3 dicas para adolescentes LGBT que estão começando a namorar

O início da vida amorosa para LGBTs apresenta vários desafios bastante particulares: será que ele também é LGBT? Será que vão me tirar do armário? Por que essa obsessão toda? Confira algumas dicas de como lidar com isso

por Marcio Caparica

Traduzido e adaptado do artigo de Ellen Friedrichs para o site About.com

Namorar pode ser complicado para pessoas de qualquer idade, mas para adolescentes, que estão aprendendo a lidar com relacionamentos amorosos, as coisas parecem ainda mais difíceis. Quando se junta a isso o fato de que o jovem é queer, o nó fica ainda maior. Muitas vezes esses adolescentes não contam com modelos que possam seguir. Então aqui vão algumas sugestões para jovens LGBT que estão aprendendo agora a desenvolver sua vida romântica.

1. Descubra se a pessoa também gosta de você

Uma das perguntas mais comuns dos adolescentes é “Como é que eu sei se alguém gosta de mim?”. Como há menos “regras” para os relacionamentos homoafetivos do que para os relacionamentos hétero, descobrir o que está rolando pode ser ainda mais confuso.

Descobrir se a(o) outro(a) é ou não LGBT já vai ajudar a ter um pouco mais de noção. No entanto, se os sinais são muito ambíguos, e não deixam as coisas muito definidas, você provavelmente vai ter que respirar fundo e tomar a iniciativa. O único jeito de realmente saber se a pessoa de quem você está afim sente a mesma coisa é perguntar, ou pedir para alguém perguntar para você. Sim, há vários motivos por que essa atitude deixa a gente morrendo de medo (por exemplo, se abrir para sua paixonite pode tirar você do armário), mas chegar junto é melhor que ficar indefinidamente sofrendo em segredo por alguém que talvez jamais vá corresponder os seus sentimentos, ou pior, que adoraria sair com você mas também não tinha coragem de se aproximar.

Se você não tem certeza que o alvo do seu afeto também é LGBT, o ideal na aproximação é chegar de leve. Aproveitar-se que vocês dois estão sozinhos e pular em cima, sem jamais ter jogado um verde antes, pode acabar em péssimos resultados. Na dúvida, aquela velha encostada de perna com perna quando estão sentadas(os) lado ao lado, pegar na mão, tentar uns olhares prolongados, e simplesmente falar o que sente, são mais seguros que partir direto pra ação.

2. Não deixe que a paixonite vire uma obsessão

Quando se trata da pessoa que a gente gosta, os sentimentos podem se tornar muito intensos. Mas quando é que estar gamado pode se tornar algo ruim, ou até obsessivo? Basicamente, quando a situação toma conta da sua vida e você começa a fazer coisas que não faria normalmente, ou deixa de fazer coisas que costuma fazer. Algumas razões por que isso acontece:

  • Parece que você não tem muitas opções de pessoas com quem se envolver, então você direciona toda a sua energia em uma pessoa só.
  • Ficar obcecando com uma pessoa faz você não pensar em outras coisas desagradáveis que estão acontecendo na sua vida.
  • Você está com a autoestima lá embaixo, e procurar obsessivamente sinais de interesse vindos da pessoa por quem você sente atração é uma forma de se convencer de que alguém se interessa por você.
  • Esses sentimentos são algo novo para você, e pode ser difícil mantê-los sob controle.

Às vezes distanciar-se um pouco da pessoa que você está afim pode ajudar a acalmar seus sentimentos. Manter-se ocupada com outras coisas e até mesmo sair com outras pessoas também são boas soluções. Pode não parecer no momento, mas o mundo está cheio de LGBTs que nem você esperando para serem descobertos.

3. Depois que você marcou um encontro, tome um pouco de cuidado e aproveite!

Muitas das preocupações dos adolescentes LGBT são exatamente as mesmas dos seus colegas héteros: o que fazer, quanto vai custar, vai ser legal?

Outras preocupações são todas próprias dos jovens queer. Por exemplo, encontrar o(a) date num lugar público vai me tirar do armário antes da hora? É seguro?

Em geral, é melhor não exagerar no começo. Preparar toda uma situação com flores, jantar e balada programados pode parecer uma maneira incrível de impressionar a(o) outro(a), mas por outro lado é um gasto enorme de energia e dinheiro. Além do mais, se quando estiverem só os dois as coisas não engrenarem, vocês vão ter muitas horas desconfortáveis juntos… Marcar de comer algo sem muita pretensão é uma boa pedida, um cineminha em seguida costuma dar certo para tentar se aproximar e dar um beijo – e, no escuro, a chance de ser visto quando ainda não se saiu do armário é menor.

Apoie o Lado Bi!

Este é um site independente, e contribuições como a sua tornam nossa existência possível!

Doação única

Doação mensal:

2 comentários

Michele

Bem interessante, tenho uma sobrinha que é lésbica, e apoio muito ela, ela sempre me pede conselhos!

Franklin

Essas dicas são muito interessantes é o que pessoas na minha situação querem ouvir eu gosto de pessoas do mesmo sexo mas provavelmente será impossível pra me falar disso com alguém tenho muito medo do juramento da minha família e isso me sufocar eu olho para algumas pessoas e sinto desejo por elas mas parece que nunca vou ter coragem de me aproximar.

Comments are closed.