“Mas o que eu vou dizer para meu filho se ele ver [dois homens se beijando/um homem ‘vestido de mulher’/whatever]?”, perguntam atarantados tantos que lutam para esconder a diversidade nos cantos da vida. Bem, eles podem começar a seguir esse exemplo compartilhado por Liv Hnilicka, de Minneapolis, Estados Unidos.
Liv é uma mulher trans e trabalha como garçonete num restaurante. Esta semana, enquanto atendia, um pai aproximou-se dela e disse que sua filha havia perguntado se ela era “menino ou menina”. Momento fofo a seguir, preparem-se.
Essa tarde, eu estava trabalhando durante uma linda tarde de outono. Um casal entrou com sua filha; o pai, alto e parrudo, coçou as costas contra o batente da porta de maneira adorável quando entrou. Quando eu estava repondo a água nas jarras do balcão, ele veio até mim e disse “Minha filha acabou de perguntar se você é menino ou menina. Eu não queria falar por você, então você gostaria de falar com ela?
Eu disse que sim, e caminhei até a mesa em que estavam. “Oi, eu gosto da fita no seu cabelo”, eu disse. “Me disseram que você perguntou se eu sou menino ou menina. Acho que o que é importante lembrar é que todos podem ser tudo o que quiserem no mundo. E também é importante tentarmos ser a melhor pessoa o possível para nossa família e amigos. E até mesmo para estranhos. Então, respondendo à sua pergunta, disseram para mim que eu era menino quando eu era pequena, e agora eu vivo minha vida adulta como menina. Soa meio complicado mas na verdade é muito simples. Você tem alguma outra pergunta pra mim?” Ela me olhou sorrindo e só disse, “Não!”
Eu me afastei da mesa me sentindo muito bem por existir pais que não fogem de lidar com assuntos possivelmente difíceis com seus filhos, propositalmente. E mostram que dar às pessoas o poder de declararem suas verdades nesse mundo tão complicado é lindo e conciliador.
Pais e mães que estão por aí abrindo espaço para pessoas trans ou fora da conformidade de gênero como eu, mandaram bem!
As coisas são na verdade bem simples, e as crianças sabem disso. Os adultos que complicam tudo.