No primeiro semestre, o Ministério da Saúde confirmou que a população brasileira teria acesso gratuito, pelo SUS, à profilaxia pré-exposição (PrEP). Milhares de pessoas ainda aguardam a oportunidade de prevenirem-se do HIV tomando um comprimido de Truvada por dia. No começo do mês o governo prometeu que teria início muito em breve, mas, ao que tudo indica, atrasos na entrega dos medicamentos (que já foram comprados) ainda não permitiram que a promessa se tornasse realidade.
Enquanto aguardamos ansiosamente que o tratamento esteja à disposição da população, o LADO BI conversou com o infectologista Ricardo Vasconcelos, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), para esclarecer de vez as dúvidas mais pertinentes com relação à forma mais recente de se proteger do HIV. Confira a seguir as respostas para as questões mais comuns sobre a PrEP:
Jura que tomar um comprimido por dia vai impedir que eu contraia HIV?
Sim. Se você tomar ele direitinho, sim.
O que significa “tomar ele direitinho” exatamente?
Para se obter o nível ideal de proteção contra o HIV, deve-se tomar um comprimido de Truvada todo dia sem falta. Sempre que falamos sobre PrEP, nós médicos falamos muito da “boa adesão”. Boa adesão ao medicamento é isso: um comprimido por dia, todo dia.
Como é que o Truvada impede que alguém se infecte com o vírus?
O Truvada é a associação de dois remédios que impedem a multiplicação do HIV no corpo de uma pessoa. Assim, por mais que o vírus consiga entrar no corpo de alguém, ele não vai conseguir se espalhar. O sistema de defesa do corpo dá conta de eliminar o vírus se sua quantidade no organismo é muito baixa. Como o Truvada impede a replicação do vírus, a quantidade do HIV nunca aumenta e os anticorpos conseguem destruí-lo.
Não corre o risco de eu parar de tomar o remédio no futuro e ainda existir algum vírus no meu sangue, do tempo que eu fazia PrEP?
Se você não tiver HIV antes de iniciar o tratamento, não há risco nenhum. Agora, se alguém não sabe que tem HIV quando começa a fazer PrEP, isso pode acontecer, sim. Por isso, um dos passos mais importantes da PrEP é ter certeza que uma pessoa já não está com HIV, mesmo que na janela imunológica (aqueles 30 dias depois da exposição ao vírus em que a pessoa já está com HIV, mas ainda o exame não vai conseguir detectar a infecção).
Se esse remédio funciona tanto, por que eu vou ter que fazer exame de sangue cada vez que for buscar mais?
Por vários motivos. Os exames servem para ver, por exemplo, se uma pessoa que teve uma adesão ruim à PrEP acabou se infectando com o HIV. Servem também para avaliar se a PrEP está fazendo mal para os rins da pessoa, ou mesmo se ela pegou outra IST (infecção sexualmente transmissível) por aí. Afinal, a PrEP só protege do HIV.
Se o Truvada é um antirretroviral, quer dizer que eu posso ficar com lipodistrofia, como os soropositivos que fazem tratamento?
Não. Não são todos os antirretrovirais que causam lipodistrofia, aquela alteração da distribuição da gordura corporal presente em pessoas que vivem com HIV. Esse problema é causado principalmente por antirretrovirais antigos, que hoje já praticamente não são mais utilizados. Os medicamentos da PrEP fazem parte dos antirretrovirais que não causam lipodistrofia.
Tem algum outro efeito colateral com que eu tenho que me preocupar se começar a fazer PrEP?
Existem 2 tipos de efeitos colaterais: aqueles que são mais frequentes porém não graves, e aqueles mais raros e mais sérios. Os primeiros ocorrem em até 20% dos usuários de PrEP e são sintomas principalmente gastro-intestinais, como enjôo, que melhoram por si só até um mês depois do início da PrEP. Já os graves, acontecem em menos de 2% dos usuários de PrEP e estão associados à uma alteração renal, que é totalmente reversível se identificada e suspensos os comprimidos.
