James Cimino

Bom, se você não se sente superior a ninguém por ser um “gay macho” (o que quer que isso queira dizer, já que, por definição, “gays fêmeas” são comumente conhecidas como lésbicas), esse texto não é para você e não há motivo nenhum para você se ofender. O texto não fala que alguém tenha que mudar seu comportamento, mas que um gay que se porta de forma mais masculina não tem o direito de discriminar um gay que se porta de forma feminina porque no fim das contas TODO MUNDO DÁ O CU E CHUPA ROLA. E, sinceramente, acho de uma pobreza gente que se define demais como “sou macho e só curto macho”. E sabe por quê? Porque gente assim vive uma vida tediosa, previsível e dificilmente se permite se surpreender. O bom de ser gay, e é disso que o texto falar, é poder brincar de tudo. É ser livre é se permitir. É disso que o Marcio tá falando. E se você está se ofendendo, meu amigo, é porque o texto pegou no seu calcanhar de Aquiles.

Alberto

Eu nem me ofendi e o texto não pegou no meu calcanhar de aquiles, apenas dei minha opinião e relatei q sou feliz assim. Se a minha felicidade por me aceitar e não precisar forçar a barra pra ser gay macho te incomoda, ai isso já não é problema meu. Sou feliz assim, tenho uma vida maravilhosa, sem preconceitos e sem me achar melhor ou pior q ninguém. Simples né!

James Cimino

Então repito o que já disse. Se você é feliz assim e não usa isso pra subjugar ninguém, esse texto não é sobre você e você não tem que se ofender com ele, porque o texto não diz em nenhum momento que alguém tem que desmunhecar para ser feliz. Nós dois, eu e Marcio, somos aquele tipo que as pessoas olham e dizem: “mas vocês nem parecem gays”, como se devêssemos ter um selo de viadagem na testa. E não, sua felicidade não me incomoda. Eu nem te conheço. 🙂

Bruno

Marcio, adorei a sua colocação. Acho que pelo fato de ter vivido praticamente tudo o que descreveu e compartilhar da mesma opinião. Gostaria poder indicar esse texto à algumas pessoas que conheço com a garantia de não perder a amizade delas (maldito mundo enrustido), mas o farei assim que surgir uma oportunidade. Sucesso procê!

Daniel Rodrigues

Nos quatro últimos parágrafos , as contradições do texto gritaram!

“Não estou dizendo que todos os gays deveriam ser bichinhas poc-poc para se tornarem homossexuais verdadeiros e completos.”

Sim, está. Isso está mais que claro.

“Mais uma vez: cada gay pode escolher quanta exuberância e o que dela serve para si.”

Contradição. Diz que tem poder de escolha, mas critica escolhas que não se identifiquem com a afetação. É bom ter a definição de “exuberância”. Se ele tem a prerrogativa de escolher o nível de “exuberância” que serve para si, você não tem a prerrogativa de questionar caso ele escolha não adotar nenhuma por falta de identificação.

“Amarrar-se a uma masculinidade completa é a verdadeira demonstração de uma visão limitada do que é ser gay.”

Isso é dizer que o masculino absoluto é incompatível com ser gay. Onde que atrelar o “ser gay” intrínseca e exclusivamente com o universo feminino é uma visão ampla?

“E pior, ceder a esse medo não traz vantagem nenhuma.”

É preciso uma pré-disposição ideológica para dizer que um homem que ser masculino implica em “ceder” a um medo. Parece o discurso homofóbico de que “homem = hétero” e “gay =/= homem”. Não era para quebrar essa lógica?

“Ninguém além do próprio vai considerá-lo um gay melhor por isso – nem os héteros, muito menos os “outros” gays.”

Obviamente não é algo neutro como alega. Ao que tudo indica, os “gays de verdade” (que é a distinção que parece fazer quando fala dos gays afetados, que parece ser o complemento dicotômico afirmador do discurso do mainstream do “homem de verdade”) irão considerá-lo pior se ele não for afetado e o considerarão melhor se ele for afetado. O artigo ainda incorre no erro de considerar sinônimos o fato de ser viril com estar no armário.

