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Ainda há resistência contra a homoafetividade no cinema, dizem autores

Esta semana o Lado Bi discute a presença de LGBTs no cinema. No estúdio, Rodrigo Gerace, autor do livro “Cinema Explícito”, e Lufe Steffen, autor do livro “O cinema que ousa dizer seu nome” e diretor dos documentários “A volta da Paulicéia desvairada” e “São Paulo em hi-fi”. Eles contam que LGBTs aparecem no cinema desde a invenção dessa forma de arte, no final do século XIX, mas que personagens que fogem do padrão heteronormativo ainda são retratados muitas vezes de maneiras dignas do século passado. “Na pornochanchada a bicha era associada a uma figura muito negativa, trapaceira”, lembra Gerace; “Mulheres trans surgiam como alguém que tentava enganar o hétero, quando descobriam que era travesti o homem colocava ela para correr, e isso era supostamente engraçado”, aponta Steffen. O grande público, acreditam, ainda tem dificuldade em aceitar a homossexualidade: “o grande público ainda só aceita casais homoafetivos que estejam desprovidos de erotismo,” pondera Steffen, e Gerace completa:”há um movimento muito grande para que se apresente o gay limpinho, aceito, normatizado, que se assume, casa e não incomoda ninguém. O que mais incomoda é a possibilidade de demonstração de afeto real entre pessoas do mesmo sexo.”Esta semana o Lado Bi discute a presença de LGBTs no cinema. No estúdio, Rodrigo Gerace, autor do livro “Cinema Explícito”, e Lufe Steffen, autor do livro “O cinema que ousa dizer seu nome” e diretor dos documentários “A volta da Paulicéia desvairada” e “São Paulo em hi-fi”. Eles contam que LGBTs aparecem no cinema desde a invenção dessa forma de arte, no final do século XIX, mas que personagens que fogem do padrão heteronormativo ainda são retratados muitas vezes de maneiras dignas do século passado. “Na pornochanchada a bicha era associada a uma figura muito negativa, trapaceira”, lembra Gerace; “Mulheres trans surgiam como alguém que tentava enganar o hétero, quando descobriam que era travesti o homem colocava ela para correr, e isso era supostamente engraçado”, aponta Steffen. O grande público, acreditam, ainda tem dificuldade em aceitar a homossexualidade: “o grande público ainda só aceita casais homoafetivos que estejam desprovidos de erotismo,” pondera Steffen, e Gerace completa:”há um movimento muito grande para que se apresente o gay limpinho, aceito, normatizado, que se assume, casa e não incomoda ninguém. O que mais incomoda é a possibilidade de demonstração de afeto real entre pessoas do mesmo sexo.”

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