Convidada desta semana do LADO BI, a cartunista Laerte Coutinho, que tem o humor como uma de suas principais características, comentou a constante reclamação de humoristas sobre a “onda do politicamente correto”. Segundo eles, o mundo “está chato”. Até John Cleese, do grupo Monty Phyton, disse que “ninguém tem o direito de não ser ofendido”. Será mesmo? Veja a opinião de Laerte: “[Hoje], as pessoas protegem sua dignidade. Os humoristas muitas vezes reivindicam para si uma situação de imunidade. Nenhum tipo de discurso está imune a críticas, nem mesmo o humor”.
Sobre a charge que fez dizendo que a crise estava perdida no meio do Carnaval — e que foi alvo de crítica — respondeu: “A crise não está fazendo o papel que boa parte da imprensa gostaria que estivesse fazendo, que é deprimir a sociedade. A ideia de que a crise tem que ser respeitada é mentira.”
E continuou: “Existe uma tentativa de bloquear e paralisar a economia brasileira, acho que isso está cada vez mais claro. Estamos vivendo um momento perigoso, pelo que pode acontecer de movimentos institucionais irreversíveis. Estou falando de golpe: acho que derrubar o governo Dilma-Temer no TSE é golpe.”
Em outra parte da entrevista, Coutinho fala, como não poderia deixar de ser, de sua transição, de humor e de feminismo. “Ainda encaram a pessoa trans como uma atração de circo. No fundo, não levam a sério; a transgeneridade é visto como algo ilegítimo”, aponta. “Eu não via bichas felizes, só via bichas com problemas, escondendo seu desejo. Isso foi um grande problema. Isso me faz hoje considerar importantíssima a questão dos modelos.” Confira a seguir a entrevista na íntegra.
Bem legal a entrevista James e Marcio, obrigado. Ah, é a primeira vez que os vejo e ouço, vocês são muito fofos.
Acho Laerte fantástica. Ela tem uma eloquencia tão acessível e uma clareza de pensamento tão coerente que alguém não compreender sua idéia ou aquilo que fala tem que estar surdo e na porta do inferno da mais pura ignorância.
Poderia nos poupar do trecho em que trata de política.
Não entendo por que essa senhora não se assina Laércia. Nome bonito paca!!!
Laerte Coutinho ícone da nação brasileira. Conseguiu o impensável: Ser transsexual é uma das personalidades mais respeitável do país.
Amei a entrevista mas senti falta de atualidade nela. Houve muito humor com a ação coercitiva de Lula pela Polícia Federal e senti falta do super ego do Lula comentado por vocês.
Discordo veementemente da sua visão política, mas respeito seu grande trabalho de humorista e sua coragem como ícone bi
Concordo veementemente da posição política de Laerte e concordo plenamente com seu posicionamento dos outros assuntos