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Marta Suplicy

Marta Suplicy: “Os outros senadores pensam que apoiar LGBTs faz perder votos. Estão enganados.”

Essa semana o LADO BI entrevista a senadora Marta Suplicy, autora do PLS 612/2011, que visa alterar o código civil para reconhecer o casamento homoafetivo. Comemorando o avanço de sua proposta no legislativo, Suplicy lembra sua trajetória como sexóloga, prefeita e senadora. “Podia falar tudo e ao mesmo tempo não podia falar nada”, conta sobre o tempo em que falava sobre sexo no TV Mulher. “Durante a ditadura, falar sobre virgindade, masturbação e homossexualidade na televisão era uma batalha constante. Meu interesse por LGBTs começou com as cartas de sofrimento e dor que eu recebi no programa.” Outro projeto que guarda com carinho foi o de educação sexual nas escolas, desenvolvido com Paulo Freire: “Se hoje, em que a escola não pode ‘ter partido’ e outras ridiculezas do tipo, já seria ousado falar de sexo com crianças, imagina na época.” Ela conta como apoiou o início da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, recorda a participação que teve como relatora do PL 122, que tentou criminalizar a homofobia mas acabou arquivado, e conta seu lado da história sobre o infame anúncio de TV que atacava a sexualidade de Kassab durante a campanha para a prefeitura de São Paulo em 2008: “essa foi a primeira que o João Santana armou para mim. Ele sujou a minha biografia de luta por LGBTs.” E dá um recado para seus colegas senadores: “Como eles não falam com seus eleitores sobre a questão LGBT, eles não sabem o que eles pensam. As pessoas não deixam de votar para um candidato por seu apoio a homossexuais, bissexuais e transexuais.”

Foto: Patrícia Lino

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