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Visibilidade HIV

Soropositivo: “as pessoas ainda são muito reativas quando o assunto é HIV”

“Quando recebi o diagnóstico soropositivo, o mais pesado foi sentir o estigma caindo sobre mim, a sensação de virar cidadão de segunda classe. No entanto, a imensa maioria das reações quando eu contei que tenho HIV foram positivas.” Quem dá esse relato é Gabriel Estrëlla, ator e coordenador do projeto Boa Sorte, que discute a visibilidade dos soropositivos no programa dessa semana. Ele aponta que criou-se uma cultura que transforma a soropositividade em assunto proibido: “Ninguém nunca me falou que eu posso falar sobre isso. E existem médicos que dizem que o paciente não deve contar para ninguém. Querendo ou não você sente que é uma arma biológica.” Ser soropositivo é tabu mesmo entre soropositivos: “Mesmo entre jovens politizados que vivem com HIV, ainda há muita dor sobre falar sobre o próprio HIV.” Estrëlla lembra que os soropositivos deveriam perder o receio contra o tratamento antirretroviral: “As pessoas têm muito medo do tratamento. O remédio é algo que permite que eu faça tudo que eu quero. Os pacientes têm que se empoderar para trocar um tratamento que não esteja satisfatório”.

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