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Pintosas

“As pintosas incomodam porque são livres”, dizem gays efeminados

Nesta edição, o programa entrevista o cartunista Nerone Prandi, o marqueteiro Fabrício Azambuja e o jornalista Alvise Lucchese. Os três são pintosas, ou seja, gays que não fazem a menor questão de fingir que são machões. Eles relatam, assim como as lésbicas masculinas, que sofrem preconceito dentro da comunidade LGBT. Mas por que os efeminados incomodam tanto os gays masculinos? “As pintosas incomodam porque são livres”, diz Lucchese. Já Prandi acha elas incomodam especialmente aqueles que querem fingir que são heteros. Por fim, Azambuja diz que o preconceito contra gays efeminados parte até dos próprios efeminados, que, por conta do machismo instituído, buscam no parceiro, o ideal do homem másculo vendido pela publicidade.

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9 comentários

Daniel

Eu tenho certeza que essa repulsa é porque ficou na cultura que uma pessoa gay necessariamente ela é afeminada que gosta de causar escândalo e outras coisas. Os gays masculinos querem justamente quebrar essa ideia. Queremos desconstruir estereótipos.

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Daniel

Marcio, as travestis lutam para ter a sua identidade de gênero respeitada.
Então por que um gay que se identifica com a masculinidade não pode ter a sua identidade respeitada?
Não queremos ser tratados no feminino, porque não nos identificamos com ela.

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Marcio Caparica

Você pode não querer ser tratado no feminino. Cada um tem o direito de ser tratado com o tipo de pronome que quiser. Agora, se você usa esse discurso de que “afeminadas gostam de causar escândalo e outras coisas”, está caindo no discurso de que os “masculinos discretos” são superiores. Conheço muitos gays afeminados muito discretos. Conheço muito machão que causa escândalo por qualquer coisa – no caso deles, querendo encher seja quem for de porrada. Por que você não está condenando o escândalo dos machões? Dedique o mesmo respeito a afeminados que você dedica aos “discretos”, e condene o ato do escândalo pontualmente independente se o escandaloso é homem, mulher, trans, cis, discreto, espalhafatoso, machinho ou afeminado.

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Renan

O Marcio falou que o pior de tudo é aquele gay que não aceita ser tratado por pronomes femininos. Essa não é justamente a batalha dos transgêneros, transsexuais e o diabo ao quadrado? Ter o gênero respeitado, sendo homem ou mulher? E se um homem, mesmo homossexual, prefere ser chamado de amigo, ao invés de amiga(ue)? Por que os homofóbicos do baralho não podem nos chamar de viado, quando a própria comunidade se utiliza desses termos, que historicamente foram usados para nos identificar, excluir e reprimir? Se o gay é efeminado e prefere ser chamado de “viada” etc, ou a lésbica prefefere ser chamada de Sandrão, Tommy etc, é ok. Mas não obriguem todos os gays a serem efeminados, porque gay efeminado é ok, mas gay um pouco mais masculino é ok, também!

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Rodrigo

Esse cara que eu não sei o nome, que diz que é contra a fala da Patrícia (e explica o porquê), no início da entrevista, é muito divo. Vlw flws, lindo. Representou. Tchau.

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