No final das contas, parece que o texto passa ao largo de defender o direito genérico de ser o que se é. Defende-se uma determinada de expressão como legítima e outra ilegítima além de ainda querer cagar regras sexuais sugerindo que as pessoas, ao invés de fazer sexo por prazer, façam sexo por caridade e tenham uma vida sexual sofrível fazendo o que não gostam.

Lamentável.

Tarcísio

Mania que esse povo tem de dissecar o texto procurando contradições…
Ele pode ter se expressado errado em alguns momentos, mas entendi o ponto de vista dele, o que é o mais importante.É natural que em um assunto tão delicado percamos a linha do raciocínio e pensamentos confusos se expressem.
Cara, porque ao invés de criticar, e já que você tem opinião formada, não escreve uma também? Esse tipo de comportamento me irrita.

Alexandre RFBueno

É o primeiro que concordou comigo. Belas palavras as tuas e infelizes as do autor do post, recheadas com o gosto amargo do preconceito de quem justamente esperaria que se lutasse para o combater.

Dan

Concordo contigo também, Daniel. Também tive essa impressão dos últimos parágrafos. Contudo, a parte do começo, que fala sobre o fato do hétero viver em um círculo social que vive incentivando-o a provar o tempo todo que é macho, é uma descrição perfeita do que acontece.

João Paulo

Os viados pintosos incomodamos porque nos fazemos visíveis. Somos nós que tornamos manifesto todo o preconceito e abalamos as estruturas da hipocrisia. Nós que tomamos a linha de frente e temos de suportar todo o rancor que nos destina os cidadãos de bens, por termos nos rebelado contra a clandestinidade, que é o nosso “lugar de direito”. Não pensem vocês que foram os peitorais definidos e sem rosto do Scruff ou Grindr que foram “tomar bala” em Stonewall para que toda uma geração de americanos tomasse consciência da repressão policial dirigida contra a comunidade gay. Nem que foram eles os internados em hospícios insalubres antes do “homossexualismo” ser finalmente retirado da lista de transtornos mentais. Nem muito menos que foi um deles que precisou ser brutalmente torturado e morto para que os horrores da violência homofóbica se fizessem visíveis aos legisladores chilenos que aprovaram a Lei Zamudio. Fomos nós, as bichonas. Nós que desprezamos o dom de Deus que é ser machos, de pau e culhões. Que encaramos a intolerância e a fazemos nos olhar nos olhos. Por isso tudo, acho que os “caras discretos que curtem um lance na encolha” deveriam pelo menos serem gratos a nós, viados, por poderem dar o rabo sem se preocuparem com a repressão do Estado, já que têm vergonha de se sentir parte da mesma comunidade que nós.

Jota Araujo

Excelente colocação…é o que penso dos gays-pseudo-machões que conheço por aí

Johnatan

Não acredito que estou lendo isso Meu Deus do Céu: A COMUNIDADE GAY ESTA EM GUERRA: bichonas versus machões enrustidos. PELAMORDEDEUS, ME POUPEM… vão caçar o que fazer……..

Pedro Dias

Parabéns pela discussão Marcio. E pra ilustrar com imagens o que João Paulo falou, heis um vídeo mto bom:

Will

Excelente texto, sincero, elegante, carinhoso e justo. Parabéns. Parabéns.

Dinhö

“O lado bom de ser gay
É poder dá pinta de gay
Porque se você já é gay
Não tem problema dar pinta de gay”

Acho libertador!

