Eu também não sabia, mas, assim como a maioria dos países do mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem seu próprio serviço postal, utilizado pelos três principais escritórios da ONU ao redor do mundo. Esta semana a Administração Postal da ONU lançou uma coleção de seis selos, com ilustrações que promovem a igualdade entre LGBTs.
As imagens lindas e coloridas foram criadas por Sergio Baradat, diretor de arte da Admnistração Postal da ONU, e pretendem, também, celebrar a diversidade da população LGBT. É a primeira vez que essa temática ganha a própria coleção de selos neste serviço. Eles fazem parte da campanha Free & Equal, iniciativa da ONU para promover o tratamento justo da comunidade LGBT por todo mundo.
Além de apresentar um casal gay, um casal de lésbicas e uma família homoafetiva, os selos mostram uma borboleta, para representar pessoas transgênero, e uma figura humana metade vermelha, metade branca, representando pessoas bissexuais. “Vivemos num mundo em que, apesar de as nações desenvolvidas terem aceitado o casamento igualitário e a igualdade LGBT, ainda há muito o que se fazer”, Baradat declarou à UN Radio. “Há países hoje em dia em que não apenas não somos celebrados nem respeitados, mas espancados e assassinados. Essa foi uma oportunidade maravilhosa de utilizar a arte, com os selos como veículo, para mudar corações e mentes.”
O material promocional da coleção afirma que “A campanha Free & Equal é uma iniciativa global de educação pública, dedicada a conscientizar o globo a respeito da violência e discriminação homofóbica e transfóbica. A igualdade é um princípio fundamental dos direitos humanos, e todos os países têm o dever legal de promover e proteger os direitos humanos de todos.”
Charles Radcliffe, chefe da seção de questões globais do Escritório de Direitos Humanos da ONU, afirmou durante a cerimônia de lançamento dos selos que muitos avanços já aconteceram na questão dos direitos humanos para a comunidade LGBT, mas ainda há muito o que se fazer: crimes homofóbicos ainda são comuns ao redor do mundo, e ainda há países em que ser homossexual é um crime.
O Brasil poderia aproveitar e lançar também a referida série.