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Filhos

“Ter a mãe lésbica não foi prejudicial para mim, muito pelo contrário”

Para mostrar como estão errados aqueles que, no Congresso, lutam para restringir o conceito de família ao modelo “tradicional”, essa semana o LADO BI ouve aqueles que cresceram com pais LGBTs e fazem questão de mostrar que suas famílias são tão amorosas e dignas quanto qualquer outra “família de margarina”. O bancário Igor Coleti e a maquiadora Rafaela Simon têm as mães lésbicas, e contam como foi sua infância e adolescência. “A gente nunca sentiu que o relacionamento da minha mãe era prejudicial para nosso desenvolvimento, muito pelo contrário, foi muito benéfico”, afirma Rafaela. Isso não significa que a sexualidade de suas mães não fez diferença enquanto cresciam: “Umaa amiga contou pra todo mundo que minha mãe era lésbica, daí todo mundo achava que eu ia ‘passar’ ser lésbica. Vi como as pessoas podem ser babacas”, recorda-se Rafaela. “Eu me constrangia quando era pequeno, porque criança é muito cruel”, admite Igor. Hoje, têm orgulho de suas mães e consideram que graças às próprias mães, educam melhor os próprios filhos: “Minha filha tem duas avós que ela ama, é louca por ela”, comemora Rafaela. “Com o tempo é que vai ser estranho para meu filho ver que para as outras pessoas isso não é normal”, especula Igor. E não hesitam em condenar fortemente aqueles que reprovam as famílias com pais LGBT: “A sexualidade não vai definir o que é melhor para essa família, seu caráter é que vai”, diz Rafaela.

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