Jonathan David

Eu me identifiquei muito com o post, quando me descobri gay tinha uma repulsa aos gays mais afeminados, porque achava que todo mundo me veria desta forma, sendo que eu não sou afeminado, diria que sou uma contradição por gostar de esportes, games e ao mesmo tempo de Madonna, rsrsrs. E ao abrir a minha mente, foi extremamente libertador, passei a conviver com todos os tipos de gay, aprendi a respeitar a natureza de cada um para exigir que respeitem quem eu sou e acabei construindo minha identidade gay, e me livrando do estilo heteronormativo que existe por aí. E acho ridículo esta coisa do querer parecer com isto ou aquilo, dá muito trabalho parecer do que ser.

Bruno L.

Acho que isso faz parte da saída do armário. A saída do armário é todo um fenômeno e não deveria cair na simples conceituação de “assumir que é gay”. Sair do armário é mais que isso. Agradeço de verdade pelo trabalho do LadoBi, Márcio e James.

Muito embora repudie essa conduta do “sou gay, mas não pareço”, eu consigo entender. Um dia fui assim também. A questão é que os gays não se aceitam, a sociedade não aceita, a família não aceita, então se não tem jeito, que pelo menos seja o menos afastado da “normalidade”. O pensamento é esse:” se é pra gostar de macho, que pelo menos se comporte como um.” É neste diapasão que discordo de você, Márcio. Ceder ao medo do “mundo gay” traz inúmeras vantagens, no ambiente amoroso-sexual, no familiar, no social e no ambiente de trabalho também.

É nesse contexto que eu repudio essa conduta.A masculinidade não reside aí, reside em outras coisas. Alguns se dizem tão machões, mas morrem de medo de abrir a boca e dizer:” sou gay mesmo e daí?” tsc tsc tsc

marcos

NO MEU CASO,DESDE NOVO SABIA QUE ERA GAY,SEMPRE MUITO DISCRETO MAS SEM ME PREOCUPAR SE ALGUÉM VIESSE A SABER ,POIS NUNCA ME PREOCUPEI EM SER DISCRIMINADO PELA FAMÍLIA,VIZINHOS OU A SOCIEDADE.A MAIORIA DOS MEUS AMIGOS SÃO HÉTEROS E OS MEUS NAMORADOS TAMBÉM ERAM DISCRETOS.ATUALMENTE NAMORO COM UM CARA QUE É UM POUCO MAIS AFEMINADO,SÃO 6 ANOS DE NAMORO,NO COMEÇO FIQUEI UM POUCO RECEOSO EM RELAÇÃO A ISSO,MAS LOGO FOI SUPERADO POIS GOSTO DEMAIS DELE , E EM MEIO A TUDO ISSO AINDA TEM O FATO DE EU SER ROQUEIRO,ENTÃO PENSAVA:COMO CONCILIAR TUDO ISSO,JÁ QUE NÃO QUERIA E NEM PODIA ESCONDÊ-LO DE MEUS AMIGOS.AOS POUCO FUI QUEBRANDO ESSA BARREIRA,PEDINDO PACIÊNCIA A ELE ,POIS O ESTILO MUSICAL DELE É OUTRO.NÃO DEIXO DE CURTIR OS SHOWS ,MEUS AMIGOS O CONHECEM E O RESPEITAM MUITO DO JEITO QUE ELE É SEM CRÍTICAS,OFENSAS;SÓ NÃO CONSEGUI AINDA QUE ELE FOSSE A ALGUM SHOW COMIGO POIS ELE NÃO GOSTA DO DIGAMOS “TUMULTO”.MAS O MAIS IMPORTANTE DISSO TUDO É QUE ESTAMOS FELIZES JUNTOS,COM NOSSAS DIFERENÇAS.SUGIRO UMA MATÉRIA SOBRE OS ROQUEIROS GAYS. FORTE ABRAÇO!

Jota Araujo

Gostaria bastante se tivesse um post com rockeiros gays (tanto artistas, quanto fãs,como nós…boa mesmo!)

diego pinto

Concordo muito quando você diz ” Não adotar alguns (ou muitos) comportamentos pintosos porque não se identifica com eles é normal e razoável.”
Eu penso o seguinte: Não existe uma identidade Gay assim como não existe uma identidade Heterossexual. E QUALQUER tipo de normatização é um retrocesso.
Eu não recrimino um cara por ele ser “machão” da mesma forma que não recriminaria um hetero por ter traços femininos. Acho que seria maravilho se todos pudessem ser o que quisessem ser sem sofre julgamentos por isso.

