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Futebol

Boleiro gay: “estamos no ano zero do futebol LGBT do Brasil”

O futebol é o esporte mais popular do Brasil, e sem dúvida também um dos redutos mais resistentes da homofobia nacional. Aos poucos, porém, a comunidade LGBT está começando a minar esse preconceito dentro e fora dos gramados. Essa semana o LADO BI conversa com membros de quatro times de futebol formados apenas por gays: Guilherme Castro, do Unicorns (SP); Carlos Sebrão, do Capivaras Futebol Clube (PR); Vinicius Pellegrino, do Fubeboys (SP); e André Machado, do Bees Cats Soccer Boys (RJ). Todos comemoram a possibilidade de bater bola sem preocupar-se com preconceitos: “é muito mais legal jogar com pessoas que te aceitam”, afirma Pellegrino. Fãs do esporte, a maioria reconhece que parou de jogar futebol quando percebeu-se gay: “na época do colégio eu sofria um bullying, eu me sentia deslocado dentro de campo por causa dos preconceitos”, lamenta Castro. Os times gays também querem mudar a cultura do futebol: “hétero briga por causa de lateral; o clima nas nossas partidas é muito mais carinhoso”, aponta Machado. E mesmo xingamentos e atitudes homofóbicas não são mais vistas como “naturais” depois que os jogadores gays entraram em campo: “não aceitamos mais esse preconceitos estruturais do futebol”, avisa Pellegrino. A paixão nacional agora vai ter que ser mais inclusiva, comemora Machado: “estamos no ano zero do futebol LGBT no Brasil!”.

Foto por Victor Rabelo para Hornet Brasil

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Um comentário

Phil Moretzsohn

Sou jogar do BeesCats e posso dizer que o futebol mudou minha vida, sou muito grato ao André e a todos os meninos e amigos que conheci jogando bola. Passei minha vida toda afirmando que odiava o futebol, talvez por ver o esporte como zona minada, resultado do bullying sofrido na infância, hoje jogando me apaixonei! Fora poder praticar o esporte esta me ajudando muito com um problema de síndrome do pânico e depressão, além disso poder mostrar pra todos que somos iguais independente de cor, sexo, religião, parceiro que tenha ou roupa que use. Só ganhei! Sou feliz, fiz amigos e me sinto horrado por ter conhecido cada um deles.

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