O momento da saída do armário costuma ser repleto de ansiedade e preocupação para gays e lésbicas. Contar para amigos e familiares sobre sua sexualidade ainda é um marco na vida dos homossexuais. Esse momento também pode representar uma virada na vida de outras pessoas: das crianças que descobrem, já grandinhas, a sexualidade dos pais. Há cinco anos a fotógrafa Gabriela Herman registra os relatos de outras pessoas que, como ela, têm pais homossexuais e, muitas vezes, só vieram a compreender isso depois de grandes. Alguns desses retratos estão ao longo desse post.
Gabriela só soube que sua mãe, Talia, gostava de mulheres aos 15 anos, quando encontrou uma pilha de literatura lésbica no quarto de seus pais. De repente, muitos dos comportamentos que aconteciam em sua casa passaram a fazer sentido: seus pais brigavam o tempo todo, mas nunca demonstravam afeto entre si, por exemplo. “Eu não tenho quaisquer memórias de meus pais se beijarem ou se abraçarem”, ela contou ao jornal britânico The Guardian. A melhor amiga de sua mãe, Robin, costumava passar as férias com a família. Gabriela confrontou Talia sobre os livros, e sua mãe admitiu que sim, Robin era sua parceira.
Descobrir que o pai ou a mãe são homossexuais pode ser muito difícil para adolescentes, que muitas vezes sentem-se traídos. “Eu era muito má com Robin, eu tinha sonhos em que eu a matava”, lembra-se Herman. Mesmo hoje, aos 34 anos, depois de conhecer tantas outras pessoas em situação semelhante, ela sente dificuldade em falar sobre o assunto. “O que eu ouvi de várias pessoas que posaram para mim é que o lance de ser homossexual torna-se mais importante que todo o resto, acaba-se lidando com pouco além disso – tipo, que aconteceu um caso extraconjugal, que nossa família está desmoronando, que estamos atravessando um divórcio, que a família não vai ser mais como era. Eu senti a mesma coisa.”
Herman processou esses anos de sua vida por meio de seu trabalho fotográfico. Por meio de um site destinado a oferecer apoio a jovens que passaram por situações semelhantes, o Colage, ela conheceu os modelos de seu ensaio. Seu projeto permitiu que ela conhecesse jovens que já cresceram sabendo que seus pais são homossexuais, pessoas que foram adotadas por casais homoafetivos, e outros que, como ela, só descobriram mais tarde a sexualidade do pai ou da mãe. Isso fez com que ela mudasse sua perspectiva. “Para muitas das pessoas que eu entrevistei, isso é parte importante de sua personalidade, de quem são, eles cresceram aceitando e compartilhando esse fato.”
O trabalho de Herman já começa a auxiliar outras pessoas. “Recentemente fiz minha primeira palestra sobre esse ensaio, e um cara me procurou depois e disse ‘Minha ex-esposa é lésbica, nós temos dois filhos adultos, e eu nunca havia pensado em como deve ter sido difícil para eles’. Ele prometeu conversar sobre isso pela primeira vez com os filhos o quanto antes. Essa é a razão por que fiz esse projeto.”
Sempre fui uma mãe exemplar e tbm sempre fui contra este negócio de mulher com mulher mas com 44ano me envolvi com uma mulherque é muito boa para mim mas eu não aceito tenho vergonha dos meuá filhos e netos minhas já sabem mas não aceitao os filhos homem aceitou mais rápido mas as meninas não fico muito triste com isto não sei o que fazer
Com o tempo todo ficará bem.
Boa Tarde!
Estou fazendo um trabalho de pesquisa à respeito da maternidade lésbica, em especial quando uma das mulheres já tem filhos e se relacionada com outra mulher. Vocês dispõem de algum material à respeito, ou em semelhança? Muito grata desde já!
Confira nosso podcast sobre filhos: http://www.ladobi.com/episodios/filhos/ Os dois entrevistados têm mães lésbicas que se separaram dos maridos (pais deles) porque iniciaram um relacionamento homossexual.
Olaaa! Gostaria de saber mais sobre o tema que você abordo….concluiu a pesquisa?