Dito isso, digo que o grande problema (e talvez onde o texto deveria ter se concentrado) é pensar que por ser “macho” você é superior a uma “bichinha”. Isso é babaquice pura. E mesmo na escala de viadagem eu estando mais pro lado dos macho do que das bichinhas eu não gostaria de ter uma pessoa com essa mentalidade nem como amigo.
Fico bastante irritado ao perceber essa descriminação entre os próprios gays. Arrisco até a dizer a ineficiência em conseguir a garantia de direitos civis e uma maior aceitação na sociedade se deve a esta desunião.

Marcio Caparica

A ideia desse texto não é excluir ninguém, mas repudiar essa pretensa superioridade que os gays machões sentem sobre os outros gays. Discordo do fato de que não existe identidade gay; acho que existe uma identidade gay, assim como existe uma identidade afro, uma identidade indígena, uma identidade roqueira, uma identidade hétero… O segredo da boa convivência não é eliminar a pluralidade, mas sim celebrá-la e respeitá-la. Um gay machão não celebra os outros gays, eles os desprezam. Quanto aos preconceitos internos entre gays, eles realmente existem, mas esse é assunto pra outro post. 😉

diego pinto

Eu me considero a prova que a afirmação “Um gay machão não celebra os outros gays, eles os desprezam.” esta errada. Talvez o amigo esteja generalizando.

Acredito ter me expressado mal quanto ao termo “identidade gay”. O que eu penso é que essa identidade é algo construído socialmente e não algo intrínseco ao gay. Ou seja, você pode se sentir atraído por outros caras sem a obrigação de se identificar com essa cultura. E nem por isso você esta a negando ou negando o fato de ser gay. Fazendo um paralelo bobo eu posso preferir rock ao funk e isso não ser preconceituoso por isso.
Penso que por estar generalizando você esta sim excluindo esta parcela dos gays. Seria uma celebração da diversidade dizer que você pode ser bichinha e pode também ser machão( desde que não se ache superior por isso). Em um mundo ideal isso não teria importância.nenhuma.

Michael Byllow

Amei este texto, vem esclarecer que ser gays nao é preconceito e sim uma escolhas de pura expressão da liberdade, enquanto os héteros machões se esconde sua feminilidade, para não atingir sua masculinidade, e que na verdade grande parte dos heterossexual adoram e amam satisfazer com o outro o mesmo amor afetivo, e quem disse que os héteros nao gostam desse prazer expotâneo que é curtir o prazer com o parceiro do mesmo sexo. Só digo uma coisa ame e deixe ser amadove viva vida com respeito, liberdade e responsabilidade, sem ferir princípio e doutrina de ninguém. Vale apenas viver a vida não importa as dificuldades e provações. Forte abraço a todos.

Jota Araujo

Tenho muitos problemas com gays-(pseudo)-machões tbm…Não concordo com algumas ações que fazem, ideais que defendem, fazem pose de marrento no Instagram, só ficam próximos a mulheres, se vestem iguais ao modelos daquela revista masculina de saúde (que aliás, creio que 90% do público dela seja desses gays-machões, que querem viver/malhar/comportar como héteros, mas pedem cosmopolitan na the week todo o fim de semana)
Sou daquele jeito mais tranquilo, nasci/cresci/vivo num mundo heteronormativo(como vc mesmo classifica e “repudia”), então nunca fui e nunca darei muita pinta, quebrada de mão, falar em pajubá, ficar gritando “alooooca”,mas sou assumido a todos, casado com um homem, mas não sou, como diz meu marido, essas “bichas-rihanna”.
Digo isso, Márcio, para na verdade expressar uma opinião que tenho em relação aos (maravilhosos) blog e programa que apresentam, pois os conheci há menos de 2 semanas e já li praticamente todas as matérias e já ouvi uns 15 programas.