Quantos dias eu tenho que esperar, depois de iniciado o tratamento, para poder me considerar protegido?
Os níveis protetores de medicamento no sangue são atingidos após 5 a 7 dias de PrEP com boa adesão.
Se eu esquecer de tomar o comprimido por um dia, eu continuo protegido?
Para a exposição sexual anal, existe uma certa tolerância com eventuais esquecidas no comprimido, e se uma pessoa vem com boa adesão ao longo do tempo em PrEP, continua protegido se pular um comprimido. Já para a exposição sexual vaginal, essa tolerância é menor, e recomenda-se que a meta de esquecimento deve ser zero. Essa diferença tem a ver com as diferentes maneiras com que os medicamentos se distribuem no nosso corpo, e em como ele chega às mucosas do ânus e da vagina.
Faz diferença eu ser passivo ou ativo com relação à proteção oferecida pela PrEP?
A gente sabe que quem é o passivo na relação sexual anal tem uma probabilidade maior de se infectar com ISTs do que o ativo. Mas em relação à PrEP com boa adesão, você estará sempre protegido, qualquer que seja a prática sexual.
Quer dizer que eu posso transar 50 vezes num dia e não corro risco? Não tem um limite para quanto o tratamento “aguenta” proteger uma pessoa?
Teoricamente, não é o número de relações sexuais que você tem que influencia na proteção da PrEP, e sim a adesão aos comprimidos, como já disse algumas vezes aqui. Entretanto, existe um único caso descrito no mundo de um usuário de PrEP que, mesmo com excelente adesão à PrEP, se infectou com um HIV que era sensível aos antirretrovirais contidos no Truvada. Uma das hipóteses que procura explicar a falha da estratégia é o número exageradamente alto de parceiros que o indivíduo tinha e as inúmeras outras ISTs que ele pegou durante o seu tempo de PrEP. Esses dois fatores podem ter contribuído para que barreiras naturais da mucosa anal tenham sido quebradas, facilitando a entrada de uma quantidade maior de vírus. Mas esse foi um caso isolado que ainda teremos que entender.
Viva, quer dizer que eu posso dizer adeus pra camisinha?
CLARO QUE NÃO!!! Todo mundo que estuda e trabalha com PrEP sempre vai repetir que essa nova estratégia não é uma substituta da camisinha. Ela chega justamente pra ajudar as pessoas que, apenas com a camisinha, não estão conseguindo se proteger do HIV de maneira eficiente. E assim, para pessoas que não têm problemas em usar a camisinha, deve ser estimulada a manutenção do seu uso, pois dessa maneira estará se protegendo não apenas do HIV mas também das outras ISTs. PrEP tem seu máximo benefício para quem já não está usando a camisinha regularmente.
Já vi notícias de gente que pegou o HIV mesmo fazendo PrEP. Devo ficar preocupado?
Além do caso que eu já citei, houve mais 2 outros casos em que a infecção pelo HIV ocorreu mesmo que os indivíduos estivessem com boa adesão ao Truvada. A diferença desses dois casos era que o vírus que causou a infecção era resistente aos medicamentos da PrEP. Ao todo são 3 casos de falha de PrEP dentre um total de mais de 100.000 pessoas em PrEP no mundo todo. A chance de falha é muitíssimo pequena. É melhor você se preocupar com a adesão aos comprimidos que vale mais a pena do que encanar com uma probabilidade tão baixa.
O governo vai oferecer o tratamento de graça mesmo? Para quantas pessoas?
A partir de agora teremos a PrEP distribuída pelo SUS para alguns grupos específicos. Serão 10.000 kits de 1 ano de Truvada nos primeiros doze meses, com previsão de aumento desse número, chegando até a 30.000 pessoas em alguns anos.
