Freddie Mercury vestiu a princesa Diana de drag* para levá-la a clube gay

O fato aconteceu no fim dos anos 1980 e é relatado na biografia da comediante Cleo Rocos, que acompanhou a dupla ao inferninho

por James Cimino

A comediante britânica Cleo Rocos contou que no final dos anos 1980 ela, Kenny Everett e o vocalista do Queen, Freddie Mercury, levaram a princesa Diana, vestida de drag, a um notório clube gay de Londres.

Em seu recente livro, The Power of Positive Drinking (“O Poder da Bebedeira Positiva”, em tradução livre), Rocos conta que eles levaram Lady Di ao Royal Vauxhall Tavern usando uma jaqueta do exército, boné e óculos de aviador. O modelo foi escolhido por Mercury.

De acordo com publicação do jornal Sunday Times, a autora relata: “Quando entramos, sentimos que estava na cara que ela era a princesa Diana, e que seríamos descobertos a qualquer momento. Mas as pessoas simplesmente a ignoraram. Ela meio que desapareceu… E amou isso.”

A comediante analisa, no entanto, que Diana “ficou muito parecida com um belo homem jovem” e que a presença de Mercury, Everett e dela mesma Rocos distraiu a atenção dos presentes, o que permitiu que Diana pedisse alguns drinks.

Rocos conta que a ideia de ir ao Royal Vauxhall surgiu depois de eles beberem juntos na casa de Kenny Everett. Rocos escreveu como foi depois de chegarem lá: “O lugar estava cheio. Demorou uma eternidade absoluta para chegarmos ao bar. Nosso coração bateu forte a cada novo peito cabeludo revestido de couro que se aproximava, mas ninguém, absolutamente ninguém, reconheceu Diana.”

“Nós ficamos cutucando uns aos outros como alunos levados. Diana e Freddie estavam rindo, mas ela conseguiu pedir um vinho branco e uma cerveja. Uma vez que a transação foi concluída, nós olhamos um para o outro, unidos no sucesso de nossa missão. Nós conseguimos! Ir a um bar nunca foi tão emocionante e divertido. Em seguida, fizemos uma saída rápida, chamamos um táxi e a levamos de volta para o palácio de Kensington. As bichas alegres faziam fila do lado de fora, sem saber que sua princesa do povo acenava de volta.”

No início de 1990, quando o HIV e a Aids foram cercados por histeria e preconceito, Diana tornou-se patronesse da National Aids Trust e ficou no cargo de 1991 até sua morte em 1997. Freddie Mercury morreu de complicações decorrentes da Aids em 1991.

N. do T.: *Drag é a prática de se se vestir com indumentária do sexo oposto. E pode ser praticada por pessoas de todos os gêneros e orientações sexuais. Originalmente o termo surgiu no teatro, quando as mulheres eram proibidas de serem atrizes e, portanto, os papeis femininos eram interpretados por homens. Seria, então, uma abreviação de “dressed as a girl” (vestido como uma garota).

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3 comentários

André

Ah: esse afastamento dos dois foi, de certa forma, confirmado pelo Jim Hutton, marido do Freddie entre 1985 e a morte dele. Segundo o livro do Jim Hutton, “Mercury And Me”, ele nunca viu o Freddie e o Kenny Everett juntos uma só vez em todo o tempo em que ele esteve com o Freddie, e ele soube pelos amigos mais antigos do Freddie que havia acontecido esse afastamento entre os dois.

James Cimino

Vou dar uma conferida nisso, André. Talvez possa ter sido fim dos anos 1980. Valeu pela dica! 🙂

André

Acho que essa notícia foi inventada (como muitas coisas sobre celebridades britânicas) — Freddie Mercury e Kenny Everett cortaram relações por volta de 1981. Essa briga foi documentada no livro escrito pelo assistente pessoal do Freddie Mercury, Peter Freestone, que teve uma relação de trabalho e amizade próxima entre 1979 e a morte do Freddie em 1991.

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