Bom, como semeia o ódio a quem divide em grupos, quem segrega, quem divisões, apartheid sociais, não acho muito bacana vc tbm segregar/excluir quem é quem na sociedade. Se existem bichas-machões, bichas de direitas, passivos, hetero-gays, gays ursos, velhas, pobres, ricas, fúteis, barbies…deixe que existam…Não exclua se não suporta a ideia de há que exclusão.

Bruno L.

Não acho que houve exclusão. Houve uma análise desse grupo específico de pessoas. A questão, ao meu ver, nem se trata de excluir ou incluir, mas de entender e quebrar preconceitos. Boa parte das pessoas que compõem esse grupo são frustradas pq ainda não compreendem ou aceitam sua sexualidade. Por que? Eis o motivo da matéria.

Maurício Jardim

Houve exclusão sim, apesar de não parecer ter sido essa a intenção. Se a intenção foi “quebrar preconceitos” , me pareceu “expandir preconceitos”. O texto traz uma carga de rancor muito grande como se o estereótipo mencionado (gays machões) fosse muito mais que um momento, mas um estilo de vida. Percebi claramente superioridade e apologia do estilo de vida do autor quando comparado ao estilo comentado em questão.

Jota Araujo

Pode ser que não seja intenção do nosso amigo excluir…mas que não é a primeira, nem a segunda e nem a terceira vez que é falado sobre quebrar preconceitos, porém o mesmo, faz isso, não admite que existe, mas alimenta preconceitos com outros “grupos/cotas”

Alex

Eu concordo com o Paulo, sou gay mas não significa que tenho que me feminilizar. Não tem nada mais gostoso do q um homem com jeito de homem.

Bruno

Concordo com tudo que foi dito em seu texto, porém eu acrescentaria um aspecto que, embora subentendido, acredito que mereça um destaque maior: os gays muito machões e viris são, via de regra, homofóbicos internalizados e machistas. A simples ideia de escorregar fora da virilidade masculina e ser identificado facilmente como gay está relacionado à ideia que ser mulher, possuir trejeitos de mulher, enfim, parecer uma mulher é inferior e vergonhoso para quem nasceu com a dádiva maior em nossa sociedade – que é ter nascido homem. Isso expõe uma visão misógina e machista inclusive na ideia muito comum de que o ativo é o homem, e o passivo, o penetrado, a mulher (muito embora eu discorde completamente dessa nomenclatura), logo, o ativo é “mais macho” que o passivo. Quem nunca conheceu gays que se vangloriam por serem ativos somente, falando de peito estufado e se assemelhando muito aos heterossexuais “comedores” da mulherada?

Triste que a gente ainda precise de moldes heteronormativos pra conseguir se reconhecer e se entender, ao invés de criar nossa própria realidade, não se encaixando em modelos que não nos servem e, mais que isso, nos limitam na exploração da própria sexualidade e nos impedem de conhecer a nós mesmos em todas as nossas nuances e cores.

diego pinto

Acho que o colega esta confundindo ser “machão” com ser machista.

Francisco

Bruno, sua definição foi super adequada para incorporar o texto do Marcio. Constantemente vejo gays heteronormativos que se sentem superiores por ter (fingir) um comportamento machudo.

Bruno

Pode até ser que o termo que eu utilizei, “machão”, não tenha sido o mais adequado, entretanto, não precisa nem ir muito longe: uma breve busca no Google pode esclarecer que o machismo é o comportamento de supremacia do macho sobre a fêmea (ou equivalente).

“Deve-se entender por machismo a atitude de prepotência dos homens relativamente às mulheres. Trata-se de um conjunto de práticas, comportamentos e frases considerados ofensivos contra o gênero feminino.