O Brasil inteiro vai ter acesso à PrEP? Quais são os lugares que eu devo ir para conseguir entrar nesse tratamento?
O Ministério da Saúde capacitou 36 centros para realizar esse atendimento – que, vale lembrar, ainda não teve início, mas vai começar muito em breve. Para saber qual o mais perto da sua casa, consulte a tabela abaixo:
UF | Nome do Serviço | Município | Endereço do serviço |
---|---|---|---|
AM | Fundação de Medicina Tropical/Heitor Vieira Dourado | Manaus | Av. Pedro Teixeira, 25 |
BA | Centro Especializado em diagnóstico, Assistência e Pesquisa | Salvador | R. Comendador José Ferreira,240 |
CE | Clínica Escola de Saúde UNICHRISTUS | Fortaleza | Av. Padre Antônio Tomás, 3404 |
CE | SAE do Hospital Universitário Walter Cantídio | Fortaleza | R. Capitão Francisco Pedro, 1.290 |
CE | Hospital São Jose de Doenças Infecciosas | Fortaleza | R. Nestor Barbosa, 315 |
DF | Hospital Dia Asa Sul | Brasília | EQS 508/509, – c-1 – Asa Sul |
MG | CT R-Orestes Diniz | Belo Horizonte | Alameda Álvaro Celso, 241 |
MG | Hospital Eduardo de Menezes | Belo Horizonte | Av. Dr. Cristiano Rezende, 2213 |
MG | Departamento de DST/AIDS | Juiz de Fora | Av. dos Andradas, 523 |
MG | Ambulatório Escola Prof. Luiz Camilo Teodoro da Silveira | Passos | R. Sabará, 164 |
MG | Ambulatório Municipal de MI “Herbert de Souza” | Uberlândia | R. Avelino Jorge do Nascimento, 15 |
PE | SAE do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (UPE) | Recife | R. Arnóbio Marques, 310 |
PR | COA | Curitiba | R. do Rosário, 144 – 6º andar |
RJ | Centro Municipal de Saúde Duque de Caxias (CMSDC) | Duque de Caxias | R. General Gurjão, s/n |
RJ | Hospital Municipal Carlos Tortelly | Niterói | R. Desembargador Athayde Parreiras, 266 |
RJ | Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas – INI/FIOCRUZ | Rio de Janeiro | Av. Brasil, 4365 |
RJ | Hospital Municipal Rocha Maia | Rio de Janeiro | R. General Severiano, 91 |
RS | Hospital Sanatório Partenorl/SAT/CTA | Porto Alegre | Av. Bento Gonçalves, 3722 |
RS | SAE IAPI | Porto Alegre | R. Três de Abril, 90 |
RS | SAE CSVC (Centro de Saúde Vila dos Comerciários) | Porto Alegre | R. Manoel Lobato, 151 |
RS | CTA Santa Marta | Porto Alegre | R. Capitão Montanha, 27 – 5º andar |
SC | CTA/Policlínica Centro | Florianópolis | Av. Rio Branco, 90 |
SP | Centro de Referência em IST/Aids de Campinas (SMS/PMC) | Campinas | R. Regente Feijó, 637 |
SP | Centro de Referência em Especialidades Central | Ribeirão Preto | R. Prudente de Morais, 35 |
SP | Serviço de Atenção Especializada-Adultos | Santos | R. Silva Jardim, 94 |
SP | Centro de Doenças Infecto Contagiosas – CEDIC | Piracicaba | R. do Trabalho, 634 |
SP | Policlínica Centro | São Bernardo do Campo | Av. Armando Italo Setti, 402 |
SP | Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids Fidélis Ribeiro | São Paulo | R. Peixoto, 100 |
SP | SAE Dr Alexandre Kalil Yazbeck (SAE Ceci) | São Paulo | Av. Ceci, 2235 |
SP | Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS | São Paulo | R. Santa Cruz, 81 |
SP | Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/Aids de Santo Amaro | São Paulo | R. Padre José de Anchieta, 640 |
SP | Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/Aids de Pirituba | São Paulo | Av. Dr. Felipe Pinel, 12 |
SP | Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids do Butantã | São Paulo | Av. Corifeu Azevedo Marques, 3596 |
SP | Ambulatório de Doenças Crônicas Transmissíveis | São José do Rio Preto | R. do Rosário, 1903 |
SP | Ambulatório de Infectologia da Unifesp | São Paulo | R. Loefgreen, 1588 |
SP | SEAP-HIV/ HC-FMUSP | São Paulo | R. Ferreira de Araújo, 789 |
A PrEP vai ser oferecida apenas para homens gays?
