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Funk Carioca

"Uso o funk para combater a homofobia": MC Queer estreia o single "Fiscal"

Esta semana o LADO BI fala sobre Funk Carioca com MC Queer, funkeiro que usa o batidão para combater a homofobia e que nessa semana estreia o clipe de seu primeiro single, “Fiscal”. Ele conta por que decidiu usar os “proibidões” como arma contra o preconceito: “O funk hoje fala com todas as classes, gêneros e orientações sexuais. Eu sou gay, e adoro dançar e cantar funk, mas não encontrava muitos que falassem sobre nossa causa… Se eu fico lá curtindo músicas que falam de mulher, por que eu não posso compor algo que fale sobre a realidade LGBT?”.

O criminólogo Danilo Cymrot, estudioso do funk, fala sobre a suposta homofobia e misoginia inerente ao funk: “Nem sempre: MC Catra, por exemplo, afirma que todo homofóbico é um gay enrustido. As mulheres MCs se colocam numa posição de objeto sexual, mas tiram vantagem disso – algo que muitos consideram um ato neofeminista”. E explica como o funk libera o corpo dos homens: “no baile funk, o homem se dá o direito de dançar de forma sensual, independente de sua orientação sexual”.

Por fim, os dois indicam os principais funkeiros LGBT da cena hoje e discutem a transformação das funkeiras em divas pelos gays: “Ser homossexual é uma luta diária com sua autoestima. Elas cantam sobre a autoestima, como alguém que deu a volta por cima”, explica MC Queer. Cymrot completa: “Por ser um grupo muito reprimido e vulnerável, existe a projeção sobre uma mulher superpoderosa que afirma seu poder.”

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