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Escritores LGBT: “rótulos como 'escritor gay' são ruins para a literatura”

Essa semana o LADO BI entrevista três escritores LGBT para discutir como a homossexualidade afeta a literatura: Ramon Nunes Mello, autor de “Há um mar no fundo de cada sonho”, Cristina Judar, autora de “Roteiros para uma vida curta”, e Camila Passatuto, escritora que publica seus contos diretamente no Facebook. Eles contam como escrever os ajuda a lidar com as dificuldades de suas vidas: “comecei a escrever por causa da dislexia – foi a escrita que me educou, o ensino formal não olha para você quando você tem algum problema”, conta Passatuto; “recebi o diagnóstico soropositivo, e levei cinco anos até decidir publicar poemas que escrevi que tocam nesse tema”, confessa Nunes Mello, que rejeita o rótulo de “escritor soropositivo”. Todos concordam que viver apenas de literatura continua muito difícil: “livro ainda é artigo de luxo para muitos – dos meus contemporâneos, são poucos os que conseguem viver unicamente de literatura, a maioria tem outras profissões”, explica Judar. Os autores também comentam a escolha de Ana Cristina César como homenageada desse ano da Flip: “mais que o fato dela ter sido bissexual, é mais importante o fato de que essa é apenas a segunda mulher homenageada na Flip em 14 anos”.

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