No primeiro ano, a PrEP será oferecida pelo SUS para os 4 grupos populacionais que mais têm se infectado HIV. São os chamados Grupos Chave de Alta Vulnerabilidade. São eles:
- os gays
- pessoas trans
- trabalhadores e trabalhadoras do sexo, e
- integrantes de casais sorodiferentes, em que um vive com HIV e o outro não.
O simples fato de uma pessoa fazer parte de um desses grupos não é por si só uma indicação de usar PrEP. É preciso também haver a falha no uso correto e constante da camisinha em situações com risco de infecção por HIV. Por exemplo, um casal sorodiferente que já tem o soropositivo com carga viral indetectável, com boa adesão à terapia antirretroviral e que usa a camisinha sem problemas, já apresenta risco insignificante de transmissão do HIV de um para o outro. Entretanto, se eles escolherem, poderão associar a PrEP ao esquema de prevenção. Em outras palavras, as melhores estratégias de prevenção contra o HIV são aquelas que o indivíduo escolhe usar, e é capaz de usar de maneira correta e constante. Se no contexto de vida de alguém a camisinha não está funcionando, a PrEP pode funcionar e ser a melhor maneira de mantê-lo livre do HIV.
É possível conseguir PrEP por meio de consultórios particulares?
Sim, já há uns 3 anos 2 farmácias especiais fazem a venda do Truvada no mercado privado, mas isso não quer dizer que a pessoa não precise de um acompanhamento médico com todas as rotinas sugeridas no acompanhamento pelo SUS.
O melhor é ainda a boa e velha camisinha, porquê não é só de Aids que se tem medo, tem tantas “IST’s” que causam estragos até piores dependendo da condição do indivíduo. Para quem quiser se precaver ainda mais é melhor fazer uso deste procedimento junto com a camisinha ou simplesmente ter mais contato pessoal (convívio) com a pessoa pois como em uma matéria que eu vi nesse próprio site ficar transando com desconhecidos várias vezes não é um comportamento saudável.
Os lugares para a profilaxia pré exposição serão divulgados no dia 18/12/2017 e o tratamento ou o atendimento começa no dia 20/12/2017
Grato
Nos comentários vcs colocaram uma questão interessante que, pra mim, é a chave para entender a prevenção: criar hábito.
Só fico pensando se alguém que demonstra falta de gerenciamento com a própria saúde fazendo sexo com penetração sem camisinha eventualmente terá um compromisso de tomar todo dia um comprimido. Afinal, trata-se de criar hábito o que parece ser difícil para pessoas que transam recorrentemente sem preservativo.
Acho que uma coisa não interfere na outra. Colocar o preservativo, além da questão (puramente psicológica, mas existente) do “chupar bala com papel”, tem a questão de abrir o pacote, colocar… Ações que para muitos quebram o tesão. Não considero que alguém que não seja capaz de usar preservativo necessariamente seja incapaz de ter a disciplina de tomar um comprimido todos os dias. Pelo contrário, acho que muitos vão tornar-se aplicados em tomar o remédio exatamente para poderem estar seguros para fazer o sexo sem preservativo.
