Quando tinha 11 anos, Corey Maison contou para os pais que é uma garota trans. Sua família lhe deu todo apoio, e sua mãe até lhe deu de presente sua primeira dose de estrogênio, três anos mais tarde. Hoje, aos 15 anos de idade, ela pode retribuir o apoio que recebeu. Erica, sua mãe, revelou à filha que é um homem trans, e, inspirado pela filha, adotou o nome Eric e realizou sua transição para o sexo masculino.
Eric mora em Detroit com seu marido, Les, e seus seis filhos. Ele relatou ao jornal The Mirror que sua filha lhe contou que na verdade é uma mulher depois de assistir uma entrevista de Jazz Jennings, uma youtubber trans, na TV. “Mãe, eu sou igual a ela, eu sou uma menina”, disse. Eric também sentia que vivia no gênero errado, mas decidiu continuar a segurar as pontas para poder auxiliar a filha.
“Quando eu era mais novo, eu costumava torcer para ter um câncer de mama, para poder fazer uma mastectomia”, Eric confessou ao programa 60 Minutes. Ao rever fotos da época quando vivia no gênero em que nasceu, Eric reconhece alguém que vivia “interpretando um papel” na tentativa de lidar com o desconforto que sentia com o próprio corpo. “Eu detestava tudo: meu cabelo longo, meus seios. Sempre dizia para o meu marido que tinha vontade de cortar tudo. Eu me vestia de forma extremamente feminina para tentar me sentir melhor, mas não funcionava. Parecia que eu estava me fantasiando.” Eric conta que os períodos de maior dificuldade aconteceram quando esteve grávido dos filhos Chelsea (22), Kailee (14), Corey, Ellen (8), Willow (6) e Savanna (4).
Anos depois que Corey deu início aos tratamentos para transição de gênero, Eric conseguiu juntar a coragem para contar que também é uma pessoa trans. “Eu e meu marido estávamos assistindo a um filme sobre uma mulher transgênero que morre no final, e eu comecei a chorar descontroladamente”, recorda-se. “Eu olhei para ele e disse que sentia que era um homem aprisionado no corpo de uma mulher. Ele me abraçou, e disse ‘eu te amo, não importa o que a gente tenha que fazer para que isso dê certo, nós vamos em frente”.
“Eu não esperava isso”, admite Eric. “Afinal, como pode-se pedir que um homem completamente heterossexual continue a amar alguém que vai se tornar um homem? Não parecia justo.”
Les, o marido, afirma que pelo contrário, o relacionamento entre os dois tornou-se mais forte. “Eu me apaixonei pela pessoa – vocês já viram as fotos, ele era lindo quando era mulher, e é igualmente lindo por dentro. Quanto ao que a sociedade pensa sobre nosso relacionamento… Eu não estou nem aí, eles não moram na minha casa. As únicas pessoas que importam somos nós dois e nossos filhos.”
Há um mês Eric realizou uma mastectomia dupla. “Acho que, se eu não fizesse a cirurgia, eu continuaria a ser uma pessoa deprimida e cheia de raiva contra o mundo, sem entender por que me sentia assim”, desabafa.
Corey, enquanto isso, está tomando bloqueadores hormonais e estrogênio, para que passe pela puberdade com o sexo feminino. Ela faz questão de dizer como é importante ter seus pais como aliados, quando o mundo trata pessoas trans de maneira tão hostil.
“O assédio na escola era bem ruim. Me empurravam, cuspiam em mim, me xingavam… Era difícil”, lamenta. “Desconhecidos vinham me dizer que eu tinha que me matar, que eu não deveria estar na Terra. Eu adoraria começar a namorar, mas não tem nenhum garoto na minha escola que teria a coragem de sair comigo. Eles têm medo de sofrerem bullying dos outros garotos e serem chamados de gay.”
A família Maison ganhou a internet há pouco mais de um ano, quando publicou o vídeo com a reação de Corey quando foi presenteada com sua primeira dose de estrogênio pelos pais, de surpresa.
Agora, pai e filha podem vislumbrar um futuro mais feliz, ambos vivendo em seus gêneros genuínos. “Meu único arrependimento é não ter me educado sobre a transgeneridade mais cedo, para que eu pudesse ter feito a transição antes”, afirma Eric. “Mas tudo bem, porque hoje eu tenho cinco filhos lindos, um marido maravilhoso e uma vida incrível. Hoje minha vida está boa, é fantástico.”
Surpreendente essa família, mentes evoluídas.
“Eric conta que os períodos de maior dificuldade aconteceram quando esteve grávido dos filhos”
A que ponto chegou o politicamente correto. Inventar palavras que não existem.
Grávido, assim no masculino, além de gramaticalmente errado é uma impossibilidade biológica.
Se fazem tanta questão de ser politicamente corretos pelo menos escrevam algo como Eric, quando era mulher e esteve grávida.
afinal como ficamos agora. Quem é filho/filha ? quem é mãe/pai…Me enrolei todo agora. Prefiro ficar com homem e mulher, assim não fica confuso
MUNDO LOUCO!
Provavelmente uma mãe controladora que inconscientemente fez o filho fazer isso… Afinal quais são as chances de termos duas pessoas na mesma família com essa ‘condição’.
Ou isso é genético, e temos um problema prestes a acontecer nas próximas gerações caso não avancemos logo no campo de engenharia genética.
a menina é linda.
o senhor é bonitinho, mas o mais importante é estarem se sentindo bem. felicidades
Gata a filha!