O machismo é um tipo de violência que discrimina a mulher ou, inclusive, os homens homossexuais. Também se pode falar de machismo contra os chamados metrossexuais ou todo o homem cuja conduta apresenta alguma característica normalmente associada à feminidade.”

Aliás, quem nunca ouviu, dos próprios gays como xingamento ao se referir a algum desafeto, ou como xiste a um amigo, a expressão “sua passiva”?

http://conceito.de/machismo#ixzz2vh6Oilja

Thyago

Tão eu na minha juventude. Rs! Me permiti ver que ser gay é normal, e todos, disse todos, os gays têm trejeitos. A questão como dita acima, é saber se adequar em determinadas ocasiões uma postura mais formal e outras nem tanto. E lembrando, Essa adequação de modos é regra prática e social para todos os tipos de orientações sexuais. Bjo no ombro!

Paulo Ricardo

Sei lá cara, pelo contrário, acho que os Gays tem mania de se “feminilizar” para diferir-se do hetero, e parece que quanto mais escândalo fizer… melhor… – Todos nós, gays, somos antes de tudo, HOMENS… machos diga-se de passagem.. Mijamos de pé, falamos palavrão, cuspimos no chão… já vi várias e várias poc o fazendo, e faço tbm!! A questão, é que parece que temos medo de assumir nossa masculinidade de fato e nos escondemos atrás do filtro “sou beecha, assumidérrima e tenho orgulho disso”… do que? de parecer um circo ambulante toda vez que sai na rua??? Sou passivo, sou assumido, sou homem… me comporto como homem em periodo integral… Não acho que ninguem é melhor ou pior por ser beecheenhaa ou macheeenhoo… Só que na hora de escolher o meu par, sigo a lógica.. Já que é pra pegar uma menina, que eu pegue uma de verdade então, não um que está tentando ser uma! ;)… sei lah .. minha opinião…

Marcio Caparica

Olha, Paulo, acho que você está partindo de uma premissa errada. As bees mais pintosas não fazem isso para se diferenciar dos héteros. Minha experiência diz que elas não podiam se importar menos com os héteros. Elas fazem isso porque gostam, porque se identificam com essa atitude, porque bate com seu senso de humor, com seus gostos pessoais… E você não gosta desse tipo de gay, não quer sair com um, tudo bem. Tem muitos outros que gostam. Ou que não se importam, e se apaixonam pela pessoa além da fachada da pinta. O que não pode é fazer um julgamento de valor baseado nessas atitudes. No que você escreveu, apesar de dizer posteriormente que não acha que ninguém é melhor ou pior por ser bichinha, inicialmente você diz que os gays têm “mania de se feminilizar”. Quando você diz que algo é mania, já está marcando isso como um problema que deve ser resolvido. Cuidado com o preconceito embutido!

Victor

“Quando você diz que algo é mania, já está marcando isso como um problema que deve ser resolvido. Cuidado com o preconceito embutido!” Mas vc escreveu um texto onde faz exatamente isso, identificando algo q considera errado em quem diz ser machão e q deveria ser resolvido pra essas pessoas serem felizes. Antes de apontar o preconceito embutido dos comentários, analise os seus.

Alberto

Vítor concordo com vc, esse texto tem um viés totalmente preconceituoso. Então só quem é pintosa é feliz??..hipócrita e pobre esse texto!

Careca carioca

Só pra apimentar a história…se cada um vivesse a sua vida,não teriam tempo para se incomodar com o pseudônimo macho ou a pintosa…já começa aí nestes POSTS o preconceito gay de próprios gays…vivam e deixem-se viver…ABÇS…

Rodrigo

O melhor de postagens como esta, são os comentários, li cada um deles, e concordo com alguns como discordo. RESUMINDO, o ser humano é um ser complexo e dificilmente vamos entrar em comum acordo!!!

Maurício Jardim

O PRECONCEITO JÁ SE ESTAMPA LOGO NO TÍTULO, E O JULGAMENTO O ACOMPANHA DO INÍCIO AO FIM.

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