É, Márcio…. Talvez eu tenha pensado a questão de maneira muito encimesmada, muito apegado ao que vivi e depois de 3 décadas do HIV entre nós preciso depositar um outro olhar sobre a epidemia. Fui um pré-adolescente descobrindo-se gay em uma fase em que usar preservativo era questão de vida ou morte e não se vai quebrar o tesão ou não. O tesão era viver e usar preservativo era dar a mão para a vida! Vou repensar…
Quais seriam essas farmácias que comercializam o Prep? o valor em média seria quanto?
Em média o tratamento deve sair por R$ 290 por mês. Quanto a quais seriam essas farmácias, o correto é você se consultar com um médico e perguntar a ele. Até porque o acompanhamento médico é parte integral da PrEP, seja ela pelo SUS, seja ela particular. 🙂
Conversei com o meu médico sobre prep aqui na França (onde moro) e aqui existe dois tipos de indicação.
1 – tomar todo dia 1 comprimido, como está escrito no artigo (indicado para quem tem muitos parceiros e várias relações por semana ou não consegue prever antes quando fará sexo).
2 – Tomar apenas quando precisar (quer dizer, quando saber que vai transar sem camisinha com alguém, ou saber que a pessoa tem HIV, …). Neste caso se toma 2 comprimido juntos ANTES da relação (de 24h antes até no mais tardar 2h antes) . Depois toma 1 comprimido no dia seguinte (24h depois dos primeiros) e mais 1 no outro dia. Ou seja: toma 3 vezes, num total de 4 comprimidos.
É o mesmo medicamento. Não sei porque aí no Brasil não estão falando dessa opção também (que eu prefiro, considerando que o medicamento é bem forte e “tóxico” para se tomar todo dia por anos).
Se quiser posso te enviar matérias falando sobre essa segunda opção, mas estão em francês. Acredito que você possa encontrar em inglês também pesquisando no Google.
É interessante, não?
Oi Bruno! Olha, segundo o dr. Ricardo Vasconcelos, esse protocolo “antes/depois” é utilizado apenas na França. O resto do mundo considera que ainda faltam comprovações científicas que atestem sua eficácia. Outra coisa, esse argumento de que o Truvada é um “remédio forte e muito tóxico” é furado, e típico de quem não gosta muito da PrEP como estratégia de prevenção. Além disso, eu, pessoalmente, acho que esse método dá muita sorte para o azar – da pessoa transar de imprevisto e portanto não ter tomado antes e depois ficar torcendo pra que os que ela tomar depois darem resultado – isso se ela tomar todos os que deve tomar depois etc. Eu confio mais num método que se torna um hábito na vida da pessoa e, tornando-se um hábito, oferece proteção plena.
Pois é Márcio,
Acho que você tem razão quando fala que é melhor a pessoa tomar todo o dia para criar um hábito. Ainda mais considerando que o medicamento será “novidade” para a maioria dos cara que vão usar aí no Brasil.
Em relação ao ponto que você disse de a pessoa transar de imprevisto e não tomar os 2 comprimidos antes do risco, neste caso nem precisa tomar depois, pois não fará efeito algum. Aí tem que recorrer ao tratamento Pós exposição mesmo.
Meu médico foi bem claro dizendo que só funciona se a pessoa tomar os remédios antes e despois e não apenas antes ou depois.
Ele disse q a taxa de segurança é a mesma de quem toma todos os dias. Que ele tem pacientes que usam dessas duas formas e em nenhum dos casos os cara pegaram HIV (embora alguns pegaram outras doenças pois, infelizmente, a maioria dos caras que começam a usar PrEP acabam usando menos vezes a camisinha).
Essa semana no congresso mundial sobre HIV/AIDS aqui em Paris teve vários artigos positivos sobre essa segunda forma de tomar PrEP.
Mas considerando que a maioria dos caras transam de imprevisto, e/ou várias vezes por semana, neste caso é mais indicado tomar todo dia mesmo para ficar tranquilo.