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Jornalismo queer

"Políticos deveriam falar sobre sua sexualidade, e jornalistas deveriam perguntá-lo", afirma escritor

“A sexualidade é algo estruturante da identidade da pessoa. Políticos, por exemplo, deveriam sentir-se na obrigação de falar sobre isso, e jornalistas deveriam sentir-se na obrigação de poder perguntá-lo, mas não o fazem”. Quem afirma isso é o jornalista português Bruno Horta, que acaba de lançar em seu país o livro Uma Década Queer, em que reúne entrevistas que realizou com personalidades LGBT. Ele compara o que mudou na cobertura de assuntos queer na última década – “as redações abriram-se ao tema, e, com as mudanças sociais, o público LGBT passou a exigir conteúdo voltado para si” – e comenta que muitas vezes os entrevistados esperam que, por ele também ser gay, faça uma entrevista condescendente. Também aponta que, por mais que tente não ofender as minorias, nem sempre isso é possível: “às vezes devemos sacrificar o politicamente correto para sermos didáticos para o grande público”.

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